13 Hábitos dos brasileiros que os estrangeiros geralmente não entendem

Curiosidades
há 1 ano

Você sabe de onde vem a palavra “gringo”? Bom, a forma como ela surgiu não é muito diferente da palavra bárbaro, o que significa que o termo basicamente aponta aquilo ou aquele que é estranho a uma cultura. E para ser estranho a uma cultura basta estar fora dela, ué! Se você já viajou para o exterior, ou mesmo para algumas regiões mais pitorescas do Brasil, percebeu que alguns costumes podem parecer muito esquisitos para quem não está habituado. Já parou para pensar que os gringos — aqueles fora de nossa cultura — podem achar muitos de nossos hábitos e costumes estranhos?

É exatamente isso que o Incrível.club vai te mostrar agora: 13 coisas com que estamos acostumados e que muitos estrangeiros acham bem estranhas. Lembre-se: não se trata de certo ou errado, apenas algumas características que diferem os brasileiros dos gringos.

1. Cafezinho

Não é novidade para ninguém que nosso cafezinho é uma paixão nacional, mas às vezes um choque de cultura pode causar uma tremenda confusão! Em 7 de agosto de 2016, o repórter esportivo Scott Stinson publicou no Twitter uma “reclamação” sobre nossos tradicionais cafezinhos em copinho de plástico. Era o café distribuído no centro de mídia da cobertura das Olimpíadas aqui no Brasil.

Muita gente já tinha reclamado do suposto miserê da “dose”, mas os gringos não atentaram que o café brasileiro é muito mais concentrado do que na maior parte do mundo. Como o pessoal do hemisfério norte está mais acostumado a tomar grandes copos de café, nosso pequeno, mas forte, cafezinho, acabou gerando muito estranhamento.

2. Sunga (e biquíni)

Ainda em 2016, durante as Olimpíadas, muitos veículos internacionais ficaram espantados quando viram homens em nossas praias usando sungas. O The Wall Street Journal chegou a fazer uma reportagem sobre esse hábito tão... ousado! Lá fora, as sungas são mais usadas por competidores, nadadores profissionais que buscam alta performance dentro d’água. Para os gringos, é estranho usar uma peça tão diminuta na praia ou passeando por aí.

Os biquínis também não escaparam da crítica internacional. Apesar de existirem em outros países, aqui eles deixam muito à mostra, pelo que avaliam. Eles ainda especulam que o calor e a influência indígena são explicações para nossos hábitos. Que coisa de cara-pálida, hein?

3. Marquinha de biquíni

Bronzear-se na laje, na praia ou até na clínica estética certamente é um costume praticado pelas brasileiras das mais diferentes classes. E, para muita gente, exibir a marquinha de biquíni decorrente disso é sinônimo de sensualidade. Aliás, há quem mesmo recorrendo à clínica estética use esparadrapo ou algo similar justamente para replicar as marquinhas, deixando-as ainda mais acentuadas. Quem não lembra do biquíni de Anitta no clipe “Vai, Malandra”?

Fato é que muitos gringos acham isso bem estranho. Como os europeus, que têm hábito não só de fazer topless, mas também de curtir a praia como vieram ao mundo! Interessante, porém, que até entre as brasileiras esse costume de mostrar marquinha já não é uma unanimidade. O que você acha?

4. Cumprimentos calorosos

O mundo sabe que o povo brasileiro é caloroso. Somos muito afeitos a nos tocar na hora de nos cumprimentarmos e beijos e abraços são distribuídos com uma facilidade que, convenhamos, nem sempre reflete o grau de intimidade que temos com a pessoa. Isso faz parte da nossa cultura, mesmo que nem todo mundo seja afeito à prática. Afinal, existem muitos tipos de cumprimentos e diversas razões para usá-los. No exterior, porém, muita proximidade pode até causar constrangimento.

Americanos, por exemplo, evitam toques mais íntimos por temerem interpretações erradas. É por isso que o bom e velho aperto de mão é o cumprimento mais “seguro” nos EUA. Os Japoneses são ainda mais reservados, por isso a reverência — ou ojigi — é sua forma mais tradicional de cumprimento. Às vezes, diante de uma cultura diversa é preciso curvar-se aos seus hábitos, não é?

