10 Sinais sutis de que seu casamento pode estar desmoronando

Os três principais motivos que levam os casais a se divorciarem são infidelidade, falta de conexão e problemas financeiros. No entanto, o fim nem sempre chega rápido, pois em alguns casos são necessários anos de hábitos conflitantes e desconexão para se chegar a uma decisão final. Vejamos alguns dos pequenos costumes e práticas capazes de levar à separação quando não damos atenção a eles desde o início.

1. Não aceitar hábitos irritantes do outro

Quando os casais começam a morar juntos, passam a perceber todas as peculiaridades e hábitos que irritam no outro: deixar meias sujas no chão, mastigar de forma barulhenta, demorar muito para se arrumar... e por aí vai.

Uma maneira de os pombinhos evitarem enlouquecer um ao outro é encontrando maneiras de lidar com esses costumes incômodos. A psicóloga clínica Daphne de Marneffe também recomenda avaliar se a irritação pode ser facilmente ignorada ou se é um problema que precisa ser discutido.

2. O tom emocional na fala

Um algoritmo de computador consegue prever a probabilidade de sucesso de um casamento com 79% de precisão, isso com base apenas no tom de voz dos cônjuges durante suas conversas. Os pesquisadores estudaram as interações de mais de 100 casais que faziam terapia, acompanhando a situação de seus relacionamentos durante um período de cinco anos.

As descobertas revelaram que fatores como intensidade, tom, flutuações e modulações têm o potencial de refletir a intensidade emocional da fala. Os pesquisadores explicam: “A maneira como algo é dito é tão crucial quanto o conteúdo em si, e nossa pesquisa confirma isso no contexto dos relacionamentos entre casais”.

3. Bloqueios mútuos

Muita gente já deve ter passado por um momento em que o parceiro pareceu ter levantado um muro separando-o da outra pessoa para não conversar nem resolver um problema. É como se um dos cônjuges não se importasse ou simplesmente quisesse ignorar o companheiro.

O especialista John Gottman afirma que 80% dos homens são assim. Pode até parecer que eles não se importam, mas isso nem sempre é verdade. É importante aprender a identificar os sinais de que seu cônjuge está emocionalmente sobrecarregado e não forçar a barra. Se o problema precisar ser discutido, é sempre melhor escolher o momento certo, quando tudo estiver mais calmo.

4. Falar negativamente sobre os relacionamentos do passado

Demonstrar ter um passado sombrio e proferir palavras desrespeitosas sobre ex-parceiros são sinais muito alarmantes. Infelizmente, muitas pessoas preferem não os perceber ou simplesmente interpretá-los de forma romântica. “Ele nunca fala sobre os últimos cinco anos de sua vida porque é um homem misterioso” ou “O marido dela não a valorizava, por isso ela o traía. Irei mostrar a ela o que é o amor verdadeiro”.

Se uma pessoa não fala sobre o próprio passado, pode ser o desejo de esconder coisas vergonhosas sobre as quais o atual parceiro deveria ter conhecimento. Se ele ou ela está sempre criticando os ex e se gabando de como se vingou de todos eles com maestria, pode ter certeza de que fará o mesmo também nos relacionamentos futuros.

5. Evitar conflitos

John Gottman identificou quatro comportamentos principais que preveem a probabilidade de divórcio: desprezo, adotar uma mentalidade de vítima, ser excessivamente crítico e evitar conflitos. Embora esses “Quatro Cavaleiros do Apocalipse” possam parecer inofensivos em um primeiro momento, eles tendem a ser um padrão muito prejudicial nos relacionamentos. Imagine que você está pronto para ter uma conversa honesta sobre um problema que está te incomodando, mas a outra pessoa, de repente, se retira da conversa.

Talvez pareça que evitar o confronto é suficiente para manter a paz, mas isso é um equívoco. Embora as discussões e os desentendimentos não sejam ideais, eles desempenham um papel crucial na resolução de problemas, pois são fundamentais para tratar de questões não resolvidas. Se tais discussões continuarem a ser evitadas, as frustrações se acumularão e não serão solucionadas.

