10+ Atores de gerações diferentes que marcaram uma época com suas atuações primorosas
É comum que os produtores das grandes novelas escolham artistas veteranos e novos para contracenarem. O resultado disso, na maioria das vezes, é uma troca de muita sabedoria, talento e cumplicidade entre os artistas — enquanto para os telespectadores, é a chance de assistir parcerias memoráveis, que comumente se consagram como algumas das mais icônicas das telinhas. Que tal ativar a nostalgia e relembrar algumas delas?
Carolina Dieckmann e Renata Sorrah — Senhora do Destino
Se você assistia novelas entre 2004 e 2005 é bem provável que se lembre dessa dupla que parou o Brasil e marcou uma geração: Carolina Dieckmann e Renata Sorrah. Em Senhora do Destino, enquanto Carolina interpretava uma moça tranquila, que tentava superar os problemas da rotina, Renata dava vida à icônica Nazaré, uma das vilãs mais memoráveis das novelas brasileiras, que até hoje é relembrada na internet pelos memes e pelas cenas impecáveis.
“É uma novela que é parte de mim, parte do meu sangue. Experiência única na carreira. Eu ficava aprendendo a cada minuto, trabalhei com atrizes maravilhosas. Que sorte minha estar perto delas! (...)”, diz Carolina sobre o período em que trabalhou na trama. A conexão foi tão forte, que ela e Renata acabaram virando amigas, até mesmo fora das telinhas. “Renata é uma deusa que me inspira, e com quem tive o prazer de fazer um dos papéis mais fortes da minha carreira, cenas que ficarão para sempre cravadas nas memórias que construímos juntas, além do privilégio de conviver de perto, de uma maneira tão profunda e conectada...”, reitera.
Mateus Solano e Antonio Fagundes — Amor à Vida
Falar em novelas emocionantes é falar também de Amor à Vida. A trama que estreou em 2013, abordou a relação tempestuosa entre pai e filho, com uma reconciliação que, no final, foi um dos pontos altos da novela, que por sua vez, alcançou a melhor audiência para o horário desde Avenida Brasil. Além disso, das 12 estatuetas do “Prêmio Melhores do Ano 2014”, seis foram levadas por atores do elenco da novela, Mateus Solano entre eles. Mesmo porque, quem não se recorda até hoje do ícone Félix, seu personagem? Um baita sucesso, não é?
Débora Falabella e Adriana Esteves — Avenida Brasil
Não foi só o Brasil que, por um momento, ficou com os olhos vidrados na TV para ver como Nina, personagem de Débora Falabella, desmascararia Carminha, personagem de Adriana Esteves em Avenida Brasil. A trama teve um sucesso tão estrondoso, que foi licenciada para 150 países e dublada em 19 línguas ao redor do mundo. Com isso, tornou-se também a novela brasileira mais rentável da história, sendo a mais vendida no mercado exterior. Na Argentina, o final do show teve clima de “Copa do Mundo” e chegou a ser exibido num estádio lotado.
Ainda que sejam de gerações diferentes, a conexão das duas artistas foi além das telinhas, é claro, e hoje as duas cultivam uma grande amizade. Sobre trabalhar com Adriana, Débora diz: “Foi muito importante uma estar junto da outra, ainda mais pelo trabalho que era. Uma dava suporte pra outra. Acho minha personagem incrível, mas o trabalho que ela fez com a Carminha era um fenômeno, e eu falo isso pra ela. Adriana é uma musa absurda que amo!”
Thais Müller e Adriana Esteves — O Cravo e a Rosa
Outra pessoa que atuou ao lado de Adriana Esteves e guarda memórias extraordinárias é Thais Müller. A atriz deu vida à personagem Fátima, que era meia-irmã da protagonista Catarina, personagem de Adriana Esteves. Hoje, tendo passado dos 30 anos, conta o quanto o contato com Adriana, assim como outros atores, foi de suma importância para a sua trajetória: “A Dri já era uma pessoa comum para mim, por isso eu me sentia em casa. Estava com ela quase todos os dias. Essa intimidade fez tudo dar certo e me fez ficar tão solta em cena, fui me sentindo à vontade. Aprendi muito! Ela e o Eduardo Moscovis eram grandes amigos dos meus pais”. Abaixo, confira como ela está agora, na vida adulta!
Cauã Reymond e Fernanda Montenegro — Belíssima
Talvez esse tenha sido um casal improvável da teledramaturgia, que muitos não esperavam: Fernanda Motenegro e Cauã Reymond. Mas, a grandiosidade desses dois em cena, sem dúvida alguma, fez com que nos concentrássemos na frente da TV. Sobre contracenar e, mais especificamente, beijar uma das maiores atrizes do Brasil, Cauã revela: “Rolou uma cena em que eu estava sentado e a Fernanda estava atrás de mim conversando com a Vera (Holtz), e só de ouvir a sua voz, eu ficava nervoso. No final da novela, o Silvio de Abreu (escritor) chegou para mim e falou que ia me dar um presente, que eu ia ficar com a Montenegro”.
