13 Curiosidades sobre o Brasil que fazem de nós um país único no mundo

Que nós, brasileiros, somos criativos, todo mundo já sabe. O que muitos talvez ainda não tenham se dado conta é de que somos também geniais! Tanto que temos na nossa “terrinha” diversas pessoas que patentearam invenções que revolucionaram o mundo moderno. Algumas delas são usadas no mundo todo, ou inspiraram outras invenções e ninguém faz ideia que foram feitas por um brasileiro. Abaixo, você confere 13 curiosidades sobre o Brasil que provam que somos um povo único!

Escorredor de Arroz

Também conhecido como lava-arroz, o escorredor de arroz é um utensílio culinário possivelmente presente na casa de todas as famílias brasileiras. Foi a cirurgiã-dentista Therezinha Beatriz Alves de Andrade Zorowich de Batatais, São Paulo, que o inventou em 1959, e logo, em pouco tempo, o invento se popularizou internacionalmente. A Beatriz tinha 28 anos quando se irritou com a pia entupida de grãos de arroz. Na época, era preciso utilizar uma bacia cheia de arroz e água em uma mão e uma peneira na outra. Uma operação complicada, que acabava por fazer alguns grãos se perderem pelo ralo. Foi aí que a moça pensou em criar um utensílio que fosse bacia e peneira em um objeto só. E deu muito certo, né?

Em alguns lugares do mundo, contudo, as pessoas preferem pular a etapa de “lavagem do arroz” e preparam o alimento com uma outra metodologia, cozinhando os grãos de uma maneira um tanto quanto inusitada para os brasileiros: ao invés de, lavá-los e levá-los à panela com a água diretamente para o fogão, eles pulam a etapa da lavagem e põem uma cumbuca de metal dentro de uma panela de aço inox e esperam até que o alimento fique pronto, em uma espécie de “banho-maria”. Abaixo, um exemplo visual compartilhado por um internauta estrangeiro para ilustrar. Interessante, não?

Câmbio Automático

Outra curiosidade sobre o Brasil e que nos bota como precursores de uma tecnologia, é que o câmbio automático foi inventado por um brasileiro. Você sabia? O primeiro esboço do tipo de transmissão automática foi pensado no Canadá em 1923, mas utilizava ar comprimido para funcionar. Como não tinha muita potência, nunca chegou a ser utilizado nos carros comercialmente.

Já em 1932, dois engenheiros brasileiros, José Braz Araripe e Fernando Lehly Lemos, criaram o câmbio automático a fluido hidráulico, portanto, funcional. O projeto foi vendido para a General Motors, que passou a comercializar em seus carros em 1940. Outro brasileiro, Gladimir Kohnlein, patenteou mais um tipo de transmissão automática que pode ser utilizada não só em carros como também em cadeiras de rodas. Legal, não é?

CD antipirataria

O cantor Ralf, da dupla Chrystian & Ralf, anunciou em 2005 o audacioso projeto, criado por ele mesmo, de um CD antipirataria. É o SMD, Semi Metalic Disc, que usa menos ligas metálicas que o CD tradicional. Com essa nova composição, o custo de fabricação do produto caiu consideravelmente.

Ralf levou dois anos para desenvolver o projeto. E a lógica por trás dele é que, se os SMDs forem vendidos em envelopes e com encartes simplificados, o preço pode ficar 80% menor, o mesmo preço dos camelôs. Assim, os consumidores têm acesso ao disco original e os artistas não perdem os seus direitos. Genial, certo?

Abreugrafia (radiografia dos pulmões)

No campo da medicina, temos outra inovação importante feita por um brasileiro, a abreugrafia. Trata-se de um tipo de radiografia, mais rápida e mais barata que os outros métodos da época. A abreugrafia permitiu diagnósticos mais rápidos de tuberculose e câncer de pulmão.

A mente brasileira por trás dessa criação foi de Manoel Dias de Abreu, um médico paulistano, cientista e inventor. Após muitos trabalhos na área da radiologia, além de estudos e pesquisas na França, Manoel voltou ao Brasil e criou a abreugrafia em 1935. No ano seguinte, a invenção foi reconhecida pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e adotada em todo o mundo.

Painel Eletrônico de Substituições

Quem gosta de futebol já se acostumou com esse painel eletrônico, mostrado na imagem acima, que um dos assistentes do árbitro levanta quando precisa fazer alguma substituição de jogadores. Ele também é invenção de um brasileiro. O responsável por essa ideia foi o cearense Eduardo Lamboglia, que patenteou a invenção em 1996.

A estreia do painel eletrônico foi na Copa do Mundo de Futebol de 1998, na França, e desde então se tornou essencial nos jogos de futebol do mundo todo. Antes disso, os árbitros usavam placas de madeira. Mas o painel inventado por Eduardo, além de ser mais leve, indica os números em LED e permite que pessoas mais distantes do campo consigam visualizar melhor o que o árbitro está indicando acerca da partida. O painel também é utilizado para demonstrar o acréscimo de tempo.

Soro Antiofídico

O revolucionário antídoto para picadas de cobras venenosas foi desenvolvido pelo brasileiro de Minas Gerais, Vital Brazil. Ele se formou em Medicina no Rio de Janeiro e começou a trabalhar no Serviço de Saúde Pública em São Paulo. Ao tratar de um paciente picado por uma cobra, se interessou em pesquisar um soro antiofídico.

