12 Curiosidades da patinação artística que revelam os bastidores desse esporte

Curiosidades
6 horas atrás

A patinação artística no gelo é uma das modalidades esportivas mais inesperadas em um país tropical como o Brasil. Mas é justamente a combinação de técnica, leveza e velocidade sobre lâminas que encanta e inspira.

Isadora Williams foi a primeira atleta a brilhar na Olimpíada, representando toda a América do Sul nas edições de Sochi (2014) e PyeongChang (2018). Desde então, atletas como Laerte Lima, Deborah Vale Bell, Felipe Kubo, Natalia Pallú e Jay Panesar têm ganhado destaque, deixando claro que a patinação artística brasileira tem um futuro promissor.

Hoje, a Arena Ice Brasil, em São Paulo, é o principal polo da modalidade no país. Lá, acontecem desde o Campeonato Brasileiro de Patinação Artística no Gelo, muitas vezes transmitido ao vivo, até o Sul‑Americano Open, colocando nossa patinação cada vez mais no mapa internacional. Conheça agora algumas tradições e curiosidades fascinantes sobre esse esporte.

As luvas são usadas não apenas pela beleza

Yomiuri Shimbun / Associated Press / East News

Esse acessório, muitas vezes criado para combinar com o figurino e complementar a estética da apresentação, também tem uma função prática importante: as luvas ajudam a proteger as mãos dos patinadores contra cortes e machucados em caso de quedas ou quando precisam tocar o gelo durante a coreografia. Assim, além de elegância, elas oferecem segurança.

As mulheres estavam sendo reprovadas nos testes de doping devido ao uso de contraceptivos orais

Por muito tempo, atletas do sexo feminino enfrentaram uma situação delicada em relação ao uso de certas pílulas anticoncepcionais, já que algumas fórmulas podiam distorcer os resultados dos testes de doping, gerando suspeitas injustas.

Posteriormente, a proibição do uso de pílulas anticoncepcionais por patinadoras artísticas foi suspensa após ficar provado que as substâncias proibidas, noretindrona e nandrolona, podiam ser facilmente distinguidas por meio de uma análise cuidadosa nos testes de doping.

Usam protetores contra acidentes

AFP/EAST NEWS

Os patinadores artísticos, tanto iniciantes quanto profissionais, caem muito no gelo durante o treino. Para se protegerem das lesões, usam equipamentos especiais como: capacetes na cabeça e almofadas de proteção para as costas e pernas.

Elas aplicam spray de cabelo nas pernas

© Trekphiler / Wikimedia Commons, © CC BY-SA 3.0, SOPA Images/Sipa USA/East News

As patinadoras artísticas seguem um código de vestimenta rigoroso. Os vestidos ou bodies devem ser discretos, cobrindo cerca de 70% do tronco e do corpo, mantendo uma aparência modesta e elegante. Além disso, os trajes não podem, em hipótese alguma, tocar o gelo, se isso acontecer, os juízes descontam pontos da apresentação.

Por esse motivo, elementos como penas, lantejoulas soltas ou enfeites excessivos são evitados, já que, se qualquer parte do traje cair no rinque, isso também resulta em perda de pontos. Para evitar que os vestidos subam ou se movimentem demais durante os saltos e giros, muitas patinadoras recorrem a truques como aplicar spray de cabelo nas roupas, ajudando a manter tudo no lugar, sem comprometer a performance.

Elas usam coletores menstruais e absorventes diários

As patinadoras artísticas precisam treinar e competir mesmo durante o período menstrual, já que o calendário de treinos e competições não para. Muitas delas optam por usar o copo menstrual, considerado uma alternativa mais segura, confortável e confiável do que os absorventes internos tradicionais, especialmente para quem pratica esportes de alto desempenho. Para reforçar a proteção, algumas também usam absorventes diários. E mesmo que ocorram pequenos vazamentos ou manchas, a maioria das atletas continuam a se apresentar como se nada tivesse acontecido.

Há o termo “beijar e chorar”

East News

Assim como em qualquer esporte, a patinação artística tem suas próprias gírias. Um exemplo é a expressão “kiss and cry” (beija e chora), que se refere à área onde os patinadores aguardam suas pontuações durante as competições. É nesse espaço que eles recebem os resultados do desempenho, e as emoções costumam transbordar, seja com lágrimas de felicidade, tristeza ou até beijos de comemoração. Por isso, esse cantinho ficou conhecido como a área do “beija e chora”.

