11 Bichos que parecem inofensivos, mas escondem perigos inesperados

Animais
6 horas atrás

Não é só na Austrália que existem criaturas das quais é melhor manter distância — a Rússia também abriga um bom número delas. Na maioria dos casos, esses animais não atacam primeiro, reagindo apenas quando se sentem ameaçados pela presença humana. Por isso, em nenhuma circunstância vale a pena ceder à curiosidade e pegar um animal desconhecido com as mãos.

1. Karakurt (Viúva-negra da estepe)

As karakurts são encontrados principalmente nas regiões de Volgogrado, Voronej, Saratov, Rostov e nas partes sul da região de Moscou. O perigo para os humanos vem, sobretudo, das fêmeas, que podem atacar caso sejam perturbadas de alguma forma. Nessa situação, a aranha pousa sobre a pele e injeta veneno a uma profundidade de 0,5 mm.

Apenas 10 a 15 minutos após a picada, a pessoa pode começar a sentir calafrios, dores musculares intensas, tontura e dormência nos membros. Após algumas horas, pode ocorrer confusão mental. É essencial levar a vítima ao hospital nas primeiras 3 a 6 horas para que receba o tratamento adequado e se recupere. O índice de mortalidade entre aqueles que não procuram atendimento médico varia de 10% a 15%.

2. Moscas-gado

Na Rússia, as moscas-gado são encontradas em todo o país, especialmente em áreas de criação de gado. Diferente das mutucas, elas não se alimentam de sangue e só representam perigo durante a postura de larvas.

Dependendo de onde depositam suas larvas, podem ser classificadas como subcutâneas, cavitárias ou gástricas. As subcutâneas colocam os ovos nos cabelos humanos ou na pelagem dos animais. Ao eclodirem, as larvas penetram na pele e entram no organismo, sendo possível removê-las apenas nos estágios iniciais por meio de cirurgia.

As cavitárias liberam as larvas durante o voo, mirando nos olhos, boca ou nariz de humanos e animais. Ao entrar em contato com a mucosa, elas tentam sair, mas podem acabar migrando para o cérebro. Mesmo que tenham acabado de atingir o olho, não é possível removê-las sozinho — é essencial procurar ajuda médica especializada.

3. Besouro-formiga

Os besouros-bolha são encontrados principalmente em áreas com vegetação rasteira e terrenos agrícolas, sendo mais comuns no Krai de Krasnodar e nas regiões de Ryazan, Voronej, Kaluga e Kursk.

Embora não mordam, representam um risco ao entrar em contato com a pele humana. Se a pessoa tentar afastá-los ou esmagá-los, o besouro, por ser frágil, libera cantaridina, uma substância altamente tóxica que provoca bolhas dolorosas. Em casos mais graves, é essencial buscar atendimento médico, pois a falta de tratamento pode levar a sérias complicações. Por isso, nunca se deve tocar ou esmagar esses besouros, evitando assim possíveis consequências perigosas.

4. Mosquitos

Os mosquitos estão entre os insetos mais comuns na Rússia. Alguns deles não representam perigo para os humanos, como o mosquitos-gigantes, que pode assustar muitas pessoas, mas é inofensivo. Outros, no entanto, são vetores de diversas doenças.

Por exemplo, algumas fêmeas do gênero Anopheles podem transmitir malária. Elas adquirem o parasita ao picar pessoas infectadas (casos de malária na Rússia são raros e, na maioria das vezes, importados) e, ao se alimentarem do sangue de indivíduos saudáveis, podem transmitir a doença.

Os mosquitos dos gêneros Culex, Aedes e Anopheles também podem ser vetores da dirofilariose, uma infecção que contraem ao picar cães e gatos. Na Rússia, são registrados anualmente cerca de 35 a 40 casos da doença em humanos. Quando um cão é infectado, ele pode apresentar tosse seca persistente, perda de peso mesmo com apetite normal e fadiga excessiva.

A pessoa deve procurar atendimento médico se o inchaço aumentar e surgirem bolhas, pois isso pode indicar uma infecção secundária ou uma reação alérgica.

5. Lacraia

A lacraia é mais comum no sul da Rússia, onde costuma habitar áreas costeiras. Ela prefere caçar à noite e se esconder durante o dia.

Sua picada não é fatal, mas, se for atacado, é importante lavar a área afetada ou aplicar um antisséptico, cobrir com um curativo estéril e procurar um médico. Geralmente, a região inchada e a febre podem ultrapassar 39 °C, sintomas que duram de 1 a 2 dias. Após esse período, o inchaço desaparece e a temperatura volta ao normal.

6. Víbora

Andre Simon / Bios Photo / East News, COLIN VARNDELL / Science Photo Library / East News

A víbora é uma das cobras mais comuns na Rússia, habitando campos, pântanos, florestas mistas e margens de lagos e rios. Na maioria das vezes, ataca apenas em defesa própria.

