13 Coisas que estão relacionadas e muita gente não sabe
“Qual é a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha?”, perguntou o Chapeleiro para Alice no famoso romance de Lewis Carroll. Segundo o autor, não há uma resposta correta para essa pergunta, embora todos os que leram o livro tenham feito muitas suposições. Mas na vida há ligações entre coisas ainda mais estranhas do que esse mistério de Carroll. Por exemplo, você sabe o que uma bomba nuclear e as pinturas têm em comum? Ou de que maneira as medalhas olímpicas estão relacionadas à arte?
O Incrível.club quer mostrar as ligações não óbvias entre objetos aparentemente incompatíveis. Sendo assim, criamos esta lista especialmente para você.
Pintura e armas nucleares
Após o primeiro uso de armas atômicas, nosso mundo foi “enriquecido” com novos isótopos, como o estrôncio 90 e o césio 137. As pinturas a óleo posteriores ao ano de 1945 contêm esses compostos em quantidades mínimas: as matérias-primas vegetais utilizadas na fabricação de tintas as absorvem do solo. Portanto, atualmente é impossível criar uma cópia exata das obras de mestres da antiguidade, como Rembrandt ou Leonardo da Vinci: um exame radiológico especial revelaria a farsa.
Meia-calça e patinação
A “Era do nylon” na patinação foi iniciada por acaso, com o velocista soviético Viktor Kosichkin. De acordo com os registros, durante o Campeonato Mundial de Davos, quando a temperatura ambiente estava muito baixa, ele teve que pedir às garotas alemãs algumas roupas de inverno um pouco antes da corrida. De todas as que pegou, escolheu a meia-calça, que era mais quente, mas as cortou na parte inferior. Inesperadamente, ele ficou em segundo lugar. Kosichkin ficou tão impressionado com isso que comprou mais meias, um suéter preto apertado que provou em casa enquanto treinava para as Olimpíadas. No decorrer dessa competição, usando o novo equipamento, ganhou duas medalhas de ouro e prata e, em patinação de velocidade, criou um novo “uniforme” para os atletas.
CAPTCHA e livros antigos
O CAPTCHA não é apenas um conjunto de símbolos aleatórios que protege os sites contra o influxo de spam. Se a página usa o sistema reCAPTCHA, então a resolução desses “quebra-cabeças” ajuda a sociedade. O sistema ainda usa palavras digitalizadas de livros antigos e jornais, que um computador não é capaz de reconhecer. Somente seres humanos são capazes de ler esse texto “embaçado”. Desta forma, o sistema consegue distinguir humanos de robôs e, ao mesmo tempo, coleta muitas variantes de reconhecimento da mesma palavra e preenche as lacunas nas versões digitais dos livros. A cada dia, mais de 200 milhões de tarefas semelhantes são resolvidas.
Ratos, minas e tuberculose
Os ratos da espécie Cricetomys gambianus são os trabalhadores mais valiosos da Tanzânia. Graças à sua inteligência e seu olfato, tornaram-se indispensáveis na busca por minas. Os animais treinados são chamados de HeroRATS (“Ratos heróis”) e também são usados para trabalhar em outros países (por exemplo, no Camboja). Além disso, fazem parte do campo dos cuidados médicos: seu senso aguçado do olfato é capaz de diagnosticar a tuberculose em seu estágio inicial.
Telégrafo e luto
Samuel Morse foi um grande artista e provavelmente teria continuado a pintar se não fosse por um triste acontecimento. Durante uma longa viagem, recebeu uma carta de seu pai dizendo que sua esposa estava se recuperando de uma doença grave e, depois de 3 dias, foi avisado que ela havia falecido. Devido à essa comunicação muito lenta, Morse não pôde dizer adeus à sua amada. É por isso que uma conversa que teve 7 anos depois, em que manifestava a possibilidade de transmitir mensagens de forma remota, com a ajuda da eletricidade, inspirou-o a inventar o telégrafo. Cerca de 12 anos depois, ele enviou a primeira mensagem telegráfica de Washington a Baltimore, que dizia: “Que obra fez Deus!”
Pombos e câncer
Cientistas dos Estados Unidos conseguiram ensinar pombos a reconhecer células malignas em amostras histológicas. Para isso, usaram duas vantagens significativas da ave sobre um assistente de laboratório: melhor percepção de cor e falta de imaginação (os pombos não são capazes de “completar” uma imagem no cérebro). O sistema de treinamento foi baseado na alimentação das aves quando encontravam a resposta correta. Após um mês de treinamento, cada membro da experiência respondeu corretamente em 80% dos casos e, ao processar o conjunto de dados, sua precisão chegou a 99%.
