10 Objetos de adivinhar o futuro que prometem tudo e quase sempre entregam nada
Você já tentou prever o futuro ou fazer adivinhações? Existem muitos artefatos místicos ou até científicos na cultura popular que prometem fazer coisas assim. Estamos falando desde brinquedos e brincadeiras até acessórios vendidos em lojas esotéricas. Muitos duvidam que eles funcionem, outros juram de pé junto que sim. Mas a verdade é que alguns deles realmente falham nas suas previsões, nos enganando direitinho. Que tal relembrar que objetos são esses? Talvez você até tenha um em casa!
1. Bola 8 Mágica: pergunte a ela e continue em dúvida
Você deve se lembrar do Woody fazendo perguntas a uma bola preta, parecida com a número oito do bilhar, e conferindo a resposta embaixo, em Toy Story. Essa é a “Bola 8 Mágica”, um brinquedo inventado em 1946 e fabricado atualmente pela Mattel. Você pode fazer várias perguntas e a bola responderá, geralmente de forma não muito precisa, deixando para você fazer a sua própria interpretação.
— O Andy vai me escolher?
— Não conte com isso.
Alguns exemplos das respostas possíveis são: certamente, provavelmente sim, melhor não responder agora, não conte com isso, minhas fontes dizem que não, etc. Hoje em dia, o mesmo brinquedo pode ser encontrado em formatos mais infantis do que uma bola oito, como cabeças de super-heróis. Essas versões podem ter, inclusive, variações nas opções de resposta.
2. Guru do Gugu: ele também tinha respostas (só que não)
Você se lembra do Guru do Gugu? Era a “versão brasileira Herbert Richers” da Bola 8 Mágica, um brinquedo divertido e muito popular entre as crianças da década de 90. Se você não se recorda, ele era uma bola de pelos (podia ser azul, vermelha ou amarela) com olhos esbugalhados e um barrigão de borracha. Você só tinha que fazer perguntas e apertar a barriga do Guru para ouvir a sua resposta.
Diferentemente da Bola 8, o Guru era bem mais direto e só dava três respostas aleatórias: sim, não ou talvez. Tão simples que era possível passar horas perguntando coisas como: “Vou passar de ano?” ou se alguém da escola tinha um crush em você.
3. Pular corda: atividade física com planejamento familiar
Quando você era criança, costumava brincar de pular corda ou elástico? Se lembra das musiquinhas que vocês cantavam enquanto isso? Elas são chamadas parlendas, textos com ritmo e separados em versinhos, às vezes rimando, para acompanhar uma brincadeira ou jogo. E algumas dessas parlendas brincavam de adivinhar o futuro das crianças, como estas:
Com quem você pretende se casar?
Loiro, moreno, careca, cabeludo,
Rei, capitão, soldado, ladrão,
Moço bonito do meu coração!
A, B, C, D...
Dependendo do verso em que você errasse no pula-corda, era uma previsão de quem seria o seu esposo ou esposa. Se fosse em alguma letra, ela era imediatamente ligada ao nome de algum coleguinha da escola. Claro que era só uma brincadeira, mas muitas crianças levavam a sério. Principalmente se o resultado fosse alguém de quem elas não gostavam.
4. “Tesômetro”: uma brincadeira para aprender ciências
Você conhece o ebulidor de Franklin? Não? Mas talvez o “tesômetro” você conheça. É um brinquedo muito interessante que você pode encontrar em feiras de artesanato ou de ciências, em várias cores e formatos. Dizem que ele consegue medir a libido de quem encosta nele, mas é só zoeirinha mesmo. Na verdade, o ebulidor é um recipiente de vidro todo vedado com dois bulbos conectados por um tubo. O líquido colorido dentro dele pode ser álcool, clorofórmio, éter, coisas assim.
Dessa forma, tudo o que o ebulidor faz quando você encosta nele é reagir à mudança de temperatura e subir pelo tubo até a parte de cima, caso a sua mão esteja mais quente que o líquido (geralmente está). Assim, as pessoas brincam que, quanto mais o líquido subir, maior a sua libido.
5. Revistas de testes: se você respondeu mais letras “C”, vai encontrar o amor da sua vida
Como o assunto relacionamento parecia preocupar muita gente nos anos 90, as revistas adolescentes repletas de fofocas das celebridades, horóscopos e testes de personalidade eram uma febre! Em especial os testes, que eram feitos e refeitos por todos os amigos, querendo saber com qual signo combinavam mais, onde e quando encontrariam o amor verdadeiro, se iam se casar cedo, ter muitos filhos e por aí vai.