5. Compartilhar comida

Sejamos sinceros: dividir comida não é uma atitude assim tão fácil, especialmente quando alguém mete a mão (ou o garfo) em nosso prato sem pedir permissão — mesmo que seja seu amorzinho! Fato é que o ato mexe com nossos instintos, então é natural uma reação de desagrado de quem tem a comida “roubada”. É diferente, porém, quando nós tomamos a iniciativa de oferecer o que estamos comendo, até algo que esteja na nossa mão mesmo. Ou então quando damos permissão para mexerem no nosso “queijo”. A atitude passa a ser uma manifestação de intimidade.

O que os gringos estranham é que, nessas situações, a gente topa dividir tudo. Uma mordiscada no biscoito, uma lambida no sorvete, um gole no copo de suco, usando o mesmo canudo! É quando entra nesse grau máximo de “compartilhamento” que muitos torcem o nariz. Mas será que chega a ficar de boca aberta? Aí, é bom tomar cuidado, do contrário a gente acaba botando comida nela...

6. Bebidas geladas

Nada mais refrescante e “refrigerante” que uma gostosa bebida bem gelada em um dia quente, certo? Errado. É evidente que um líquido gelado dá uma sensação agradável num dia quente, mas em termos práticos, ele não ajuda de fato a resfriar o corpo. E pode piorar: se você colocou a sua bebida favorita no freezer, para deixar trincando antes de beber, a grande probabilidade é que muito do sabor dela será perdido. As papilas de nossa língua — responsáveis pelo paladar — podem ser inibidas por temperaturas muito baixas. “Estupidamente” gelada, é? Pois é...

Especialmente em países europeus, as bebidas não são servidas muito geladas. É comum até estar em temperatura ambiente. Sim, num país tropical, com lugares que chegam aos 40°C, é difícil imaginar isso. A questão, porém, está no exagero. Em muitos lugares, 10 ou 12°C é temperatura ambiente e a gente gela bebida abaixo dos 0°C. No final acabamos apenas anestesiando nossa “língua”. Então, elevar um pouco a temperatura da bebida pode ser uma “questão de bom gosto”?

7. Arroz e feijão todo dia

Comer arroz e feijão todos os dias é um hábito tipicamente brasileiro. Aliás, até quem está fazendo regime não deve evitá-lo, mantendo-o com parcimônia, pelo menos uma vez ao dia. É uma combinação poderosa e muito equilibrada em termos nutricionais, mas obviamente que como todo exagero acaba transformando o que é ideal em um problema refletido na balança. Parcimônia é a chave, lembra? Mas, então, se a combinação é tão boa, por que os gringos estranham?

O estranhamento vem da repetição, não da combinação. Para a maioria dos gringos, comer a mesma coisa todo dia é muito estranho. O mais comum é variar o cardápio, mesmo que em muitas culturas algum tipo de ingrediente acabe sendo a base da alimentação. É só pensar em quando você vai em algum restaurante de comida típica estrangeira. Mas será que aqui mesmo, no Brasil, esse hábito do arroz com feijão é universal? Predominante, certamente. Mas e você, come arroz e feijão todo dia?

8. Colocar farinha na comida

Talvez este seja um dos segredos para comermos arroz e feijão todos os dias! A farinha de mandioca, ou farofa, para os íntimos, é quase um coringa na nossa culinária. Dá para combinar com uma infinidade de alimentos e ainda há quem faça versões em que a própria farofa vira o prato principal. Pra gente isso tudo é muito natural, mas muito gringos costumam estranhar essa maravilha. Seja pela aparência, seja pela textura sentida ao comer, alguns chegam a dizer que nossa farofa parece areia! Mas em geral é apenas um estranhamento inicial.

Diferente de muitos pratos com que estamos habituados, a farofa é uma herança dos tupis-guaranis, de um período pré-colonial. Mesmo que tenha se popularizado com os portugueses que nos colonizaram, não é um alimento “comum” no resto do mundo. Que azar o deles, não?

9. Almoçar ao meio-dia

Alguém lembra do Chef gritando — “Attention, tá na hora de matar a fome. Tá na mesa, pessoal!” — ao final da TV Colosso? Sempre na mesma hora. Sempre ao meio-dia, certo? Claro que na vida corrida de hoje não dá para considerar que temos um horário oficial ou “padrão” de almoço, mas todo mundo concorda que meio-dia já é hora de almoçar. Tanto que se você procurar por um restaurante, nesse horário certamente ele estará aberto e pronto para servir o almoço. Às vezes até um pouco antes disso.

Isso não é regra, mesmo que almoçar ao meio-dia não seja nenhum absurdo em outros lugares. Mas, em alguns, esse horário ainda é hora de encerrar o café da manhã. Se você decidir viajar para a Espanha, por exemplo, tome cuidado. Em algumas regiões, não espere encontrar restaurantes servindo almoço antes das 14h! Ao meio-dia o hábito é petiscar alguma coisa para se preparar para o almoço. Abrir o apetite, será? Ou o segredo é não comer com fome? Eita, você ficou com fome?

