7 Coisas que você precisa saber antes de viajar ao Japão

há 5 anos

Se você sonha em visitar o Japão, certamente deve saber que, por mais que o Brasil seja um país com uma enorme colônia japonesa, por lá, quase tudo é diferente daquilo com o que estamos acostumados. Óbvio que cada local tem suas peculiaridades, mas o fato é que a Terra do Sol Nascente é mesmo uma nação toda especial.

Por exemplo, no Japão você tem acesso a uma ampla gama de serviços a qualquer hora do dia e da noite em inúmeras lojas. Por outro lado, é bem possível que você seja impedido de entrar em alguns templos se não estiver usando meias. O Japão é regido por várias regras, mas talvez a mais importante delas seja não causar incômodos aos outros.

O Incrível.club reuniu algumas dicas que têm tudo para serem úteis a qualquer pessoa que planeje visitar o Japão.

7. As lojas de conveniência konbini, abertas 24 horas, ajudam em praticamente qualquer situação

As konbini são pequenas lojas de conveniência que ficam abertas 24 horas, e estão por todas as partes. Elas oferecem uma diversidade de produtos, incluindo refeições prontas e outros produtos e serviços. É fácil identificar essas lojas graças às características placas: elas geralmente pertencem às redes 7-Eleven, Family Mart, Ministop e Lawson.

Diferentemente da maioria de lojas desse tipo e com as quais estamos acostumados, nas konbini é possível comprar não apenas comida ou itens de primeira necessidade, mas dá também para fazer fotocópias, enviar ou receber uma encomenda, pagar contas de serviços públicos (basta levar a conta ao vendedor), comprar uma passagem aérea doméstica ou um ingresso para um show.

Nas konbini, pode-se esquentar a comida pronta que você comprou no próprio local (aliás, as refeições são de ótima qualidade), e o cliente recebe temperos e guardanapos grátis. E se estiver andando pela rua e ficar apertado de repente, as konbini novamente serão a solução: cada uma das lojas conta com banheiro limpo e gratuito.

6. Para não pagar mais por produtos de primeira necessidade, é melhor ir a uma loja de 100 ienes

Outro tipo de loja muito conveniente, onde é possível encontrar a maior variedade de produtos a um preço de apenas 100 ienes (que, incluindo o imposto de consumo, equivale a pouco mais de 1 dólar). Assim como as lojas de preço único que conhecemos, nesses locais você pode encontrar lanches, produtos de limpeza para o lar, cosméticos, artigos de papelaria, brinquedos, pratos, roupas, calçados, lembranças e muitas outras coisas.

Vale ressaltar que a qualidade dos produtos é bem satisfatória para o preço. Não é de surpreender que as lojas de 100 ienes façam tanto sucesso entre estudantes estrangeiros e turistas com orçamento limitado.

Afinal, são lugares que permitem uma grande economia na compra de itens necessários.

5. Ao fazer uma compra, não esqueça do imposto sobre o consumo

Durante as compras no Japão, é importante lembrar que o preço indicado pode não estar incluindo o imposto sobre o consumo, que atualmente é de 8% (passará para 10% em 2019). Portanto, você deve ter sempre isso em mente para evitar problemas na hora de pagar por produtos ou a conta de um restaurante, por exemplo.

Mas, se gastar mais de 5 mil ienes numa compra (sem contar o imposto em si), então o valor pago a título de imposto pode ser recuperado. Além disso, o Japão conta com lojas livres de impostos, e que podem ser localizadas aqui.

Um pequeno detalhe: às vezes, os fabricantes adicionam pequenos brindes aos produtos, na tentativa de convencer o consumidor a realizar a compra. Você pode ver um desses mimos na foto acima, colado à garrafa de chá.

4. Prepare-se para tirar os sapatos sempre que for entrar numa casa, num templo, num hotel tradicional e em outros lugares onde seja necessário

Os japoneses consideram que todo espaço fora de casa é muito sujo. Por isso, sempre tiram os sapatos ao entrar na casa de alguém. O hábito é praticado também em outros lugares: nos ryokan (hotéis japoneses tradicionais), templos, centros comunitários, escolas e alguns restaurantes. Caso esteja visitando pela primeira vez, verifique cuidadosamente a entrada para ver se pode ou não entrar com sapatos. Talvez seja preciso tirá-los e calçar umas pantufas.

Aliás, falemos sobre as pantufas: no Japão, existe um calçado específico para entrar no banheiro, já que o local também é considerado muito sujo em relação ao resto da casa.

Ah, e mais um detalhe: nos templos, você não poderá entrar de sapatos e nem descalço. Por isso, esteja sempre com meias apresentáveis.

3. Vai ficar por muito tempo? Então prepare um ’kit de emergência’ para eventuais mudanças climáticas e terremotos

Se sua visita ao país vai durar alguns meses, é bom estar preparado para encarar possíveis manifestações da natureza, como tufões ou terremotos. Muitos japoneses possuem um kit de emergência, como o da foto acima.

O kit inclui artigos de higiene, comida e outras coisas necessárias, e a maioria delas pode ser encontrada nas lojas de 100 ienes sobre as quais já mencionamos. É claro que nós esperamos que você não precise usar nada disso, mas é como diz o ditado: o seguro morreu de velho.

2. Cada distrito possui delegacias de polícia que ficam abertas 24 horas, ou koban, onde os turistas podem procurar ajuda

Há mais de 100 anos, inicialmente em Tóquio e depois em todo o Japão, foi criado um sistema de postos policiais chamado ’koban’. Desde 1990, a palavra é grafada em maiúsculas: KOBAN.

O dever dos gentis e solícitos funcionários do koban é manter a ordem pública, mas o trabalho não se resume a isso.

Além de evitar os crimes, os policiais o-mawari-san (que pode ser traduzido como ’guarda’ ou ’patrulheiro’) também ajudam quem está perdido em busca de um endereço e levam os bêbados para casa. Os o-mawari-san também devolvem objetos e documentos perdidos, já que os japoneses nunca ficam com algo que não lhes pertence, levando aquilo que encontraram até o koban mais próximo.

1. O mais importante a lembrar no Japão é o princípio do ’meiwaku kakenai’

Em se tratando de Japão, não podemos deixar de mencionar um conceito muito importante para a sociedade e cultura daquele país, que é o meiwaku: incômodo que uma pessoa pode causar às outras. Desde sempre, a população japonesa tem vivido num território muito pequeno. E ao coexistir com outras pessoas de maneira tão próxima, ninguém pode pensar apenas no próprio bem-estar.

Um dos princípios de convivência mais importantes na sociedade japonesa é o ’meiwaku kakenai’ (迷惑 か け な い), algo como “não acredite meiwaku”. Em outras palavras, não incomode ninguém.

Como era de se esperar, o conceito de ’meiwaku’ implica algumas regras de comportamento. Por exemplo, não é comum ver japoneses falando em voz alta no transporte público ou em qualquer outro lugar, já que isso incomodaria os outros. E nos shopping centers, é comum encontrar placas ’pouco gentis’ que pedem que os visitantes não fiquem muito tempo sentados no sofá.

Em poucas palavras, os japoneses estão acostumados e não pensar apenas neles mesmos, mas também nos desconhecidos com quem compartilha o espaço. Nós acreditamos que esse princípio poderia — e deveria — ser aplicado também em outros países. Você concorda?

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