14 Erros na criação dos filhos que podem atrapalhar a criança na busca pelo sucesso financeiro

Psicologia
há 1 ano

Todo pai e toda mãe sonha em ver os filhos indo bem na escola, ficando longe dos problemas e alcançando o sucesso ao atingir a idade adulta. Infelizmente, não existe varinha de condão que leve diretamente a esses resultados, mas psicólogos já identificaram diversos erros envolvendo a criação dos filhos que podem reduzir as chances da criança de ser bem-sucedida no futuro.

1. Manter as crianças longe das tarefas domésticas

Se a criança não se envolve no processo de limpar o próprio quarto, alguém o fará por ela. Em casos assim, o pequeno não aprende a ser responsável nem a contribuir com a melhoria do todo. De acordo com psicólogos, as crianças que ajudam em casa desde cedo tornam-se, ao crescer, adultos mais independentes e que sabem cooperar com outras pessoas.

2. Ensinar a criança a guardar dinheiro

A vida está em constante mutação e, dificilmente, as antigas formas de ganhar ou guardar dinheiro funcionam atualmente. Ninguém sabe dizer ao certo quais habilidades serão necessárias para sobreviver no novo cenário econômico, e por isso é mais importante ensinar a criança a ser flexível do que exatamente a economizar

  • O avô da Vitória passou a vida guardando dinheiro, mas quando veio uma crise financeira seguida pela quebra do mercado, toda aquela quantia guardada perdeu valor. Tudo isso aconteceu diante de sua neta, que já estava mais crescida. Agora, ela sabe que a economia pode colapsar a qualquer momento. Assim, a jovem acredita que a melhor solução financeira é investir em sua própria educação.

3. Não defender seu filho perante outras pessoas

Às vezes, os adultos tentam convencer a criança de que os sentimentos do pequeno estão equivocados. Para tanto, usam frases como “você se machucou? Mas nem está doendo”, “está chateado com o garoto que bateu em sua cabeça com a pá na caixa de areia? Não foi nada de mais” ou “está triste? Então se anime”. Claro que muitos pais tentam substituir os reais sentimentos da criança por outros mais “aceitáveis” não com más intenções, e sim com propósitos educacionais. Entretanto, é importante compreender que uma das habilidades cruciais para o indivíduo contemporâneo é a capacidade de equilibrar sentimentos, emoções e necessidades.

  • Aline tem 37 anos, mas ainda lembra do dia em que sua mãe a forçou a dar sua linda boneca para outra menina. “Ser tão egoísta é ruim, é uma vergonha você ficar irritada por conta de um brinquedo”, disse a mãe. A boneca nunca foi devolvida e Aline demorou para aprender a dizer “não” para pessoas arrogantes, incluindo colegas de trabalho e superiores. Sempre que tenta fazê-lo, ela se sente culpada.

4. Exigir que a criança escolha uma profissão “para o resto de sua vida”

A ideia de que a pessoa deve escolher uma única profissão está fadada ao fracasso. Algumas funções atuais nem sequer existiam dez anos atrás, enquanto outras seguiram o caminho contrário e caíram no esquecimento.

  • Desde a infância, o André gostou de computadores e estudou diversos programas, mas os pais consideravam aquele hobby prejudicial. Certo dia, ele viu na Internet algo sobre testes de softwares, se inscreveu e hoje é muito bem-sucedido nessa área.
  • Aos 37 anos, Tatiana trabalhou como socióloga para uma grande empresa de consultoria, mas após o nascimento de seu filho ela não conseguiu mais dedicar o mesmo tempo ao trabalho. Quando mais jovem, Tatiana se interessou por fotografia, então resolveu retornar àquela área. Primeiro, ela fez fotos do próprio filho. Depois, partiu para clicar as crianças dos amigos e conhecidos. Alguns anos depois, Tatiana abriu seu próprio estúdio. Hoje, ela ganha mais do que o marido e consegue conciliar a carreira com a vida em família.

