10 Vezes em que os efeitos especiais acabaram estragando uma cena
Nos filmes, as pessoas preferem assistir a um enredo interessante e bem estruturado, sem falar, é claro, de uma boa cenografia recheada de efeitos especiais bem-feitos. No entanto, nem sempre a tecnologia necessária para fazê-los esteve disponível, como durante boa parte do século passado, quando os diretores tinham de usar manequins e maquiagem para conseguir o cenário desejado. Hoje em dia, no entanto, tudo ficou muito mais fácil, e os produtores cinematográficos conseguem desenhar graficamente praticamente qualquer coisa. Mas será que isso é sempre realmente necessário?
Nós, do Incrível.club, assistimos novamente a alguns filmes e destacamos 10 momentos em que os cineastas acabaram exagerando no uso da computação gráfica. Confira!
Os olhos de Wesley Snipes, Blade Trinity, 2004
Durante as gravações do terceiro filme da franquia, Wesley Snipes se desentendeu com o diretor, David Goyer, que estava insatisfeito com o fato de o ator principal ser substituído pelo dublê com muita frequência. Wesley Snipes aparecia, praticamente, apenas nas cenas de close-up. E como resultado, o ator acabou sabotando as gravações.
Em uma das cenas, o ator deveria abrir os olhos, mas acabou não o fazendo. No fim, o diretor, já enfurecido com a situação, decidiu contornar a situação sozinho: na pós-produção, desenharam digitalmente uns olhos abertos por cima do olhar fechado de Wesley Snipes.
Excesso de animação gráfica, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, 2008
No quarto filme dessa renomada franquia, o diretor Steven Spielberg acabou usando animação gráfica em excesso, e às vezes até um pouco fora de contexto. O público pode sentir que algo estava errado já desde as primeiras cenas do longa, quando em vez de um esquilo, apareceu uma versão computadorizada do animalzinho. E a escolha por usar muitos efeitos especiais acabou sendo um mau sinal para os fãs.
Além disso, os produtores tiveram de mudar uma das cenas que tinha sido exibida no trailer, de forma a permitir que o filme pudesse ser exibido em sessões para menores de idade. Especialistas cortaram alguns soldados de um quadro e redesenharam a cena como se o vilão estivesse desarmando o herói.
Incêndio no filme Baywatch: S.O.S. Malibu, 2017
Mesmo com um orçamento de 69 milhões de dólares, a produção não conseguiu filmar um incêndio que parecesse real. O fogo, do qual o protagonista salva os banhistas, parece ser bastante artificial e irreal. Provavelmente, a maior parte do dinheiro foi alocada para o pagamento dos honorários dos atores famosos, como Dwayne Johnson e Zac Efron.
Efeitos especiais em Lanterna Verde, 2011
Tanto o orçamento de 200 milhões de dólares como o nome de peso desse filme da DC não conseguiram impedir que os efeitos especiais deixassem muito a desejar. Honestamente, nem todos são completamente ruins, mas alguns ficaram muito malfeitos.
Por exemplo, Parallax acabou parecendo um personagem de animação, enquanto o próprio super-herói ficou igual a um personagem de jogo de computador. Tanto o traje como a máscara dele parecem ter sido desenhados digitalmente. Por que os produtores simplesmente não desenvolveram uma fantasia e pediram para que o ator a vestisse?
A cobra do filme Anaconda 3, 2003
O filme foi especialmente gravado para a televisão, mas a produção acabou sendo bastante descuidada. A cobra, que deveria ser assustadora, acaba despertando risos no espectador. O longa recebeu muitas críticas negativas, e a maior parte delas devido aos seus efeitos especiais malfeitos. Para efeitos de comparação, veja um exemplo de um filme com computação gráfica bem-feita e que estreou no mesmo ano — O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei.
Luta completamente surreal no filme O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, 2014
A trilogia de O Senhor dos Anéis é bastante famosa por seus efeitos especiais, e os filmes sobre a história do hobbit Bilbo Bolseiro parecem não ter ficado muito para trás. Só que, em alguns momentos, o diretor claramente exagerou. Por exemplo, na cena da batalha final em O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, Legolas corre pelos tijolos de uma torre que está ruindo.
Esse fato um tanto irreal chamou a atenção dos espectadores, e os fãs do longa não ficaram muito felizes com os estranhos efeitos especiais mostrados. Rhett Allain, docente da Universidade do Sudeste da Louisiana, estudou as cenas e provou que, para o famoso elfo, as leis da física simplesmente pareciam não existir.
O avião em Força Aérea Um, 1997
Esse filme de ação dos anos 1990 foi indicado ao Oscar e conquistou muitos espectadores na época. No entanto, mesmo os fãs mais apaixonados da produção ficaram decepcionados com a cena da queda do avião, afinal, francamente, a qualidade ficou muito aquém de qualquer blockbuster hollywoodiano. O avião parecia muito irreal e quase como uma animação, mesmo considerando o fato de que as tecnologias de computação gráfica ainda não eram tão desenvolvidas assim na época.
O tubarão no filme Lara Croft: Tomb Raider — A Origem da Vida, 2003
O segundo filme da adaptação cinematográfica da saga de jogos Lara Croft não conseguiu repetir o sucesso do primeiro, arrecadando menos bilheteria. E apesar do orçamento de 95 milhões de dólares, alguns quadros acabaram prejudicados pela qualidade dos efeitos especiais. Por exemplo, no início do longa, Lara tenta nadar até a superfície com a ajuda de um tubarão, mas o animal é estranho e não muito natural. Contudo, esse é o único grande problema na produção; as cenas restantes têm, por via de regra, efeitos especiais convincentes. Por que será que o diretor não dedicou tanta atenção assim na hora de criar esse predador do mar digitalmente? Bom, não temos como saber.
Os dinossauros em King Kong, 2005
O longa é repleto de efeitos especiais incríveis, mas em determinados momentos as cenas de computação gráfica poderiam ser melhores. Segundo o roteiro, um grupo chega na Ilha da Caveira para fazer filmagens do local, mas em seguida já estão correndo de uma horda de dinossauros. Em teoria, o espectador deveria se sentir apreensivo pelos heróis nesse momento, mas os efeitos de computação gráfica deixaram muito a desejar: até o observador mais inexperiente notaria como os dinossauros eram exagerados.
O tanque de guerra em Quarteto Fantástico, 2015
Quarteto Fantástico não foi aclamado pela crítica e acabou tendo uma bilheteria fraca, arrecadando 168 milhões de dólares contra um orçamento de 120 milhões de dólares. Os personagens, o roteiro, as cenas de ação e os efeitos visuais foram alvos das críticas. E estes claramente ficaram aquém do nível da computação gráfica esperado pelo público em 2015. Por exemplo, em uma das cenas, o Coisa atira um tanque que, ao pousar, desaparece completamente após uma explosão, sem nem mesmo deixar restos de sucata espalhados na área ao redor.
Você costuma reparar na qualidade dos efeitos especiais nos filmes? Concorda que eles diminuem o padrão da produção? Adicionaria outras cenas à nossa lista? Conte para a gente na seção de comentários.