Cor rosa e a masculinidade
Tradicionalmente, a cor rosa era destinada aos meninos, já que era considerado um tom “de valentia”, enquanto o azul era associado às meninas. A cor comum para os pequenos de ambos os gêneros era branca. Evidências disso podem ser encontradas até a década de 1920. A mudança de polaridades ocorreu gradualmente ao longo do século XX, com a ajuda de movimentos feministas. Finalmente, foi consolidado pelo marketing. Quando se tornou possível determinar o sexo da criança antes de seu nascimento, campanhas publicitárias começaram a convencer os pais a comprar um guarda-roupa da cor “certa” antes de o bebê nascer, de modo que as garotas permaneceram com a cor rosa.
A propósito, estudos psicológicos mostram que as crianças não têm preferências inatas por cores. A recusa do rosa por ser “feminino” (da parte dos meninos, claro) aparece nelas apenas quando há uma separação artificial.
Medalhas olímpicas e arte
Estamos acostumados a acreditar que as Olimpíadas são um espetáculo excepcionalmente esportivo e o mais “artístico” que se pode ver neles é a competição de ginástica. Mas em meados do século 20, de 1912 a 1948, foram realizadas competições de arte olímpica. Foi um dos desejos do fundador dos Jogos Modernos, Pierre de Coubertin, que queria que as competições servissem para fortalecer a saúde mental e física. No entanto, as obras que participaram da competição tinham que estar relacionadas ao esporte. As medalhas foram premiadas em diferentes áreas: arquitetura e planejamento urbano, literatura, pintura e desenho, escultura e música.
Impressoras e impressões digitais
A maioria das impressoras tem suas próprias “impressões digitais”, isto é, pontos amarelos. Trata-se de etiquetas especiais que formam um padrão único ao imprimir texto e imagens. Eles codificam informações sobre o número de série do dispositivo, a data e a hora da impressão. Essas medidas destinam-se a ajudar na luta contra os falsificadores, e também houve casos em que foram usadas para investigar vazamentos de informações importantes.
Tecnologias similares estão sendo desenvolvidas para impressoras 3D. Quando essas tecnologias forem difundidas, a polícia terá uma ferramenta poderosa para combater a falsificação, que aumentou consideravelmente com a disseminação desse tipo de impressora em todo o mundo.
Sol e espirros
Os cientistas estimam que, em média, uma em cada quatro pessoas espirra em contato com a luz do Sol. Esta é uma característica genética herdada com 50% de chance. A irritação da retina provoca uma súbita série de espirros, de 1 a 10 vezes, e geralmente há uma interrupção de até 24 dias. Reflexos semelhantes (aparentemente relacionados aos mesmos genes) aparecem em algumas pessoas quando elas estão com o estômago cheio ou quando algum objeto é aproximado de nosso olho. Então, queremos que você saiba que não está sozinho se tiver essa particularidade.
Cachorros e velcro
O fecho de velcro deve a sua invenção aos cachorrinhos. Depois de passear com seu cão, o inventor suíço Georges de Mestral teve a idéia de examinar as grandes quantidades de sementes de bardana que tirou dos pelos de seu animal de estimação sob o microscópio. Descobriu então que elas aderiam a tudo com alguns pequenos ganchos que tinham. Mestral teve a ideia de usar o mesmo princípio para a indústria têxtil. Depois de inúmeras experiências, que duraram uma década, ele conseguiu uma patente, fundou a produção e deixou seu nome na história.
Vikings e publicidade
Eric, o Vermelho, um viajante e descobridor da Groenlândia, foi um dos primeiros a aplicar um truque de marketing que ainda funciona: o nome certo atrai mais pessoas. Ele chamou a terra descoberta de “Verde” (Greenland), diferente da cor do gelo de sua terra natal, para atrair o máximo possível de novos colonos. O truque funcionou: um ano depois, várias dúzias de barcos e colonos se mudaram para a terra “Verde”, junto com Eric.
Montanha-russa e pecados
O inventor LaMarcus Thompson, no final do século 19, criou o maior parque de diversões dos Estados Unidos, chamado “Coney Island”, não apenas com o propósito de obter lucro. Seu principal objetivo era fazer com que os americanos não frequentassem locais com atividades pecaminosas: saloons e bordéis. Como alternativa, propôs passeios em um trailer por paisagens pitorescas (projetado para representar, por exemplo, os Alpes suíços). Assim começou a história de uma das formas mais populares e seguras de obter uma boa dose de adrenalina.