Na época, a maioria dos brasileiros ainda vivia na zona rural e sofria com picadas de cobras, principalmente de cascavel e jararaca. Por isso, o primeiro soro desenvolvido por Vital Brazil, em 1917, foi para essas duas espécies. O médico patenteou a invenção em seu nome, mas doou a patente para o governo, posteriormente. Dessa forma, abriu mão de receber pelo uso do soro, em benefício da saúde pública.

Escova Progressiva

Com o trocadilho cabível nesse tópico, a escova progressiva anda “fazendo a cabeça” dos estrangeiros e foi criada por aqui. O que para muitos, é uma grande curiosidade sobre o Brasil. E mais precisamente, sobre os profissionais dos subúrbios do Rio de Janeiro. Depois de ter se espalhado por todos os outros estados brasileiros, a famigerada “progressiva” conquistou o mundo.

No exterior, a técnica de alisamento dos cabelos tem outros nomes: Brazilian Hair Straightening, Brazilian Blowout, Keratin Treatment, etc. Inclusive, os próprios profissionais tupiniquins são bastante requisitados: há pessoas no Egito que pagam viagem, estadia e até gorjeta para cabeleireiros brasileiros irem até lá fazer o tratamento. As mulheres de Londres chegam a pagar o equivalente a 700 reais pela sessão, em estimativa.

Exoesqueleto

Uma startup pernambucana comandada por Victor Hazin criou um exoesqueleto mecânico que auxilia na reabilitação de pessoas que sofreram AVC. O equipamento é baseado na tecnologia de interface cérebro-máquina, ou seja, as pessoas controlam o exoesqueleto com o cérebro.

Inicialmente, a recuperação de pacientes não era o foco da empresa criada por Victor. Porém, depois que as pessoas que sofreram AVC começaram a procurar os exoesqueletos, o empreendedor passou a enxergar essa necessidade no mercado. Ao mudar o foco da empresa, Victor conseguiu ajudar na recuperação de cada vez mais pessoas.

Coelho de chocolate

Em 2014, o maior coelho de chocolate do mundo foi feito no Brasil e garantiu, inclusive, uma “vaga” no Guinness Book, o livro dos recordes. A escultura foi feita no Rio Grande do Sul, e foi exposta na Chocofest Coelho, um evento que acontece em Gramado. Além disso, tinha 4,10 metros de altura. Em entrevista, o juiz do livro em questão, Ralph Hannah, comenta: “Em 2014, o maior coelho de chocolate do mundo foi feito no Brasil e garantiu, inclusive, uma ‘vaga’ no Guinness Book, o livro dos recordes. A escultura foi feita no Rio Grande do Sul, e foi exposta na Chocofest Coelho, um evento que acontece em Gramado. Além disso, tinha 4,10 metros de altura.” É do Brasil!

Orelhão

Embora tenha nascido na China, foi a naturalizada brasileira, Chu Ming Silveira, quem inventou a proteção para telefones públicos que, por causa do formato, nós apelidamos de orelhão. Chu Ming nasceu na China e mudou-se para o Brasil com cerca de 10 anos, onde formou-se em Arquitetura em São Paulo.

Chu Ming criou essa proteção de fibra de vidro em forma de concha, mais adequada ao clima brasileiro do que as cabines da Europa e com excelente acústica. Além disso, tem baixo custo de fabricação e manutenção, é leve e resistente ao sol, chuva e fogo. Para completar, o orelhão se tornou um ícone do design brasileiro. Por sua eficiência, foi adotado em diversos países como Peru, Colômbia, Paraguai, Angola, Moçambique, China e em outras partes do mundo.

Chuveiro Elétrico

Outra curiosidade sobre o Brasil, e que muitos não sabem, é que a próxima invenção dessa lista é o chuveiro elétrico, que teve o brasileiro Francisco Canhos como responsável pela sua viabilidade de uso nas residências. A invenção, na verdade, era uma necessidade das grandes cidades, que não contavam com uma grande rede de gás para aquecer a água, enquanto a energia elétrica, por outro lado, era abundante.

Os primeiros chuveiros elétricos eram perigosos, pois suas resistências feitas de cromo ou níquel aqueciam a água abruptamente, podendo causar queimaduras nos usuários. Francisco aprimorou os condutores elétricos, deixando-os mais seguros. Ele também colocou duas resistências, possibilitando a escolha de dois níveis de temperatura. No próximo inverno, durante o nosso banho quentinho, podemos agradecê-lo mentalmente, não é?

Kinect

Muitas pessoas passam horas se divertindo e até se exercitando na frente de um Kinect sem saber que ele também foi inventado por um brasileiro, Alex Kipman. O curitibano é gamer desde os 5 anos de idade, e criou o aparelho quando trabalhava para a empresa norte-americana Microsoft. A intenção era poder se divertir sem estar preso a controles e botões.

O cientista brasileiro está também à frente da criação do HoloLens e do HoloLens 2, óculos de realidade virtual. A Microsoft aposta no novo produto como ferramenta para profissionais de saúde, segurança e manutenção. O próprio Alex usa um durante todo o tempo enquanto trabalha, para se comunicar com outras pessoas e visualizar os modelos em 3D das suas próprias invenções.

Distribuição de comida grátis

Outro recorde que o Brasil tem em seu currículo é o de maior distribuição de comida grátis, e detalhe: recorde mundial. Em 14 de fevereiro, de 2010, no carnaval de Salvador, foi dado ao público mais de 623 mil amostras grátis do biscoito queridinho dos tupiniquins. Para isso, a empresa responsável pela distribuição organizou 25 equipes para que todos os foliões presentes fossem contemplados. Surreal, não é mesmo?