Ele perdeu o olho, mas a tatuagem trouxe o olhar de volta

Pode parecer que já se sabe tudo sobre as estrelas da Era de Ouro de Hollywood, desde a trajetória rumo à fama até os momentos mais íntimos. No entanto, ainda existem curiosidades pouco conhecidas que revelam um novo olhar sobre certas mulheres lendárias, iluminando aspectos de suas vidas que muitas vezes passam despercebidos
Durante os dias de padrões rígidos de beleza na Era de Ouro de Hollywood, muitas atrizes se preocupavam demais com a silhueta e recorriam a lingeries desconfortáveis para realçar as curvas. Elas moldavam o corpo com peças específicas, como sutiãs com bojos pontudos, calcinhas de cintura alta com elásticos firmes e espartilhos que afinavam a cintura e os quadris, além de levantarem os seios.
Esse tipo de roupa íntima era usado constantemente, sendo que algumas quase nunca tiravam das peças. Marilyn Monroe, por exemplo, dormia sempre de sutiã para manter os seios firmes.
Quando Elizabeth Taylor tinha apenas 12 anos, sofreu uma queda grave de cavalo durante as filmagens de A Mocidade é Assim Mesmo, o que lhe causou problemas nas costas pelo resto da vida. Essas lesões desencadearam uma série de dificuldades de saúde, e, antes mesmo de completar 30 anos, ela já havia enfrentado várias doenças graves e internações frequentes.
Além disso, quando estava com 20 e poucos anos, Elizabeth foi pressionada pelo estúdio a fazer uma rinoplastia. Os executivos achavam que a ponta de seu nariz era um grande demais. Ela manteve silêncio sobre a cirurgia por muitos anos, preferindo não comentar o assunto publicamente.
Vivien Leigh era frequentemente elogiada como uma das atrizes mais deslumbrantes de sua época, e os cineastas faziam questão de destacar sua beleza nas telas. No entanto, muitos deixavam de reconhecer o quanto ela era talentosa como atriz, justamente por estarem focados só em sua aparência.
Curiosamente, apesar de tanta admiração, Vivien tinha insegurança em relação às próprias mãos, achando que elas eram grandes demais. A famosa passou a maior parte da vida tentando escondê-las, usando luvas com frequência para desviar a atenção. Na verdade, Vivien chegou a ter mais de 150 pares.
Trabalhar em ...E o Vento Levou foi uma experiência difícil para Vivien Leigh. A equipe de produção achava que sua silhueta não transmitia a imponência dramática desejada, então os responsáveis pelo figurino recorreram a truques, incluindo o uso de cola, para realçar seu busto antes de vesti-la com as roupas do filme.
Durante as gravações, Vivien tinha dificuldades para respirar devido às roupas apertadas. Em certo momento, ficou tão exausta que pensou seriamente em abandonar o projeto. No entanto, o medo das consequências legais a fez continuar.
A trajetória de Rita Hayworth rumo à fama começou com o incentivo do pai, Eduardo Cansino, que sonhava em vê-la brilhar em Hollywood. Depois que seu primeiro contrato não deu certo, ele recorreu a um empresário influente chamado Edward Judson para alavancar de vez a carreira da filha.
Judson conseguiu abrir portas, mas exigiu transformações drásticas. Para se encaixar no padrão estético da época, Rita teve que tingir os cabelos de ruivo e se submeter a dolorosas sessões de eletrólise para levantar a linha do cabelo e deixar a testa mais alta. Tudo isso aconteceu quando ela ainda era apenas uma adolescente.
Quando Grace Kelly conheceu o príncipe Rainier, já era uma atriz consagrada e estava noiva do estilista Oleg Cassini. Ele costumava dizer, em tom de brincadeira, que foi responsável por moldar o estilo elegante de Grace, alegando que, antes dele, a estrela se vestia como uma professora.
No entanto, os pais de Grace nunca aprovaram o relacionamento com Cassini, e tudo mudou após Grace conhecer Rainier no Festival de Cannes. Bastaram alguns encontros para que ela rompesse o noivado e aceitasse o pedido de casamento do príncipe.
Curiosamente, o príncipe Rainier estava, de fato, em busca de uma estrela de Hollywood para se casar. Na época, a economia de Mônaco enfrentava dificuldades, e seu amigo, o magnata Aristóteles Onassis, sugeriu que se unir a uma atriz famosa poderia melhorar a imagem do país e atrair turistas.
A primeira opção de Onassis era Marilyn Monroe, mas ela não demonstrou interesse. Chegou até a brincar dizendo que conquistaria o príncipe em poucos dias. No dia do casamento de Grace Kelly, Marilyn enviou um telegrama com uma mensagem irônica: “Estou TÃO feliz que você encontrou uma forma de sair desse meio.” Apesar de ter abraçado sua nova vida como princesa, Grace mais tarde confessou que sentia falta de atuar, e expressava frequentemente o desejo de poder voltar às telas.
Veronica Lake nasceu, na verdade, como Constance Ockelman e tentou a sorte em Hollywood usando o nome Constance Keane. Mas tudo mudou quando o produtor Arthur Hornblow Jr. sugeriu que ela adotasse o nome “Veronica Lake”, dizendo que seus olhos lembravam um lago calmo e límpido (“lake”, em inglês, quer dizer “lago”).
