O que acontece se uma mulher der à luz dentro de um avião

há 2 anos

Embora isso tenha sido pouco noticiado, sabe-se que cerca de 60 bebês já vieram ao mundo durante viagens de avião. As pessoas nascidas nessas circunstâncias são conhecidas como “nascidas no céu” ou “nascidas no ar”. Uma aeronave não é a sala de parto com a qual uma futura mamãe sonharia, mas pode acontecer e já aconteceu. E, em alguns casos, o recém-nascido recebeu presentes e privilégios especiais.

Nós, do Incrível.club, gostamos de atravessar um território desconhecido para procurar respostas para os temas mais curiosos. E é por isso que trazemos este post.

1. É a tripulação que decide se um pouso de emergência é necessário

Mesmo que a maioria das companhias hoje em dia estabeleça um limite em relação ao tempo máximo de gestação com o qual uma mulher pode viajar (geralmente não mais de 38 semanas ou 30 dias antes da data de parto prevista e confirmada com um atestado médico), sempre há o risco de um parto inesperado.

Se isso ocorrer, a tripulação não tem muitas opções. Em primeiro lugar, comissários de bordo não são treinados para fazer partos. Então, nesse momento, todos vão torcer para que haja um profissional de saúde (médico ou enfermeiro) no voo.

Se não houver esses profissionais a bordo, os comissários atuarão como parteiros. Essa chance é maior em situações em que não é possível a aeronave realizar um pouso de emergência.

2. Não existe uma regra específica que se aplique à cidadania do bebê

Embora não haja uma regra universal em relação a uma possível segunda cidadania do bebê, é certo que ele irá ganhar, no mínimo, a dos pais.

Mas, dependendo do caso, há, ainda, a chance de ele ganhar a cidadania do país onde a aeronave está registrada ou de onde o avião está no momento do parto. Por exemplo, se uma criança nascer em qualquer parte do território dos Estados Unidos, mesmo no ar, obterá a cidadania americana imediatamente. Mas, se um bebê nascer no espaço aéreo britânico, não receberá os documentos do Reino Unido. Como mencionamos, as regras em relação a essa segunda cidadania variam.

3. Algumas companhias aéreas podem dar passagens gratuitas para o bebê

Há uma lenda urbana de que qualquer bebê nascido no ar ganha, automaticamente, passagens aéreas vitalícias da companhia aérea. Infelizmente, isso não é verdade. Poucos bebês receberam voos gratuitos pelo resto da vida. Mas há, sim, alguns casos, como o de um menino que nasceu em uma companhia aérea indiana e o de uma menina que nasceu em um voo da Egyptair.

Bebês que nasceram na Polar Airlines, AirAsia e Asia Pacific Airlines (além de uma criança que veio ao mundo em um voo da Virgin Atlantic) ganharam passagens gratuitas até os 21 anos. E, em 2017, um menino nasceu em um voo da Spirit Airlines e foi presenteado com passagens de graça em seu aniversário para toda a vida e com direito a um acompanhante.

4. O avião pode ser ’rebatizado’ com o nome da criança

Em 2019, um voo da JetBlue pousou com um passageiro extra. A equipe médica disponível e a tripulação ajudaram uma criança a nascer a milhares de metros de altitude. A aeronave ganhou o nome de Born to Be Blue (Nascido Para Ser Azul). O bebê era menino.

Uma história mais ou menos parecida (só que não em uma companhia aérea) ocorreu em 2018, quando uma menina nasceu em um restaurante da rede de fast-food Chick-fil-A. Ela recebeu comida para o resto da vida e até garantiu uma vaga de trabalho para quando tiver idade para fazer parte da empresa.

5. A saúde do bebê pode estar em risco

Uma aeronave não é exatamente o melhor ambiente para um parto. Em primeiro lugar, o ar na cabine é mais rarefeito (mesmo havendo um sistema de pressurização), o que dificultará a respiração do bebê. Em segundo lugar, em um avião, não há nenhum equipamento de alta tecnologia que ajude no trabalho de parto, especialmente se uma cesárea de emergência for necessária. Além disso, os ouvidos do recém-nascido podem apresentar problemas devido à pressão do ar, justamente pela pressurização.

Embora um parto a bordo seja um evento bastante raro, a tripulação fará o seu melhor para garantir que a mamãe se sinta acolhida. Ela pode, por exemplo, ser transferida para a uma área mais confortável, como a primeira classe ou a executiva.

Onde você nasceu? Conhece alguém que tenha nascido em um avião? Que lugares visitaria se tivesse passagens gratuitas para o resto da vida?

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