As performances podem ocorrer entre duplas do mesmo sexo

Pela primeira vez no programa britânico Dancing on Ice, uma dupla formada por dois homens entrou no rinque. O patinador artístico Matt Evers e o ator/cantor Ian H. Watkins se apresentaram ao som de “High Hopes”, da banda Panic! at the Disco. A performance viralizou rapidamente e gerou muita discussão animada nas redes sociais.

Talvez, no futuro, a patinação artística entre pessoas do mesmo sexo seja incluída no programa olímpico. Aliás, os próprios patinadores já demonstraram apoio a essa ideia. A atleta americana Alysa Liu, por exemplo, afirmou que adoraria patinar ao lado de uma de suas rivais, independentemente do gênero.

Eles treinam em pistas sintéticas

Os patinadores artísticos são atletas dedicados que treinam durante horas todos os dias. Eles aproveitam qualquer chance para calçar os patins, até nas férias e nos feriados, mesmo que não haja um rinque de gelo natural por perto, usando gelo sintético. Atualmente, há opções portáteis no mercado, com painéis dobráveis que ocupam pouco espaço e são leves para serem transportados.

Curiosamente, as primeiras pistas de gelo artificial surgiram no século XIX. Naquela época, ingredientes comestíveis como banha de porco e sal eram usados para criar o gelo. A inauguração desses rinques causava grande entusiasmo, pois poder patinar em um clima quente era visto como uma verdadeira maravilha.

Elas não participam dos Jogos Olímpicos antes dos 17 anos

STEPHEN JAFFE/AFP/East News

Segundo as regras mais recentes do Comitê Olímpico, só podem competir patinadoras com mais de 17 anos. Antes, o limite de idade era menor. Essa regra ficou conhecida como “Regra Lipinski”, em homenagem a Tara Lipinski, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1998, em Nagano, com apenas 15 anos, sendo a mais jovem campeã da história.

Após essa conquista, foi criada uma norma que exigia que os atletas tivessem completado 15 anos até 1º de julho do ano anterior à competição. Hoje, Tara Lipinski atua como comentarista na NBC Sports e já expressou sua crítica à regra atual: “Os jovens atletas continuarão patinando, mas só serão vistos nas competições aos 17 anos.”

Eles usam roupas íntimas especiais

SEBASTIEN BOZON/AFP/East News, Michal Busko/Sipa USA/East News

Os patinadores artísticos não podem mostrar o torso nu durante suas apresentações. Por isso, as patinadoras usam vestidos ou macacões, enquanto os patinadores masculinos vestem camisas e calças. Para evitar que a camisa suba durante a apresentação e deixe a barriga à mostra, os atletas usam roupas íntimas especiais que prendem a blusa no lugar, garantindo que tudo fique ajustado diante dos juízes.

Eles aprendem a dar saltos com um arnês

Os patinadores artísticos treinam usando um equipamento especial com o auxílio de um assistente técnico. Nessas sessões, eles aprendem a saltar e a realizar movimentos no gelo com mais segurança. O técnico controla a velocidade, o ângulo da decolagem, além da postura e do alinhamento das costas do atleta. O arnês, preso a presilhas fixadas acima do rinque ou segurado pelo técnico, garante suporte durante os treinos.

Elas usam meias-calças especiais

AP/EAST NEWS, imago/Xinhua/EAST NEWS

Muitos fãs de patinação artística já devem ter reparado que as patinadoras usam meias-calças sobre os patins. Mas essas não são meias comuns, são feitas de spandex elástico e usadas justamente para proteger os patins do desgaste. Como a maioria das atletas costuma usar apenas um par de patins por temporada, essas meias ajudam a manter os patins com aparência limpa e polida, além de disfarçar os sinais de uso intenso.

Outro motivo importante é a segurança. Cobrir os patins com as meias-calças ajuda a evitar que os cadarços se soltem durante a apresentação. Apesar de muitos patinadores usarem fitas especiais para prender os cadarços, as meias-calças funcionam como uma camada extra de proteção.

Além disso, há uma vantagem estética: o contraste entre o patim e a perna pode “quebrar” a linha visual da perna. Ao puxar as meias-calças sobre os patins, cria-se uma aparência mais uniforme, fazendo as pernas parecerem mais longa e a linha do corpo mais elegante e fluida.

Não deixe de conferir nosso outro artigo, no qual descobrimos segredos fascinantes que provam que o nado artístico é muito mais do que apenas dançar na água.

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