5. Mostrar as dificuldades da vida adulta

Não há nada de errado no fato de as crianças verem os pais tristes de vez em quando. Mas se isso acontecer frequentemente, pode surgir um problema. Em situações assim, ou a criança tenta ajudar o adulto (levando a uma mudança nos papéis familiares) ou ela acaba ficando com medo de crescer por ver que a vida adulta é “terrível”. Porém, conquistas profissionais exigem abordagens maduras e confiantes.

  • Os pais da Helena brigava constantemente. Além disso, ela costumava ouvir a mãe dizendo que a vida era difícil, pois a família não tinha sorte como as demais. Com 17 anos, Helena entrou na faculdade e se mudou de cidade, mas precisou desenvolver seu lado interior para deixar de sempre ceder perante pessoas mais “bem-sucedidas”.

6. Não deixar a criança expressar os próprios sentimentos

É importante para a criança saber que, em situações de conflito, não importa o que aconteça, os pais serão justos e não confiarão imediatamente nas palavras de um professor, diretor de escola ou vizinho. Deixando o filho se defender com a condição de que a seja responsável por seus próprios atos, os pais ajudam na formação de uma autoestima adequada e uma atitude responsável.

  • Ana Carolina foi criada pela avó, cuja frase favorita era “mas que as pessoas vão pensar?”. A avó adorava a neta e só queria o melhor para ela, porém mostrava ser fundamental levar em conta a opinião dos outros. Hoje, Ana Carolina não consegue tomar suas próprias decisões. Até mesmo para escolher uma sobremesa em um restaurante, ela se deixar levar pelo parecer dos amigos.

7. Usar pessoas de sucesso como exemplo

Cada geração tem seus heróis, pessoas vistas como exemplos a serem seguidos. Nas últimas décadas, histórias sobre o sucesso pessoal de pessoas ricas e poderosas passaram a ser muito procuradas. Pode parecer que basta estudar o caminho trilhado por aquele indivíduo para também alcançar o sucesso, mas o método parece não funcionar, por algum motivo. Se ele desse certo, todos os fãs desse tipo de literatura deveriam ter dado adeus aos problemas financeiros há muito tempo. O ideal é ajudar a criança a identificar quais qualidades ela admira nas pessoas tidas como exemplo, lembrando que os pequenos não precisam fazer tudo que o “ídolo” faz.

  • Nicolas é fã de computadores desde a infância. Certo dia, seu pai leu para ele a história de sucesso do Steve Jobs e, desde então, o jovem gênio da computação passou a reunir toda e qualquer informação envolvendo o fundador da Apple. Quando chegou a hora de escolher uma universidade, Nicolas resolveu não apostar no ensino superior, já que seu ídolo não tinha diploma universitário. Apesar disso, depois ele precisou entrar em uma universidade para se profissionalizar e conseguir um bom emprego posteriormente. Hoje, Nicolas afirma: “Aquilo que foi bom para o Steve Jobs foi uma perda de tempo para um cara comum”.

8. Não deixar a criança ter uma discussão verbal

Talvez uma das habilidades profissionais mais importantes seja a capacidade de se comunicar bem. É importante ensinar a criança não apenas a ser amigável, mas também a apresentar adequadamente os próprios argumentos. Nem sempre as opiniões dos outros são condizentes com as nossas, mas existem maneiras diferentes de defender um posicionamento. Quanto mais cedo entendemos isso, mais facilidade temos para nos comunicarmos com outras pessoas, inclusive no âmbito profissional.

  • Durante toda a vida, Diana tentou evitar conflitos: para ela, era mais fácil concordar do que questionar o oponente. Ela aprendeu desde a infância que “um será sempre mais inteligente que o outro”, mas essa estratégia só a atrapalhou. Um dia, Diana leu a respeito da técnica das “mensagens eu” e da escuta ativa, resolvendo aplicá-las em sua atuação profissional. Ela se saía bem prestando atenção às palavras de seus interlocutores e explicando como se sentia em relação às pessoas que tentavam tirar vantagem dela por conta de sua dificuldade em dizer “não”. Inicialmente, estranharam aquele esquema de comunicação, mas posteriormente os conflitos com os colegas se tornaram mais construtivos, gerando benefícios mútuos.

