12 Vestidos de noivas da TV brasileira que carregam grandes histórias por trás de suas criações

Todos os vestidos de noiva usados por personagens da ficção em novelas, desde o desenho até sua confecção, buscaram inspiração em modelos ou estilos já existentes, desde referências que remetem ao século XIX, passando pela cena hippie dos anos 70 e apostando em tendências da moda mais recentes. Mas há trajes que se destacam mais que outros, tanto pelo que transmitem quanto pela história por trás deles, e influenciam ainda muita gente na hora de escolher o vestido de casamento.

Juma — Pantanal

O vestido de noiva de Juma foi desenvolvido pela figurinista Marie Salles e a designer capixaba Jacqueline Chiabay. Todo feito em crochê com fitas de couro natural, trata-se de “uma trama de tricô e crochê intercaladas e feitas com as tiras dos retalhos de couro cortadas manualmente”.

O vestido da mulher-onça tem uma forte ligação com a moda sustentável. “Faz parte de um projeto de produção coletiva e cooperada envolvendo mulheres artesãs de comunidades rurais do entorno do ateliê de Jacqueline e de várias outras localidades do Espírito Santo”.

Muda — Pantanal

Simples, o vestido de Muda foi inteiramente feito à mão, trazendo a tendência handmade vista no último São Paulo Fashion Week. Marie Salles explicou que fez tudo na costura, com a ajuda da contramestra e as costureiras dos Estúdios Globo. “São dois tecidos, um transparente com textura, e um tecido floral, embaixo. Quando ela anda, esse tecido floral aparece, com estampas bem miúdas”, disse a figurinista.

Cristina — Império

Curiosamente, o vestido de casamento de Cristina em Império reapareceu na TV ao ser usado por Luana Braga, uma das participantes do reality Casamento às Cegas. O modelo tomara que caia é assinado pela estilista Lethicia Bronstein, e já não é um modelo atual, uma vez que a novela Império foi ao ar pela primeira vez em 2014. Já o reality show da Netflix foi gravado há pouco tempo.

No episódio em questão, as mulheres do reality deveriam escolher o vestido de noiva, e Luana Braga acabou escolhendo o mesmo vestido da personagem Cristina, o que a deixou muito emocionada.

Princesa Isabel — Nos Tempos do Imperador

Para produzir a peça da Princesa Isabel, a equipe de Beth Filipecki e Renaldo Machado precisou estudar a obra de Pedro Américo, exposta no Museu Imperial de Petrópolis. O vestido contou com 19 m de renda e 9 m de cetim duchese. Já a grinalda foi feita com flor de laranjeira, em respeito à tradição do século XIX.

“Sem a renda de Bruxelas, procuramos a que mais se assemelhasse para construir um modelo o mais parecido possível para contar essa história”, explicou Beth Filipecki. A atriz também usou uma faixa imperial da Ordem do Cruzeiro, criada em 1822 por D.Pedro I, avô da princesa.

Ema — Orgulho e Paixão

O vestido de noiva de Ema remonta a moda do início do século XX, época em que a novela é situada. Para as amantes do estilo retrô, a peça é definitivamente uma ótima inspiração. Assim como aconteceu com o vestido da Princesa Isabel, a figurinista Beth Filipecki também esteve envolvida na produção do modelo da baronesinha.

A peça tem mais de 10 m de renda francesa chantilly e mescla o estilo vintage sem deixar de ser contemporânea. O vestido foi feito com exclusividade para a personagem de Agatha Moreira.

Catarina — Deus Salve o Rei

O vestido de Catarina marcou uma importante mudança na trajetória da personagem na novela. Depois de assumir o trono de Montemor, a personagem passou a vestir cores mais fortes, e o figurino escolhido para o casamento é o divisor de águas dessa mudança, segundo a figurinista Mariana Sued.

“Os metais que ela usa já são dourados e a roupa já está um pouco mais esverdeada. Não está nas cores de Montemor, mas já foge um pouco daquela paleta que a gente tinha visto a Catarina de princesa o tempo todo”.

Melina — Passione

De forma a transparecer a criatividade e ousadia de Melina, a estilista mineira Glória Coelho escolheu um modelo sem alça, inspirado em Elizabeth I da Inglaterra. “Ele é todo forrado de cetim de seda pura, com pregas de organza que vão aumentando até a barra e paetês transparentes”, contou.

Vivi Guedes — A Dona do Pedaço

Na trama, Vivi Guedes subiu ao altar com Camilo pela segunda vez, após ser chantageada por ele. A escolha da cor do vestido, o preto, teve como objetivo transmitir o drama envolvido na união. As figurinistas da novela, Claudia Kopke e Sabrina Moreira, mudaram o estilo original da peça para se adequar à cena.

“Bebemos na fonte desse desfile Dior, da década de 80. O vestido original era vermelho, mas o briefing da novela pedia preto e alteramos a cor. Acrescentamos uma capa e uma cauda, confeccionadas pelas nossas costureiras, e o resultado ficou incrível: uma verdadeira Drama Queen”, comentou Sabrina.

Iolanda — Joia Rara

O look simples porém elegante de Iolanda chegou a captar bastante a atenção dos telespectadores. A peça foi inspirada na duquesa de Windsor, em seu casamento com o Rei Edward VIII, que abdicou do trono do Reino Unido. O modelo rendado foi desenhado pela própria figurinista da novela, Marie Salles, e produzido no ateliê do Projac.

Enquanto que o vestido da duquesa de Windsor era azul, a cor escolhida para o figurino da personagem de Joia Rara foi o cinza, para “passar uma sensação de claustrofobia e, ao mesmo tempo, mostrar uma mulher muito chique e rica”.

Sandra — Boogie Oogie

O vestido de Sandra, apesar de prezar pela simplicidade, ainda deu algum trabalho para ser feito, conforme afirmou a figurinista da novela Marie Salles. Ela se inspirou na estilista Zandra Rhodes, do movimento hippie dos anos 70.

Marie conta que, na verdade, são dois vestidos, e não apenas um, como parece ser. “O vestido que fica por baixo é de crochê branco e o outro que vai por cima é de renda, com a referência que peguei da Zandra Rhodes”.

Sandra — Êta Mundo Bom

Mais uma Sandra, mas com referências de época muito diferentes. Em Êta Mundo Bom, a vilã subiu ao altar com uma peça de aparência aristocrática, inspirada no vestido usado por Grace Kelly em 1956, quando a atriz hollywoodiana abandonou a carreira para se casar com o príncipe Rainier III de Mônaco.

A figurinista Beth Filipecki comandou a área responsável pelo traje semelhante ao de Grace. O vestido de Sandra é feito de manga comprida, rendas bordadas com pérolas, saia volumosa e uma faixa de costura na parte frontal.

Fedora — Haja Coração

Na ficção, a it-girl surpreendeu os convidados com um look dark que teve direito a asas e efeito especial. Na vida real, o modelo causou o mesmo efeito aos telespectadores. A ideia surgiu a partir da própria cena escrita pelo autor, Daniel Ortiz.

A figurinista Alessandra Barrios tornou o conceito palpável e incluiu ainda um adereço extravagante na cabeça, com referência à Malévola. “Imaginamos uma roupa que atendesse a todas as solicitações; sabíamos que teria que ser impactante. A Fedora precisa aparecer sempre!”, explicou.

Se tivesse que se inspirar em um personagem fictício para o seu vestido de casamento, quem seria?
Você pode escolher uma noiva dessa lista ou outra que não mencionamos aqui. Comente com o nome e explique a razão pela qual esse figurino te marcou.