Você deve ter feito um ou muitos desses, mas a pergunta que não quer calar é: você acreditava neles? Muitos davam o maior crédito aos resultados, como se fosse uma verdadeira bola de cristal. Anos depois, talvez tudo tenha acontecido de forma totalmente diferente. Talvez...
6. Abre e Fecha: criando tarólogos desde cedo
Já entre as crianças que adoravam tentar prever o futuro, a brincadeira comum era o “come come” ou “abre e fecha”. Para quem não se lembra, é um joguinho em que se usa uma dobradura de papel que a pessoa abre e fecha por um número de vezes até cair em uma resposta. Se pensarmos bem, é praticamente uma “bola 8 mágica” de papel.
As frases que se colocavam dentro podiam ter coisas como: “Você é incrível” e “Você é bobo” ou afirmações sobre o futuro, como: “Vai se casar depois dos 30” ou “Vai tirar 10 na prova”. O mais legal é que é uma brincadeira totalmente personalizável, já que quem faz pode escolher não só as frases que vão dentro, como também as cores e até o tamanho do “come come”. Você pode aprender a fazer o seu neste link.
7. Teste do pêndulo: ultrassom para quê?
Existem várias simpatias para as pessoas grávidas descobrirem antecipadamente o sexo do bebê, e o teste do pêndulo é um dos mais tradicionais. Aliás, tem muitas pessoas que juram que dá certo! Funciona assim: você pendura um objeto em uma linha, como um anel, chave ou agulha, e segura por essa linha com o objeto pendurado sobre a barriga da grávida. Se ele girar em círculos, é uma menina. Se balançar para um lado e para o outro, como um pêndulo, é um menino.
Existem algumas variações, como usar um fio de cabelo da grávida no lugar da linha, segurar o fio apenas com a mão esquerda, mas o que todos têm em comum é o movimento do objeto e seu significado. Você já tentou?
8. Galinho do Tempo: isso sim é inteligência artificial
Apesar de ser um objeto muito antigo, até os mais novos devem ter se deparado com um Galo do Tempo na casa dos avós. Afinal, ele era muito famoso e presente em quase todas as famílias. Era um pequeno galo de plástico coberto por uma camada aveludada com uma solução de Cloreto de Cobalto II. Isso fazia com que ele mudasse de cor conforme a umidade do ar: ficava azul quando o tempo estava seco e vermelho quando úmido.
Então ele não previa as condições meteorológicas, mas indicava o presente com bastante exatidão. Dessa forma, quem possuía um Galo do Tempo em casa dificilmente saía sem antes dar uma conferida na sua cor para decidir se levava um guarda-chuva ou não. Era praticamente um meteorologista de estimação, além de um bibelô simpático que ficava geralmente na janela ou próximo da porta. Você compraria um hoje em dia, ou prefere os aplicativos de celular?
9. Pulseiras Power Balance: pelo menos eram bonitinhas
No início dos anos 2010, as pulseiras Power Balance ganharam os corações, ou melhor, os braços de pessoas no mundo todo, a exemplo de celebridades que lançaram essa moda, como David Beckham e Leonardo DiCaprio. Até mesmo o surfista Diogo Leão afirmou que “quando faço algumas manobras de rotação, sinto que meu peso fica mais equilibrado na prancha”, apesar de admitir que não sabe se o efeito é apenas psicológico. Na verdade, é sim!
Leandro Tessler, professor de física da Unicamp, afirmou que os hologramas da pulseira não possuem nenhuma influência sobre a energia do corpo e que, dessa forma, o efeito percebido pelos seus usuários é placebo. A empresa que comercializava as pulseiras chegou a ser obrigada pela justiça, na Austrália, a desmentir publicamente seus benefícios e a reembolsar os consumidores que se sentiram enganados. Isso deve ter causado um belo desequilíbrio nos lucros deles...
10. Anel do Humor: é tipo um semáforo, mas para humanos
Eles são anéis com uma pedra que muda de cor e, dependendo da cor que ela assumir, podemos identificar o humor da pessoa que usa o anel, de acordo com uma tabelinha que vem com ele. As cores podem indicar felicidade, tristeza, nervosismo, etc. O que muitos não sabem, mas talvez desconfiem, é que esses anéis não possuem nenhum embasamento científico. Eles foram inventados nos anos 1970 por um vendedor para satisfazer as crenças das pessoas em coisas místicas.
Mesmo não tendo comprovação na ciência, esses anéis são vendidos até hoje, em lojas de bijuterias e feirinhas de artesanato. Afinal, é divertido observar a mudança de cores da pedra e eles até que ficam fofos nos dedos das pessoas. Então, se for como estética, faz todo sentido usá-los ou ainda tê-los como uma opção de presente barato e divertido. Tipo para aquela pessoa que está sempre brava, assim você pode observar bem a cor do anel antes de se aproximar dela!