E reitera: “Pensei que eu ia fazer muito mal, mas pedi conselhos ao diretor e ele me disse: ’Cauã, para! A Fernanda quer um colega de cena, não um fã’. A partir disso, fui trabalhando a mente e, no dia, não estava nervoso. Eu achei que ela não ia me beijar, mas, não, ela disse para a nossa diretora de núcleo: ’Tem um beijo aqui’, então foi lá e beijou”. E, bom, não é para menos, certo? O importante é que no fim eles arrasaram e criaram uma cena que é relembrada até hoje, tanto nas entrevistas, quanto pelo público.
Isabella Santoni e Eriberto Leão — Malhação Sonhos (2014)
Foi na edição de 2014, que Malhação ganhou dois protagonistas que conquistaram os corações tupiniquins: Gael e Karina, personagens de Eriberto Leão e Isabella Santoni, respectivamente, que contracenavam como pai e filha. Em meio à relação, por vezes conturbada, o telespectador conseguia notar que uma coisa existia entre os dois, muito amor fraterno. Não é à toa que uma das cenas mais impactantes da trama envolvia a reconciliação entre eles. Ela mostrava também o que muitos já sabiam: que os atores tinham uma conexão muito grande em cena, capaz até mesmo de emocionar!
Cadu Paschoal e Márcio Vito — Caminho das Índias
Em Caminho das Índias, uma das novelas mais famosas dos anos 2000, uma característica chamava atenção: o talento dos atores mirins. Dentre eles estava Cadu Paschoal que interpretava Hari, filho de Ramu, o personagem de Márcio Vito. Na época, era possível se encantar tanto pela desenvoltura do menino, quanto pela bela relação que os personagens haviam construído.
Quando questionado sobre esse período em sua vida, Cadu faz questão de revelar o impacto que contracenar com o veterano teve em sua carreira: “Caminho das Índias foi um presente! Uma coisa sem dimensão. Foi meu primeiro trabalho na casa e contracenei com muita gente, uma escola! Até hoje tenho contato e acompanho a carreira do Márcio Vito, que fez meu pai. Foi um presente muito grande!” Na imagem abaixo, você consegue ver como está o pequeno “Hari” hoje em dia!
Carla Diaz e Eliane Giardini — A Casa das Sete Mulheres
Muitos se lembram da Carla Diaz em novelas como Chiquititas e O Clone. Contudo, a ex-BBB, que um dia foi uma “criança prodígio”, contracenou também com um ícone da teledramaturgia brasileira, em 2003: Eliane Giardini. Foi em A Casa das Sete Mulheres, uma minissérie brasileira de época que remonta uma parte da história do nosso país, que as duas atrizes se encontraram e demonstraram ter uma troca impressionante, tamanha a leveza com que contracenavam. A trama, que ganhou o coração de muitos ao redor do país, garantiu inúmeros prêmios e já foi reexibida três vezes. Abaixo, veja como está Carla Diaz na vida adulta.
Carolina Ferraz e Susana Vieira — Por Amor
Susana Vieira e Carolina Ferraz contracenaram como mãe e filha em Por Amor. E apesar de viverem em “pé de guerra” na novela, que já tem mais de 25 anos desde que estreou, na vida real, a relação entre as duas é bastante diferente. “Ela é uma diva. Ela é engraçada, divertida. Ela é esse vulcão que as pessoas imaginam”, conta Carolina, recordando os bastidores da trama e nos mostrando o sucesso que a novela foi, já que até hoje é relembrada em suas entrevistas. Não à toa, já que a química entre as protagonistas enquanto contracenavam era inquestionável!
Claudia Raia e Ary Fontoura — A Favorita
Lembrar dos anos 2000 é lembrar de A Favorita. A trama foi um marco para o final da década, e não é sem motivos que tenha colecionado uma lista infindável de prêmios. Além disso, consagrou personagens como “Flora”, vivida por Patricia Pillar, e “Donatela”, vivida por Claudia Raia, na cultura pop. E embora essas fossem as protagonistas, o elenco da novela era tão rico, que até mesmo os personagens secundários ganhavam notoriedade — é por essa razão que muitos se lembram ainda, da sinergia entre Ary Fontoura, que interpretara Silveirinha e Claudia.
Aparentemente, a troca de experiências trouxe muito aprendizado para os atores. Ary recorda-se dos bastidores com muito carinho: “Foi maravilhoso estar com o elenco e com a Claudia Raia. Até hoje temos uma amizade que parece a mesma de antes. Nos gostamos muito. Somente recordações boas, de um trabalho formidável”. Talvez essa boa convivência fosse o “segredo” para criar personagens tão marcantes, que sobreviveram ao imaginário popular, não é mesmo?