11 Segredos de cuidados capilares do passado que hoje fazem seus cabelos ficarem em pé

Curiosidades
há 2 anos

Hoje, é possível comprar produtos de cuidado capilar seguros no supermercado e tingir as madeixas da cor que quiser, sem temer perdê-las após processos químicos. A variedade de produtos para cabelos provavelmente nunca foi tão grande, mas isso não significa que nossos ancestrais não se importavam com a beleza de seus próprios fios.

Incrível.club fez uma digressão histórica para descobrir como as pessoas cuidavam de seus cabelos no passado. Alguns dos métodos são impressionantes. Acompanhe!

Usavam tijolo para o crescimento capilar

Em um escrito anônimo datado em meados do século XVII, há uma receita curiosa para o crescimento do cabelo. Consistia em cera amarela fresca e tijolo vermelho triturado. De acordo com o autor desconhecido, o óleo obtido fazia maravilhas para quem sofria de queda capilar.

Penteavam o cabelo com excremento de andorinha

Para dar ao penteado a forma desejada, utilizavam apenas produtos naturais. Conforme a composição de uma receita antiga, nossos antepassados, no início da Era Renascentista, penteavam seus cabelos com excremento de andorinha e gordura de lagarto.

Limpavam o cabelo com cinzas

Os antigos habitantes da ilha de Java, na Indonésia, queimavam talos secos de arroz e misturavam as cinzas em água durante a noite, antes de usar o líquido para lavar os cabelos, no dia seguinte. Depois, passavam óleo de coco como condicionador.

Usavam toucas para proteger os cabelos de ratos

Na época de Shakespeare e da rainha Elizabeth I, as mulheres usavam banha para modelar os fios rebeldes. Por causa disso, precisavam dormir com toucas para proteger as madeixas dos ratos. O produto atraía os roedores mais que qualquer outra guloseima.

Arriscavam a saúde durante a depilação

depilação corporal remonta ao antigo Egito e ao Império Romano. Assim, por exemplo, o shugaring, segundo uma das lendas, era praticado pela própria Cleópatra, mas havia outros métodos, muito menos seguros.

Do século XVI até cerca de 1930, um mineral especial era usado como meio de depilação: o orpimento, um sulfeto de arsênico. Quando aplicado à pele lesionada, esse composto pode causar envenenamento.

Barbeiros colocavam seus dedos na boca dos clientes

Antes da invenção do aparelho de barbear, não era possível remover os pelos faciais por conta própria. Sentados na cadeira do barbeiro, os homens estufavam as bochechas para esticar a pele do rosto e diminuir o risco de serem cortados por uma lâmina afiada.

No século XIX, os barbeiros americanos enfiavam os dedos na boca de seus clientes enquanto os barbeavam. Assim, podiam endireitar a pele e chegar às áreas mais difíceis do rosto com uma navalha, sem medo de causar ferimento. Mark Twain descreveu esse procedimento em um de seus contos: “O barbeiro colocou o dedo na minha boca para ajudar a raspar os cantos do meu lábio superior, e essa pequena evidência circunstancial me fez descobrir que parte de seus deveres na barbearia também era de limpar os lampiões de querosene”.

Tingiam o cabelo com chumbo e vitríolo

Por muito tempo, a sociedade europeia não aceitava as madeixas grisalhas e ruivas. Quem ficasse grisalho ou nascesse ruivo, pintava o cabelo de escuro. Entre os produtos usados para tingimento estavam tanto composições suaves com mel e casca de noz verde quanto opções mais potentes como chumbo, ácido nítrico e vitríolo.

Os cabeleireiros da época acreditavam que essa tinta não só estragava o cabelo, tornando-o seco e quebradiço, como causava danos ao cérebro ao penetrar os poros. Segundo o testemunho de alguns profissionais, após o tingimento, a cabeça ficava coberta de bolhas e o cabelo despedaçava ao toque.

Lavavam o cabelo uma vez por ano

Nossos ancestrais nem sempre achavam a imersão na água a melhor maneira de se manterem saudáveis. Tomar banho em um ambiente frio estava associado ao risco de adoecer, por isso, algumas pessoas lavavam o cabelo uma vez por ano. Por exemplo, o escritor inglês do século XVII, John Evelyn, admitiu fazer uma lavagem anual das madeixas, usando água morna e uma decocção de ervas aromáticas.

Sabe-se que no século XIX, mais atenção foi dada à lavagem. Em um guia completo da arte de se vestir, publicado em 1830, o autor recomendava que os cavalheiros cortassem o cabelo uma vez por mês e lavassem-no conforme a estação do ano: uma vez a cada duas semanas, no verão e uma vez por mês, no inverno.

Substituíam a lavagem por um método de pentear

Na Inglaterra, no início do século XVII, as mulheres esfregavam suas cabeças com um tecido de linho para limpá-las. Em seguida, um pano especial era jogado sobre seus ombros para proteger as roupas da sujeira. Finalmente, iniciava-se o processo de pentear.

O pente era uma ferramenta multifuncional. Ajudava a se livrar da sujeira, piolhos e caspas, cuidava do cabelo e do couro cabeludo, além de estilizar as madeixas.

O mercado de pentes era grande e variado. Eram feitos de madeira, ossos, chifre e casco de tartaruga. Vale ressaltar que os pentes eram tratados como relíquias, pois não eram tão baratos e acessíveis. Para prolongar sua vida útil, eram armazenados em capas e estojos especiais.

Tratavam caspa e neuralgia com pentes

No final do século XIX, foi lançada na Inglaterra a escova de cabelo elétrica, da marca Dr. Scott. Aliás, ela não era elétrica, apenas possuía vigas de ferro em sua composição. No entanto, o produto era vendido como uma cura para todos os males. O anúncio afirmava que a escova conseguia eliminar a caspa, acabar com os cabelos grisalhos, acalmar o cérebro e curar dores de cabeça e neuralgia em cinco minutos.

Enrolavam as madeixas em limalhas de aço

O cabelo encaracolado era conseguido tanto química como mecanicamente. Um livro de receitas manuscritas de Bridget Hyde recomendava uma de incenso e orvalho, enquanto o livro da família Boyle sugeria molhar o cabelo com uma solução semelhante e depois enrolá-lo.

Na Inglaterra, no século XVII, o cabelo era tratado com uma tintura bastante original, cujo principal ingrediente era a limalha de aço. Ela era infundida por um dia em noz-de-galha, sementes de marmelo e folhas de cipreste. Para preparar o produto, utilizavam a água em que o centeio era fervido. A tintura resultante era fervida até engrossar. O cabelo era tratado com esse produto e enrolado durante a noite com meios improvisados.

Um século depois, procedimentos mais moderados se tornaram populares. Sabe-se que Lord Byron, durante seus dias de estudante em Cambridge, foi flagrado certa manhã por um colega, usando papelotes para cachear seus fios. O amigo do poeta ficou surpreso, pois, acreditava que o cabelo de Byron fosse naturalmente encaracolado. Diante da surpresa, o principal representante do Romantismo inglês respondeu em tom de brincadeira: “Sim, desde o nascimento, todas as noites”.

O que você costuma fazer para cuidar dos seus cabelos? Quais procedimentos modernos conhece, mas não arriscaria experimentá-los? Conte nos comentários!

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