15 Vezes em que internautas tiveram de lidar com pessoas “sem noção”
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Lançado dia 3 de outubro no Brasil, Coringa causou muita polêmica e debate. Muita gente amou e alguns odiaram. Mas como saber se o longa é, mesmo, uma obra fundamental na história dos filmes de vilões? Sim, sabemos que esse tipo de opinião é algo bastante subjetivo, mas o fato é que, com pouquíssimo tempo nos cinemas, o filme já recebeu um Leão de Ouro no badalado Festival de Veneza, na Itália, e vem batendo recordes de público, sendo aclamado como possível vencedor de outras premiações, a principal delas, é claro, o Oscar.
Nós do Incrível.club assistimos ao filme e trouxemos para você uma análise dessa obra-prima para mostrar, sem spoiler, por que ele pode ser o melhor filme de todos os tempos. Não esqueça de conferir o bônus no final com a opinião de alguns internautas.
O filme tem muita violência e conta de forma dramática a história do personagem Arthur Fleck, o ser humano de carne e osso, antes de se transformar no Coringa. Lógico que, como a própria classificação etária indica, esse não é o personagem cômico do desenho Liga da Justiça. O homem do filme é um sujeito comum com problemas mentais que perde sua pouca sanidade diante deste mundo cruel.
Heath Ledger interpretou de forma magistral o personagem em “Batman — O Cavaleiro das Trevas” de 2008. Depois que o trailer do filme atual foi lançado, muitos fãs perceberam uma semelhança que pareceu ter sido colocada propositalmente como uma homenagem. A cena da escadaria se assemelha e muito a uma também célebre atuação de Heath no filme “10 Coisas que eu odeio em você”. E você, concorda que se trata de uma referência?
Embora os produtores não confirmem, identificamos muitas cenas que possuem referências a outras grandes obras:
O filme tem violência sim, isso é fato. Mas não faz apologia a isso. A intenção é clara: os autores e diretores querem fazer o público pensar e debater sobre assuntos como violência, discriminação e doenças mentais, temas que estão cada dia mais presentes em nossas vidas. Afinal, as estatísticas mostram que esses problemas têm aumentado.
O filme foi lançado no Festival de Cinema de Veneza de 2019 e imediatamente conquistou o Leão de Ouro — como mencionamos no início deste post. Foi a primeira vez que um filme totalmente baseado em um herói/vilão ganhou esse prêmio, que para alguns do meio artístico é mais importante que o próprio Oscar.
Sem falar que Phoenix já possui no currículo um Globo de Ouro, um Grammy e 3 indicações ao Oscar, o que faria dele naturalmente um candidato à estatueta de melhor ator no Oscar.
O Coringa surgiu como arqui-inimigo do Batman em 1940 (Batman #1) e ainda não tinha tido um filme como protagonista. O vilão já apareceu nas telinhas e telonas interpretado por brilhantes atores como: Cesar Romero, Jack Nicholson, Jared Letto e o mais célebre, Heath Ledger. Mas só agora ganhou um longa “pra chamar de seu”. A história tem como foco a vida do vilão e abre espaço para ir mais a fundo em seus aspectos humanos, questão muitas vezes relegada quando o assunto são vilões.
Um fato que muitas vezes pode deixar a desejar quando se fala de filmes é a qualidade da trilha sonora. O Coringa não decepcionou. Boa parte das músicas tocadas é da violoncelista Hildur Guðnadóttir, famosa por músicas de filme como “A Casa Sangrenta” e “Mary Magdalene”. Na história também encontramos músicas de Sinatra, Jimmy Durante, Fred Astaire e do Cream, banda do guitarrista Eric Clapton.
A história de Arthur Fleck trata de um homem com problemas neurológicos e psiquiátricos que cuida da mãe doente e que é um fracasso profissionalmente falando. O filme é um tipo de crítica em relação aos problemas sociais, à falta de cuidados médicos, à violência das ruas e à falta de empatia das pessoas. Todos esses aspectos, embora não justifiquem, ajudam a explicar a origem da sua face criminosa, você não acha?
Mais uma vez o ator Joaquin Phoenix surpreendeu em sua atuação, incorporando um personagem com uma enorme dose de verdade. Ele sabia da responsabilidade de ser comparado a atores brilhantes como Cesar Romero, Heath Ledger e Jack Nicholson, mas sua dedicação fez com que desse vida a um Coringa singular, surpreendente e chocante.
O ator fez questão de se descaracterizar de tudo que havia feito antes nas telas. Phoenix já havia atuado em filmes como “O Mestre”, “Ela”, “Você Nunca Esteve Realmente Aqui”, “Gladiador” e deu vida ao cantor Johnny Cash em Johnny & June. Uma carreira que tem diversos personagens com a mente perturbada. Mas, em Coringa ele foi além. Entre outros exemplos da dedicação ao papel, basta lembrar que perdeu mais de 20 quilos para dar ao personagem um aspecto abatido e debilitado.
Desde que o mundo é mundo, torcemos pelos heróis e esperamos que os vilões se deem mal. Isso ocorre, em geral, por não termos ideia do contexto da vida desses personagens “malvados”. No entanto, muitas obras têm mergulhado no passado dos vilões mostrando como foi sua vida e até infância, de modo que passamos a entender todo o contexto. Isso aconteceu com malfeitores como Norman Bates, Dexter e Freddy Krueger e não é diferente com Arthur — embora, é claro, seu passado não possa servir de justificativa para a sua vilania.
Gostou da análise do filme? Já assistiu ou pretende assistir? Conte para nós.