Embora o nome soasse glamouroso para os outros, secretamente a atriz não gostava dele. “Veronica” era o nome de sua mãe, e a relação conturbada entre as duas a fazia querer se distanciar. “Minha mãe e eu nunca nos demos muito bem, e isso desde a infância,” revelou ela.
Embora Veronica Lake fosse considerada uma das estrelas mais deslumbrantes de sua época, ela nunca entendeu verdadeiramente por que as pessoas a admiravam. Não acreditava ter talento real para atuar e frequentemente questionava sua própria beleza.
A situação complicou-se após seu casamento com o diretor André De Toth. Com o tempo, os papéis oferecidos a ela diminuíram, e Veronica deduziu que o público havia perdido o interesse em sua carreira. Porém, após oito anos de união, ela descobriu que o marido havia recusado papéis secretamente em seu nome. Essa traição levou-a a encerrar o casamento.
Em 1950, Howard Hughes viu uma foto da jovem Gina Lollobrigida em uma revista e ficou imediatamente impressionado com sua beleza. Ele a contactou sob o pretexto de discutir uma oportunidade de filme, e Gina concordou em encontrá-lo. Porém, quando ela chegou a Hollywood, ficou claro que Hughes tinha outros planos. Ele não estava oferecendo um papel, e sim procurando uma esposa.
Quando ela o rejeitou, Hughes conseguiu prendê-la em um contrato restritivo. Mas Gina não era fácil de enganar. Inteligente, ela encontrou uma brecha: o contrato não se aplicava a filmes rodados na Europa. Assim, em 1953, ela estrelou O Diabo Riu Por Último ao lado de Humphrey Bogart, marcando sua estreia em Hollywood.
Ao contrário da maioria das atrizes da época, que abraçavam o glamour, ela manteve seu amor pelo conforto, preferindo calças a vestidos, evitando eventos chiques e raramente dando entrevistas. Mas nem todos apreciavam suas escolhas ousadas. Certo dia, alguém roubou suas calças do camarim, e Katharine não levou isso na brincadeira. Em protesto, andou confiantemente pelos bastidores só de roupa íntima até devolverem suas roupas.
Porém, sua personalidade forte e estilo único nem sempre a ajudaram. Ela queria muito interpretar Scarlett O’Hara em E o Vento Levou... e até disse ao produtor David Selznick: “Eu sou Scarlett O’Hara!” Mas Selznick a cortou na hora: “Não consigo imaginar Rhett Butler correndo atrás de você por 12 anos.”
Um dos primeiros papéis de Sophia Loren em Hollywood foi em A Lenda dos Desaparecidos, atuando ao lado do lendário John Wayne. Na época, seu inglês ainda não era fluente, e algumas pessoas no set zombavam dela por isso. Mas John Wayne não era um dos críticos. Ele sempre a apoiava e fazia questão de animá-la. Mesmo com toda sua fama, tratava-a com gentileza e respeito.
Porém, as filmagens não foram só tranquilidade. Durante as gravações, Sophia passou por um baita susto no hotel em que estava hospedada. O quarto tinha um fogão a gás antigo, e certa noite ela acordou com uma forte dor de cabeça. Quase inconsciente, conseguiu abrir a porta antes de desmaiar. Por sorte, um colega de elenco a encontrou a tempo e buscou ajuda.
Jane Fonda cresceu sendo filha do ícone de Hollywood Henry Fonda. Embora ela admirasse profundamente, ele não era um pai muito afetuoso ou cuidadoso. Jane revelou que foi ele quem a fez acreditar que o valor de uma mulher estava ligado à sua aparência.
Ela confessou: “Ele era um homem bom, e eu o amava demais, mas me passou mensagens que pais não deveriam passar: ‘Se você não for perfeita, não será amada’.” No começo da carreira, muitos diretores valorizavam mais sua beleza do que seu talento, e só com o tempo seu verdadeiro valor começou a ser reconhecido.
Apesar de Jane Fonda não ter tido um começo fácil, isso nunca a impediu de se tornar a lenda que é hoje. Ela fala abertamente sobre sua trajetória: “Aprendi com tudo isso. Cresci com isso. De certa forma, é mais fácil estar mais velha. Desde que a saúde esteja boa”, disse ela.
Suas palavras inspiram muitas mulheres a enxergarem o envelhecimento de forma mais positiva, nos lembrando que amor e valor não têm nada a ver com aparência perfeita. “É mais importante estar interessada do que ser interessante. É isso que nos mantém jovens: o interesse,” afirmou a famosa.
Na era de ouro de Hollywood, atores com contratos de longo prazo com os estúdios tinham pouco ou nenhum controle sobre os papéis que interpretavam, ficando obrigados a aceitar qualquer personagem oferecido. Se recusassem, corriam o risco de serem suspensos e proibidos de trabalhar para outras produtoras. Foi Olivia de Havilland, a doce Melanie de E o Vento Levou..., quem decidiu enfrentar esse sistema. Após uma batalha judicial histórica em 1943, ela conseguiu uma vitória que mudou Hollywood: os estúdios foram obrigados a limitar os contratos a, no máximo, sete anos.
Outros segredos dos famosos envolvem hábitos excêntricos, fatos escondidos e decisões surpreendentes. Alguns beiram o inacreditável e revelam lados pouco conhecidos das celebridades. Entre manias estranhas e fatos do passado, o que não falta é mistério. E o mais impressionante: muitas dessas histórias ocultas nunca vieram à tona.