Após a picada, a pessoa pode não sentir nenhum desconforto ou, em alguns casos, uma dor intensa no local da mordida. A região ao redor da ferida costuma ficar avermelhada e inchada. Em situações mais raras, podem ocorrer náusea, vômito, calafrios e tontura. Especialistas recomendam ingerir bastante água, evitar movimentação excessiva para reduzir a absorção do veneno e buscar atendimento médico.

A víbora e a cobra-d’água são muito parecidas. A principal diferença é que a transição para a cauda na cobra-d’água é suave, enquanto na víbora é mais abrupta.

7. Formiga-vermelha-da-floresta

East News

As formigas-vermelhas-da-floresta são amplamente encontradas no norte do Krai de Krasnoyarsk e nas florestas do norte da Eurásia.

Ao morder, elas liberam um veneno composto principalmente por ácido, causando uma mancha vermelha no local da picada, acompanhada de coceira intensa. Caso seja picado, é recomendável limpar a área com um antisséptico. Normalmente, o desconforto desaparece em 3 a 5 dias, mas, em caso de reação alérgica severa, é essencial procurar ajuda médica.

8. Tarântula-do-sul-da-Rússia

Essa aranha prefere viver nas estepes e, na Rússia, é especialmente comum na Sibéria e nas regiões de Ulyanovsk, Penza, Astrakhan, Tula, Chelyabinsk e Lipetsk. Ela habita tocas verticais e se torna mais ativa durante a noite.

Geralmente, ataca apenas quando se sente ameaçada. Durante o ataque, pode saltar até 10–15 cm de altura. Sua picada é comparável à de uma vespa em termos de dor e causa apenas inchaço na área afetada. Em alguns casos, a pele ao redor da picada adquire um tom amarelado, que pode persistir por até dois meses.

Para aliviar a dor, recomenda-se lavar o local com água e sabão, aplicar um antisséptico e usar uma compressa fria por cerca de 10 minutos.

9. Carrapatos

H. Bellmann / F. Hecker / Imago Stock and People / East News

Na natureza, existem mais de 54 mil espécies de carrapatos, incluindo 144 fósseis. Eles costumam esperar suas presas em gramados altos e escolhem para atacar as áreas mais macias do corpo, como a virilha, as axilas e atrás das orelhas. Para facilitar a detecção do parasita, recomenda-se usar roupas claras.

Se um carrapato se fixar na pele, é necessário removê-lo com uma pinça, um laço de linha ou um removedor específico. O ideal é agarrá-lo próximo à pele e girar no sentido anti-horário sem puxar bruscamente, pois o corpo pode se romper e a cabeça, junto com a peça bucal, pode ficar presa sob a pele.

Após a remoção, verifique se a peça bucal foi completamente retirada. Se alguma parte permanecer, é importante procurar atendimento médico. O carrapato extraído deve ser colocado em um recipiente e levado para análise em laboratório, onde será verificado se ele estava infectado com encefalite ou borreliose.

10. Vespa-gigante-asiática

A vespa-gigante-asiática é a maior vespa do mundo, podendo ultrapassar 5 cm de comprimento. Na Rússia, é mais comum no Krai de Primorie, no sul do Krai de Khabarovsk e na Região Autônoma Judaica.

Suas picadas são extremamente dolorosas. Um entomologista japonês descreveu a sensação como “se tivessem enfiado um prego em brasa na minha perna”. Para pessoas alérgicas ao veneno de abelhas e vespas, a picada pode ser fatal. O veneno dessa vespa contém diversas substâncias tóxicas que destroem tecidos e provocam dor intensa. Caso seja picado, lave a área imediatamente com água fria e aplique uma compressa de gelo. Se a vítima for alérgica, é fundamental levá-la ao hospital com urgência.

11. Escorpião-d’água

© S. Rae / Wikimedia Commons, CLAUDE NURIDSANY & MARIE PERENNOU / Science Photo Library / East News

O escorpião-d’água é, na verdade, um percevejo, mas recebeu esse nome devido à sua semelhança com os aracnídeos. Ele prefere habitar corpos d’água parados, com bastante vegetação, geralmente próximos à margem, embora também possa ser encontrado em áreas mais profundas.

Sua picada pode causar espasmos musculares, dificultando a natação e tornando a chegada à margem um desafio. Nesse caso, é essencial pedir ajuda imediatamente. Uma vez fora da água, a recomendação é limpar a ferida com antisséptico e aplicar uma compressa fria para aliviar a dor e reduzir o inchaço.

Já imaginou um mundo sem insetos? Pode parecer um alívio, mas a verdade é que isso causaria um verdadeiro caos ambiental e alimentar!

Descubra o papel essencial desses pequenos seres no ecossistema e o impacto assustador que sua extinção poderia causar. E no final do post, um bônus revelador: o inseto mais perigoso para o homem — será que o planeta seria melhor sem ele? Confira agora e entenda por que precisamos dos insetos mais do que imaginamos!

Imagem de capa S. Rae / Wikimedia Commons, CLAUDE NURIDSANY & MARIE PERENNOU / Science Photo Library / East News

Comentários

Receber notificações
Sorte sua! Este tópico está vazio, o que significa que você poderá ser o primeiro a comentar. Vá em frente!

Artigos relacionados