Pedi para meu colega usar desodorante, mas as coisas azedaram com o RH

Os idosos, de acordo com recentes estudos do IBGE, já são mais de 30 milhões, isso somente no Brasil. Por diversas razões, cada vez mais vemos pessoas da terceira idade abandonadas financeira e afetivamente por filhos e parentes. Para ajudar a mudar essa perspectiva, ONGs e empresas têm promovido campanhas de “adoção”, que criam laços importantes entre as diferentes gerações.
O Incrível.club traz para você o lindo trabalho de várias instituições para tentar acabar com a carência afetiva de idosos, promovendo “adoção” e apadrinhamento por pessoas que possuem muito amor pra dar e trocar. Porque aqueles que chegaram à velhice têm muita sabedoria e muito carinho para nos oferecer.
Desde maio de 2014, o curso de idiomas CNA faz um tipo de interação entre estudantes de inglês e idosos americanos que vivem em asilos. A ideia é trabalhar a conversação dos jovens e ajudar os internos a terem alguém para conversar e trocar experiências. Os diálogos on-line acontecem nas unidades do curso através de programas de áudio e vídeo e são gravados no YouTube para os professores conferirem.
Essa ONG baiana idealizou uma campanha que capta voluntários para cuidar de idosos e ajudar as famílias carentes. Eles entendem a dificuldade financeira de muitos que cuidam do familiar doente ou com mobilidade reduzida e ainda precisam trabalhar. A ideia é que pessoas ajudem sendo cuidadoras voluntárias daqueles que não podem pagar pelo serviço e não querem deixar os familiares em asilos.
O projeto tem como foco um asilo que acolhe idosos e transforma o espaço em um tipo de creche. Lá os cuidadores e voluntários dão refeições e atividades para aqueles que não possuem condições financeiras para terem cuidadores ou não têm companhia durante o dia. Alguns deles moram na instituição e outros passam o dia, almoçam, jantam e voltam para casa à noite.
O editorial da Revista Pazes organizou a campanha “Adote um avô ou avó”. A belíssima ideia orienta os voluntários a entrarem em contato com a Secretaria de Assistência Social ou Conselho Municipal do Idoso da cidade em que moram e escolherem um asilo que precise de ajuda. Depois pedem que marquem uma visita e doem dinheiro, seu tempo para conversar ou ajuda profissional para aqueles que moram lá.
A Casa possui uma equipe de médicos, enfermeiros, assistentes sociais, voluntários e padrinhos que trabalham com os idosos, de forma que eles possam ser assistidos financeira e psicologicamente. Ela aceita doações e vários tipos de trabalhos voluntários que deem conforto e ajudem os idosos que de alguma forma foram “abandonados” por seus familiares.
Neste ano, a Câmara Municipal da capital gaúcha criou um projeto para incentivar pessoas a apadrinharem idosos internados em asilos. Depois de uma seleção, o padrinho é autorizado a levar para casa o apadrinhado nos finais de semana, feriados e datas comemorativas como o Natal. A ideia é unir pessoas da terceira idade e padrinhos como uma familia, criando vínculos afetivos entre eles.
O Projeto Velho Amigo incentiva ideias para que os idosos possam ter seus direitos respeitados. Para isso, a associação sem fins lucrativos aceita doações e voluntários engajados em trazer conforto e resgate à autoestima dos idosos. Um dos projetos é o Ouvir e Contar que transforma suas histórias de vida em contos de fadas que serão lidos para crianças hospitalizadas ou em abrigos.
No município de Paulista em Pernambuco, desde 2016, a 3º Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania desenvolve um projeto para incentivar o apadrinhamento de idosos. Foi organizado um banco de dados onde o padrinho escolhe, de acordo com as suas disponibilidades, um idoso para “adotar”. O voluntário pode optar por fornecer ajuda financeira e/ou afetiva ao idoso-afilhado.
Esse projeto foi inspirado por outro, desenvolvido na Espanha, chamado “Adopta Un Abuelo”. O do Brasil também incentiva pessoas a adotarem afetivamente um idoso, para isso, só é preciso que o voluntário visite o apadrinhado, passeie e converse com ele com certa frequência. Uma experiência gratificante e enriquecedora para ambas as partes envolvidas.
Na cidade catarinense de Chapecó existe, desde 2009, um programa organizado pela prefeitura para incentivar famílias a serem cuidadoras de pessoas na terceira idade. Uma forma que a Assistência Social da cidade encontrou de assistir os idosos que precisavam de companhia e cuidados. A ideia surgiu por causa da falta de vagas nos Centros de Convivência de Idosos da cidade.
Existe também a Lei nº 12.213, de 20 de janeiro de 2010, que incentiva a doação de valores em dinheiro para instituições ligadas aos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso. Essa lei autoriza o doador a dar dinheiro diretamente na declaração de Imposto de Renda até 3% do valor devido, que em 2020 passará a ser 6%. Para fazer parte, existem algumas regras que estão descritas na lei.
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