14 Detalhes e curiosidades sobre a nova versão de Pantanal que passaram despercebidos por muitos fãs
A estreia da nova versão da novela Pantanal está despertando a nostalgia de muitas pessoas que acompanharam a trama original, em 1990. O remake, aliás, estreou um dia depois do aniversário de 32 anos da estreia da primeira novela.
E junto com a nostalgia, a produção na nova Pantanal chegou cheia de referências ao passado e detalhes escondidos que alguns noveleiros deixam passar. Isso sem falar nas inúmeras curiosidades que cercam a gravação e produção dessa novela.
Por isso, o Incrível.club decidiu entregar aos noveleiros uma lista com diversas referências e curiosidades dos bastidores da nova versão de Pantanal.
Em família — Parte 1
Algumas pessoas envolvidas com a Pantanal de 2022 são descendentes do elenco e da produção da versão original. Começando por Bruno Luperi, que fez as adaptações no roteiro da novela originalmente escrita por seu avô, Benedito Ruy Barbosa, que as supervisionou. Ele era apenas uma criança quando o avô escreveu a novela original e hoje atua na dramaturgia, tendo já escrito junto ao avô a novela Velho Chico.
Em família — Parte 2
Já Almir Sater esteve na novela original como músico e ator, vivendo o violeiro Trindade. Almir volta em 2022 participando da regravação da abertura, dessa vez na voz de Maria Bethânia, e também no papel de Eugênio, um condutor de chalana. Seu filho, Gabriel Sater, também está presente no remake no papel antes vivido pelo pai, o do violeiro Trindade. Como o pai, ele também participou da trilha sonora com a música Amor de Índio, tema do jovem casal Jove e Juma.
Já estivemos aqui antes
Quem teve a oportunidade de assistir à versão original de Pantanal, poderá notar pelo remake que as locações utilizadas em ambas as novelas são a mesma. O cenógrafo Alexandre Gomes de Souza explica que eles utilizaram seis fazendas para a produção, sendo três para gravações e as outras três para armazenamento e hospedagem. A fazenda principal, que se chama Rio Negro e fica em Aquidauana/MS, pertence ao próprio Almir Sater desde o fim das gravações da novela original.
O pantanal mudou um pouco
A nova versão de Pantanal ainda faz homenagem à sua antecessora com cenas que são praticamente iguais entre si. Apesar de terem sido filmadas no mesmo lugar, as diferenças na natureza são bem visíveis. Na versão de 1990, podemos ver bem mais vegetação que na atual, e isso é reforçado pela fotografia da Globo, que carrega mais no alaranjado do que no verde.
Este chapéu também é conhecido
O ator mineiro Paulo Gorgulho também retornou para o remake, depois de 32 anos. Na década de 90, ele atuou como o jovem José Leôncio, na primeira fase da novela. Agora, ele volta para uma participação especial como Ceci, o cansado peão e parceiro de Joventino (Irandhir Santos), numa espécie de passagem de bastão. Na trama, Jove é filho de José Leôncio. Para aumentar a emoção de Paulo, ele usou a mesma calça e o mesmo chapéu da versão original.
Conexão com O Rei do Gado
Tem os olhos treinados? Porque Pantanal não traz apenas antigos atores, mas também referências a outros trabalhos de Benedito Ruy Barbosa, como se todas as novelas existissem num mesmo mundo, um “Beneditoverso”. O personagem Tadeu Leôncio (vivido por José Loreto) aparece vestindo uma camisa da grife Mezenga’s. Noveleiros clássicos não esquecem esse famoso sobrenome do patriarca Bruno Mezenga, vivido por Antonio Fagundes na novela O Rei do Gado, de 1996.
O “Beneditoverso” vai morar apenas no campo da especulação, já que a figurinista Marie Salles tratou de explicar o que maledetto Mezenga está fazendo ali, nos uniformes dos peões de Pantanal. Acontece que ela é uma grande fã das tramas do Benedito. Além disso, Marie tem uma conexão especial com O Rei do Gado, pois foi quando trabalhou como assistente da figurinista da novela, Yurika Yamasaki.