9. Não ensinar seu filho a estabelecer metas de longo prazo

A psicóloga Angela Duckworth diz ser fundamental que os pais estimulem nos filhos a noção da perseverança. Vale a pena ensinar os pequenos a lutar pelo futuro que eles querem construir. Ao usar frases como “você não faz nada direito” ou “você é inútil” ao falar com uma criança, o adulto acaba reduzindo as chances de o pequeno crescer e se tornar uma pessoa bem-sucedida.

10. Não deixar a criança usar redes sociais

Atualmente, as redes sociais funcionam como a mesma plataforma de comunicação que as ruas eram no passado. As crianças de hoje passam a dominar, dentro de poucos dias, várias habilidades úteis usando programas agregados às comunidades online. Obviamente, é preciso estabelecer certas regras de segurança, mas banir todo e qualquer uso das redes sociais é algo até cruel.

  • Giselle, mãe de uma menina de 10 anos, ficou surpresa ao ver que a filha tinha aprendido a fazer vídeos bem legais. Mas ela ficou ainda mais maravilhada ao ver que a garota aprendeu tudo usando o TikTok. Agora, fazer vídeos curtos virou o novo hobby da família.

11. Pagar por boas notas

Este tópico segue ainda em discussão. Quando analisamos a partir do ponto de vista das relações de negócios, geralmente quem está mais interessado paga, enquanto o contratado oferece o serviço em troca do dinheiro.

  • Os pais da Aline resolveram estimular a filha a obter boas notas em troca de dinheiro. A menina se saiu bem no boletim, então a experiência parecia eficaz. Mas certo dia, Aline contou à professora que estava doente e que seus pais brigavam o tempo todo. Obviamente, a professora ficou com dó da “pobre garota” e deu a ela notas melhores. A partir daí, os pais deixaram de dar dinheiro à filha em troca de boas notas, recorrendo à ajuda de um psicólogo infantil.

12. Não deixar a criança ter um pet

É comum ver pais proibindo certas coisas em nome de sua própria conveniência. Por exemplo, muitos não permitem pets por pensarem nos custos adicionais, na limpeza e na exigência dos cuidados. E é fácil entender esses pais: com tantas coisas a fazer, tantas preocupações e tanto cansaço, eles não querem mais uma fonte de caos em suas vidas. Porém, é importante compreender que a criança se tornará mais responsável ao conviver com um bicho de estimação.

O pequeno costuma aprender a seguir o horário de alimentação do pet, o momento de sair para passear e a hora de dormir. Claro que as tarefas da criança envolvendo o animal devem ser delegadas pelos pais com base na idade do pequeno. Outra grande vantagem é que seu filho pode passar a participar das decisões ligadas ao bicho, como a escolha do nome e do melhor tipo de ração, por exemplo.

13. Querer construir a personalidade da criança com a ajuda dos esportes

Ao contrário da crença popular segundo a qual a prática esportiva ensina noções de disciplina e forja personalidades, determinadas atividades não são perigosas apenas para a saúde da criança, mas também para sua psique. Afinal de contas, apenas alguns poucos são sagrados campeões. Quando se tem pouca idade, é difícil lidar com injustiças, e a baixa autoestima costuma surgir rapidamente. Além disso, crianças que, por diversos motivos, desistem dos esportes nos quais foram matriculados, têm dificuldade de definir o que fazer com a própria vida em seguida.

  • Quando criança, a mãe da Nina praticava ginástica rítmica, mas uma lesão levou-a a desistir do sonho de ganhar uma medalha olímpica. Quando Nina estava com 3 anos, foi colocada na aula de ginástica, mas nunca obteve grandes resultados. Ao mesmo tempo, ela também não ia bem na escola. A menina se sentia uma perdedora, passando muito tempo sem saber no que poderia se sair bem. Hoje, Nina estuda psicologia e, no futuro, mostrará como os pais podem evitar erros ao criarem seus filhos.

14. Repreender seu filho pelos erros cometidos

Psicólogos afirmam ser importante mostrar aos filhos que eles não devem ter medo de errar ou de fracassar, e que as derrotas devem ser encaradas com dignidade. Quando a criança é punida por um erro, perde o desejo de fazer qualquer coisa, de ganhar experiência ou desenvolver suas habilidades.

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