10 Marcas que estão presentes nas nossas vidas, mas muitos desconhecem o significado
Se você tem ou já quis ter uma empresa ou algum produto para fabricar e vender, deve ter quebrado a cabeça para criar um nome. Pensar nesse detalhe é algo que costuma dar trabalho, mas, por outro lado, o processo todo pode render uma história bem curiosa. Prova disso são as histórias destas marcas que selecionamos e que têm muito a ver com o nosso país.
1. Amazon
Apesar de ser uma marca americana, a origem do seu nome tem uma ligação muito próxima com os brasileiros. Primeiramente, o fundador Jeff Bezos queria que a empresa se chamasse “Cadabra”, em referência à palavra “abracadabra”. Mas um dos advogados do empresário opinou que a palavra era muito obscura e, além disso, ao telefone, a palavra soava como “cadáver”. Logo, esse nome foi descartado.
Então, ele começou a registrar várias outras opções, ao mesmo tempo em que procurava nomes que começassem com a letra A, já que queria que sua empresa ficasse no início das listas em ordem alfabética. Foi pesquisando palavras com A que ele chegou ao nosso Rio Amazonas (Amazon River, em inglês), o maior rio do planeta. Bezos pensou que combinaria com a sua empresa, já que ele tinha a intenção de torná-la a maior loja on-line do planeta, e registrou o novo nome em 1994.
2. Guaraná Jesus
Ao contrário do que muitos podem pensar, o guaraná Jesus não tem relação com o Jesus da Bíblia. Esse é, também, o nome do criador da bebida, o farmacêutico maranhense Jesus Norberto Gomes. Jesus Norberto criou o guaraná rosa no seu laboratório em São Luís, em 1927. A primeira versão, inclusive, era muito amarga e não agradou aos consumidores, mas o jovem Jesus não desistiu e aperfeiçoou a fórmula até acertar.
A bebida, com os anos, ganhou o gosto dos brasileiros, tanto pelo seu sabor quanto pela cor, e até, por que não, pelo seu nome. O sucesso foi tanto que a marca foi comprada pela Coca-Cola em 2001. Aliás, a Coca-Cola também foi criada por um farmacêutico, veja só!
3. O Boticário
E por falar em farmacêuticos, foi um desses profissionais, o Miguel Krigsner, que abriu, em 1977, uma farmácia de manipulação chamada O Boticário, em uma portinha de Curitiba, capital do Paraná. No início, ele fabricava e vendia com muito sucesso produtos como cremes para estrias, shampoos e banhos à base de algas, mas logo passou a fazer perfumes também. O nome que ele deu tem uma explicação simples: antigamente, as farmácias eram chamadas de boticas, e os farmacêuticos de boticários.
4. Colcci
Vem também do sul do Brasil a marca de grife Colcci, criada pela Luciana (Lila) Colzani. A catarinense usou parte do prêmio da loteria que a mãe ganhou para comprar uma máquina de costuras e abriu um estabelecimento em Brusque, ao lado do comércio do pai, veja só, outro farmacêutico. Para criar a marca, Lila separou as sílabas do seu nome e do sobrenome do então marido, Colzani. Ficou juntando aleatoriamente e gostou mais de Colcci, com um C a mais “para ficar italianinho”, segundo ela.
5. Diamante Negro
Antes de ganhar esse nome, o chocolate da Lacta chamava-se Chocolate ao Leite com Crocante Lacta, um nome nada prático. Até que a empresa decidiu, em 1938, rebatizar o chocolate em homenagem ao jogador brasileiro Leônidas da Silva, o artilheiro da Copa daquele ano, com sete gols. Leônidas era carioca e um craque indiscutível, famoso pelos gols “de bicicleta”, dificílimos de reproduzir. Seu apelido? Diamante Negro, claro. A Lacta pagou, na época, 2 contos de réis para poder usar o nome.
6. Itaú
Outra pedra inspirou a criação de uma marca brasileira, a do banco Itaú. A empresa surgiu depois da fusão do Banco Federal de Crédito com o Banco Itaú, da pequena cidade de Pratápolis, distrito de Itaú de Minas. Ele havia sido fundado por José Balbino Siqueira e já tinha agências em várias cidades do Brasil. Foi a primeira fusão de grande porte no país. O nome Itaú significa pedra preta em tupi-guarani, o que já inspirou as cores e logotipo usados nos anos 1970. O azul e laranja só veio na década de 1990.
7. Phebo
Phebo é outra marca de produtos de sucesso, criada em 1930 pelos primos Antonio e Mario Santiago, em Belém do Pará. Foi nesse ano que eles fundaram a Perfumaria Phebo, com o nome que faz referência ao deus do sol. O nome foi especialmente escolhido, pois, para eles, nascia ali uma nova era para a perfumaria brasileira. O primeiro sabonete criado por eles, Odor de Rosas, até hoje é o carro-chefe da marca.
8. Minancora
Ainda no ramo de cosméticos, outra marca brasileira que está nas nossas vidas há décadas é a Minancora. O farmacêutico português Eduardo Augusto Gonçalves criou a pomada em 1912, e batizou juntando as palavras Minerva, a deusa romana da sabedoria, e âncora. Mas por que âncora? Para simbolizar a decisão do Eduardo de permanecer no Brasil. A primeira sede da Farmácia Minancora ficava em Joinville, Santa Catarina, e o prédio tornou-se patrimônio histórico-cultural da cidade.
9. Ponto Frio
Já se perguntou se a loja se chamava Ponto Frio por causa do pinguim ou se o mascote era um pinguim devido ao nome da loja? Pois a segunda opção é a verdadeira. A primeira loja dessa marca foi aberta em 1946, no Rio de Janeiro, por um imigrante romeno chamado Alfredo João Monteverde. Ele a abriu para vender as geladeiras de uma marca americana, a Coldspot. Sem precisar quebrar muito a cabeça, ele simplesmente nomeou a loja com a tradução da marca, Ponto Frio, e ponto.
10. Sonho de Valsa
Olha a Lacta marcando presença novamente! Dessa vez, com o bombom mais consumido do Brasil. Ele surgiu em 1938 e era vendido apenas em bombonieres, por quilo e focado no público feminino. Foi só em 1942 que ele aumentou de tamanho e passou a ser vendido por unidade. As propagandas estimulavam, dessa vez, os homens a comprarem Sonho de Valsa para conquistar suas amadas.
Mas estamos aqui para desvendar o significado do nome, certo? Pois, nesse caso, o significado estava escondido na própria embalagem. Nas suas bordas, era impresso um trecho de uma opereta de Oscar Straus, um compositor austríaco. O nome da canção era “Ein Walzertraum”, que se traduz para o português em “Um Sonho de Valsa”.
Agora, que tal brincarmos de criar uma marca? Junte a sua comida favorita e a característica principal da sua personalidade, e esse será o nome da sua empresa. Coloque o resultado nos comentários!