10. Chegar atrasado

Fale a verdade: quantas vezes você marcou um compromisso mais cedo do que pretendia só para aumentar as chances de as pessoas chegarem no horário planejado? Quantas vezes esperou por uma consulta médica com hora marcada que começou muito atrasada? Quantas vezes chegou à sala de reunião em cima da hora e ainda a encontrou vazia? Quantas vezes respondeu “estou saindo” e ainda estava entrando no banho?

Vamos admitir, brasileiros não são nenhum exemplo de pontualidade e ainda por cima são muito condescendentes com quem se atrasa. Já foi feito até um estudo sobre isso que virou questão no Enem! Para os americanos, por exemplo, isso tudo é um absurdo. Eles realmente levam a sério a máxima “tempo é dinheiro”. E se ela é verdadeira, nós somos um povo realmente endividado!

11. Sabores de pizza malucos

Não há um consenso sobre a origem exata da pizza, mas tudo indica que ela evoluiu através de diversas culturas da antiguidade. Começou como algo muito parecido a um pão achatado e com o tempo ganhou ingredientes. Os italianos deram a forma mais contemporânea, acrescentando o molho de tomate e o queijo. A partir daí, a pizza ganhou fama mundial e chegou ao Brasil. E aí os brasileiros... Bom, os brasileiros não têm limites! Se você tem coragem de afirmar que já comeu todo sabor de pizza que existe é porque é gringo, só pode. Qualquer brasileiro sabe que cedo ou tarde pode encontrar um sabor de pizza inédito.

Mas isso não necessariamente é positivo. As invencionices muitas vezes acabam até descaracterizando o prato. O tipo mais clássico de pizza é a Napolitana, que segue a composição básica: massa, molho de tomate e queijo. Para muitos estrangeiros, tudo que foge muito disso é bastante estranho. E para você, vale até pudim no meio da pizza ou tudo tem limite?

12. Preocupação com a aparência

A vaidade é uma caraterística forte no brasileiro, e isso já apareceu até em pesquisa que nos colocou como segundo país mais vaidoso do mundo. Não é surpresa, então, que a maioria dos brasileiros considere gasto com beleza uma questão de necessidade, não luxo. Evidentemente que isso não é uma regra e que existem pessoas mais desligadas com a aparência, mas de um modo geral, nos preocupamos muito mais com isso do que outras culturas.

Talvez você esteja pensando: “mas tem gente que vai na padaria com roupa de ginástica!” Pois sim. E como nos vestimos, geralmente, para fazer ginástica? Você seria capaz de ir de pijama até a venda da esquina? Em alguns lugares do mundo, isso é normal. Ou pelo menos ninguém liga para isso...

13. Não receber troco

Nós, brasileiros, temos o hábito de ser bastante tolerantes na hora de receber o troco quando fazemos compras em dinheiro, não é? Mesmo que pareça coisa pouca, a verdade é que não é um hábito dos mais desejáveis. Especialmente quando ele passa a ser praticado até em transações com cartões. Há ainda outro equívoco cultural sério: a responsabilidade pelo troco é do comerciante. Empurrar “balinha” para “completar o valor” é prática condenada pelo Código de Defesa do Consumidor. Não havendo troco disponível, é o comerciante que deve diminuir a cobrança.

Essa é uma prática que não tem reflexo em países europeus, por exemplo. Evidente que no mundo todo as transações estão cada vez mais voltadas para os meios eletrônicos, mas se arredondar para cima se torna uma prática, grandes são as chances dessa prática acabar sendo “digitalizada”, não?

Choque de cultura não é só o nome de um programa humorístico. Acontece desde que o mundo é mundo e não necessariamente é algo ruim, já que pode promover crescimento e aquisição de hábitos desejáveis. Mas será que esse choque só acontece na esfera dos costumes? E você, tem algum hábito diferente de todo mundo que causa estranhamento? Conte para a gente, vai?!

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Com relação ao café, o café brasileiro é igual ao do mundo inteiro. Quem é diferente são os EUA, onde o café é aguado e servido em grandes copos. Na Europa inteira o café é servido exatamente igual ao Brasil. E na Itália é muito mais forte e concentrado do que aqui. Aliás, foram os europeus que inventaram a forma atual de preparar e servir o café em pequenas xícaras

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