Um Mezenga no pantanal
Você já deve ter visto neste artigo do Incrível.club uma comparação entre os elencos escalados para as duas novelas Pantanal. Mas você sabia que alguns atores foram cotados para o remake e acabaram não entrando nele? Um deles foi Antonio Fagundes, que seria o Velho do Rio no lugar de Osmar Prado, mas ele recusou o papel para dar prioridade à sua produtora. Mas seria legal termos roupas dos Mezenga e o próprio patriarca na novela, não é mesmo?
Cadê o Osmar?
Por falar no Velho do Rio, parece que Osmar Prado levou a sério o seu papel. Durante a produção do remake, Almir Sater promovia festas em sua fazenda e convidava todo o elenco. Porém, nessas ocasiões, o Osmar sempre recusava o convite educadamente. Como o Velho do Rio é um homem recluso, o ator achou que seria bom para a imersão não confraternizar com os colegas. Aliás, depois de tanto tempo em casa e sem fazer a barba, Osmar nem precisou de barba falsa para o papel.
Ela preferiu um filme de bruxos
Leticia Spiller também foi convidada para o elenco, no papel da Madeleine, na segunda fase da novela. Ela recusou o convite por conflitos na agenda. A produção então procurou Maria Fernanda Cândido para esse papel, mas ela também recusou. Maria está no novo filme do universo Harry Potter, Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore. O papel acabou ficando com Karine Teles.
Ela preferiu um filme de herói
O papel de Juma foi oferecido à Bruna Marquezine, que o recusou. Ela foi confirmada no elenco do filme do herói Besouro Azul, inspirado nos quadrinhos da DC. Vanessa Giácomo também recusou viver Juma. Alanis Guillen foi a escolha final.
Ela queria ser a Juma, porém... não rolou
Por outro lado, Rafa Kalimann, quando soube que seria filmado um remake de Pantanal, já começou a sonhar com o papel de Juma, como ela mesma disse em uma entrevista: “Se for comigo, podem ter certeza que eu vou dar tudo de mim para fazer o papel”. Ela chegou a cancelar uma viagem para a África e voou para o pantanal, antes mesmo que a produção da novela o fizesse, onde fez algumas fotos e as compartilhou em seu Instagram. Até foto com onça teve!
E ela entrou no elenco, mas saiu
A nova Pantanal também passou por alguns problemas que geraram substituições no elenco. É o caso de Giullia Buscacio, que foi escalada para viver Muda. Porém, alguns atrasos no início das gravações ocasionaram um conflito na agenda da atriz que teve de abandonar a produção, sendo substituída pela Bella Campos. Já Rafael Cardoso chegou a ser escalado para viver Jove, mas foi substituído pelo Jesuíta Barbosa.
Ele não foi chamado, então se convidou
Assim como Rafa Kaliman, Juliano Cazarré também ficou na expectativa de ser convocado para o elenco quando soube que Pantanal seria regravada. Mas o convite não veio. Não tem problema, Juliano usou de toda a sua proatividade e foi pedir uma vaga no elenco. E foi corajoso, já que disse que “faria qualquer papel que tivessem”. Mal sabia que o seu nome já estava sendo cotado para o papel de Alcides, capataz do antagonista Tenório (Murilo Benício).
Um elenco “animal”
Uma das grandes características que marcam a novela é a presença de diversos animais do pantanal. Para a participação especial desses ilustres brasileirinhos, como a sucuri de 4 m que apareceu logo no primeiro capítulo, a produção utiliza uma técnica chamada rotoscopia. Ela consiste em filmar o animal separadamente, depois reproduzi-lo quadro a quadro por computação gráfica.
Algumas partes, no entanto, precisam da interação humana com o animal, como quando a sucuri se enrosca nos pés do ator. A produção obteve autorização para usar animais reais para esse propósito, e os mantém em lugares calmos e livres de estresse. Dessa forma, há um misto de realidade e computação para criar as marcantes cenas com cobras, onças e pássaros pantaneiros.
A nostalgia dessa novela é tamanha que nem parece que tantos anos se passaram entre uma e outra versão. Aliás, se você chegou a ver a antiga Pantanal, que cena gostaria de rever? Conte-nos nos comentários.