6. Atitude negativa em relação aos amigos do outro

Pesquisadores analisaram o relacionamento de 373 casais durante 16 anos de casamento. Descobriu-se que 46% deles se divorciaram até o 16º ano de matrimônio e, muitas vezes, as críticas do marido às amigas da esposa no primeiro ano da união já previam que esse rompimento aconteceria no futuro.

De acordo com os especialistas, isso se deve ao fato de que relacionamentos entre mulheres e suas amigas, caracterizados pela proximidade emocional e pelo apoio, duram mais tempo, enquanto a amizade masculina depende mais frequentemente de atividades conjuntas. Dessa forma, é mais fácil para os homens mudar o círculo de convivência e mais difícil criar laços com as amigas da esposa, consideradas por eles como desagradáveis.

7. Demonstrar surpresa com mudanças repentinas na atitude do outro

Você acha que tudo o que seu parceiro diz ou faz está fora do padrão até então demonstrado por ele. A falta de comunicação é tão grande que vocês até pararam de manter contato um com o outro. O fato é que nunca paramos de evoluir ou mudar. Portanto, se você não estiver compreendendo as opiniões ou os gostos do outro, talvez isso deva servir como um alerta.

Para resolver a situação, pergunte uma vez por semana como seu parceiro está, questionando se ele viu algo que o surpreendeu ou impressionou nos últimos dias. Além disso, tentem assistir a pelo menos um filme juntos durante a semana e conversar sobre aquela trama.

8. Criticar as escolhas do outro

Alguns indivíduos podem preferir não assumir a liderança e apostar na conciliação. Isso é completamente normal. Entretanto, uma pessoa tóxica não apenas evita tomar decisões, mas também concorda com as escolhas do parceiro só para depois culpá-lo por qualquer resultado negativo.

Talvez essa pessoa peça ao parceiro que escolha um restaurante ou decida que caminho seguir, mas acabe sempre se mostrando insatisfeita no fim das contas. A comida não terá sabor, o serviço será ruim, o clima será péssimo e, no geral, ela considerará toda a experiência como uma grande perda de tempo. Gente assim não demora a encontrar falhas, culpando o outro por tudo o que deu errado.

9. Dormir juntos mesmo sem vontade

Durante a noite, nosso cérebro passa várias vezes pelos diferentes estágios do sono: sono leve, sono profundo e REM (fase do chamado Rapid Eye Movement, ou sono com movimento rápido dos olhos). Mas quando você interrompe o ciclo ao acordar durante a noite, isso significa que o cérebro passa mais tempo no estágio de sono leve e perde o REM. E sem tempo suficiente no REM, o bem-estar emocional e o desempenho cognitivo ficam prejudicados.

O sono interrompido também pode ter consequências de curto e longo prazo no organismo, como hipertensão, problemas relacionados ao peso, questões de saúde mental, redução da qualidade de vida e outras condições ligadas à saúde.

10. Os silêncios não são mais confortáveis

Lembra dos tempos em que apenas ficar ao lado do seu parceiro, sem fazer nada, era suficiente? O ideal é que esse sentimento nunca acabe, pois casais devem se sentir confortáveis perto um do outro, ainda que ocupados fazendo coisas separadas.

Para superar esse desafio, comece devagar, realizando uma atividade semanal com seu companheiro. Pode ser um jogo de tabuleiro, assistir à TV ou a um filme, ou até mesmo cozinhar em parceria. Façam algo sobre o qual possam conversar quando houver silêncio.

Em se tratando da saúde de um relacionamento, o estresse do trabalho é um visitante indesejado que, muitas vezes, ultrapassa os limites do escritório e invade o lar, colocando em risco a harmonia do casal. Discussões mais frequentes, falta de paciência e o distanciamento emocional são apenas alguns dos sinais de que algo precisa mudar. Mas, será que é possível proteger a vida a dois dos impactos negativos dessa pressão constante? Especialistas acreditam que sim, e as estratégias que eles sugerem podem ser surpreendentemente eficazes.