17 Pessoas que viveram bastante e, de repente, se deram conta de estar mais velhas do que imaginavam

Se você sonha em visitar o Japão, certamente deve saber que, por mais que o Brasil seja um país com uma enorme colônia japonesa, por lá, quase tudo é diferente daquilo com o que estamos acostumados. Óbvio que cada local tem suas peculiaridades, mas o fato é que a Terra do Sol Nascente é mesmo uma nação toda especial.
Por exemplo, no Japão você tem acesso a uma ampla gama de serviços a qualquer hora do dia e da noite em inúmeras lojas. Por outro lado, é bem possível que você seja impedido de entrar em alguns templos se não estiver usando meias. O Japão é regido por várias regras, mas talvez a mais importante delas seja não causar incômodos aos outros.
O Incrível.club reuniu algumas dicas que têm tudo para serem úteis a qualquer pessoa que planeje visitar o Japão.
As konbini são pequenas lojas de conveniência que ficam abertas 24 horas, e estão por todas as partes. Elas oferecem uma diversidade de produtos, incluindo refeições prontas e outros produtos e serviços. É fácil identificar essas lojas graças às características placas: elas geralmente pertencem às redes 7-Eleven, Family Mart, Ministop e Lawson.
Diferentemente da maioria de lojas desse tipo e com as quais estamos acostumados, nas konbini é possível comprar não apenas comida ou itens de primeira necessidade, mas dá também para fazer fotocópias, enviar ou receber uma encomenda, pagar contas de serviços públicos (basta levar a conta ao vendedor), comprar uma passagem aérea doméstica ou um ingresso para um show.
Nas konbini, pode-se esquentar a comida pronta que você comprou no próprio local (aliás, as refeições são de ótima qualidade), e o cliente recebe temperos e guardanapos grátis. E se estiver andando pela rua e ficar apertado de repente, as konbini novamente serão a solução: cada uma das lojas conta com banheiro limpo e gratuito.
Outro tipo de loja muito conveniente, onde é possível encontrar a maior variedade de produtos a um preço de apenas 100 ienes (que, incluindo o imposto de consumo, equivale a pouco mais de 1 dólar). Assim como as lojas de preço único que conhecemos, nesses locais você pode encontrar lanches, produtos de limpeza para o lar, cosméticos, artigos de papelaria, brinquedos, pratos, roupas, calçados, lembranças e muitas outras coisas.
Vale ressaltar que a qualidade dos produtos é bem satisfatória para o preço. Não é de surpreender que as lojas de 100 ienes façam tanto sucesso entre estudantes estrangeiros e turistas com orçamento limitado.
Afinal, são lugares que permitem uma grande economia na compra de itens necessários.
Durante as compras no Japão, é importante lembrar que o preço indicado pode não estar incluindo o imposto sobre o consumo, que atualmente é de 8% (passará para 10% em 2019). Portanto, você deve ter sempre isso em mente para evitar problemas na hora de pagar por produtos ou a conta de um restaurante, por exemplo.
Mas, se gastar mais de 5 mil ienes numa compra (sem contar o imposto em si), então o valor pago a título de imposto pode ser recuperado. Além disso, o Japão conta com lojas livres de impostos, e que podem ser localizadas aqui.
Um pequeno detalhe: às vezes, os fabricantes adicionam pequenos brindes aos produtos, na tentativa de convencer o consumidor a realizar a compra. Você pode ver um desses mimos na foto acima, colado à garrafa de chá.
Os japoneses consideram que todo espaço fora de casa é muito sujo. Por isso, sempre tiram os sapatos ao entrar na casa de alguém. O hábito é praticado também em outros lugares: nos ryokan (hotéis japoneses tradicionais), templos, centros comunitários, escolas e alguns restaurantes. Caso esteja visitando pela primeira vez, verifique cuidadosamente a entrada para ver se pode ou não entrar com sapatos. Talvez seja preciso tirá-los e calçar umas pantufas.
Aliás, falemos sobre as pantufas: no Japão, existe um calçado específico para entrar no banheiro, já que o local também é considerado muito sujo em relação ao resto da casa.
Ah, e mais um detalhe: nos templos, você não poderá entrar de sapatos e nem descalço. Por isso, esteja sempre com meias apresentáveis.
Se sua visita ao país vai durar alguns meses, é bom estar preparado para encarar possíveis manifestações da natureza, como tufões ou terremotos. Muitos japoneses possuem um kit de emergência, como o da foto acima.
O kit inclui artigos de higiene, comida e outras coisas necessárias, e a maioria delas pode ser encontrada nas lojas de 100 ienes sobre as quais já mencionamos. É claro que nós esperamos que você não precise usar nada disso, mas é como diz o ditado: o seguro morreu de velho.
Há mais de 100 anos, inicialmente em Tóquio e depois em todo o Japão, foi criado um sistema de postos policiais chamado ’koban’. Desde 1990, a palavra é grafada em maiúsculas: KOBAN.
O dever dos gentis e solícitos funcionários do koban é manter a ordem pública, mas o trabalho não se resume a isso.
Além de evitar os crimes, os policiais o-mawari-san (que pode ser traduzido como ’guarda’ ou ’patrulheiro’) também ajudam quem está perdido em busca de um endereço e levam os bêbados para casa. Os o-mawari-san também devolvem objetos e documentos perdidos, já que os japoneses nunca ficam com algo que não lhes pertence, levando aquilo que encontraram até o koban mais próximo.
Em se tratando de Japão, não podemos deixar de mencionar um conceito muito importante para a sociedade e cultura daquele país, que é o meiwaku: incômodo que uma pessoa pode causar às outras. Desde sempre, a população japonesa tem vivido num território muito pequeno. E ao coexistir com outras pessoas de maneira tão próxima, ninguém pode pensar apenas no próprio bem-estar.
Um dos princípios de convivência mais importantes na sociedade japonesa é o ’meiwaku kakenai’ (迷惑 か け な い), algo como “não acredite meiwaku”. Em outras palavras, não incomode ninguém.
Como era de se esperar, o conceito de ’meiwaku’ implica algumas regras de comportamento. Por exemplo, não é comum ver japoneses falando em voz alta no transporte público ou em qualquer outro lugar, já que isso incomodaria os outros. E nos shopping centers, é comum encontrar placas ’pouco gentis’ que pedem que os visitantes não fiquem muito tempo sentados no sofá.
Em poucas palavras, os japoneses estão acostumados e não pensar apenas neles mesmos, mas também nos desconhecidos com quem compartilha o espaço. Nós acreditamos que esse princípio poderia — e deveria — ser aplicado também em outros países. Você concorda?