Meu marido pensou que eu estava dormindo e sussurrou a verdade que eu gostaria de não ter ouvido

A jornalista Lissette Calveiro viajava todos os mês para fazer novas fotos com o intuito de surpreender seus seguidores nas redes sociais. Mas a jovem logo entendeu que, na busca pela popularidade e criando a ilusão de uma vida rica, acabou destruindo quase tudo o que possuía, gerando dívida por cima de dívida. Com o surgimento das redes sociais em nossa vidas, as viagens se transformaram numa condição necessária para todos aqueles que querem ostentar e ganhar a aprovação alheia por meio de likes, muitos likes. Só que viajar muito não afeta apenas a carteira e seu perfil nas redes sociais, mas também pode afetar a saúde mental.
O Incrível.club descobriu que existem 9 transtornos psicológicos que podem ocorrer naqueles que não conseguem parar quietos e que estão sempre percorrendo o mundo em busca de novas aventuras.
Quando alguém pede que você se imagine em Paris, qual a primeira coisa que lhe vem à cabeça? Certamente será a Torre Eiffel, padarias elegantes cheias de delícias na vitrine e as belas francesas com suas roupas estilosas. Muitos turistas viajam à capital francesa tendo mais ou menos esse conceito em mente, mas suas expectativas acabam frustradas diante da realidade da cidade.
É óbvio que a síndrome de Paris não depende da nacionalidade, mas os mais suscetíveis são os japoneses, devido às enormes diferenças culturais. O Japão é conhecido pela hospitalidade e gentileza em relação aos desconhecidos. Assim, enfrentar a frieza das relações atribuida aos franceses, os roubos e tentativas de golpe torna-se um estresse para a mente. Com isso, os visitantes são obrigados e passar por terapias psicológicas.
Sintomas:
A síndrome de Jerusalém não depende da religião do turista, e pode afetar qualquer visitante que esteja na cidade. E quando mais viagens por lugares considerados sagrados, maiores são as chances de a pessoa passar a se sentir um personagem bíblico: é assim que a síndrome se manifesta. As vítimas começam a chamar atenção gritando profecias e dando escândalos, e às vezes o comportamento pode chegar a extremos, provocando até lesões físicas (tanto em si mesmo quanto em terceiros). Nesses casos, é preciso internar a pessoa compulsoriamente até que o surto desapareça. Geralmente, a síndrome some algumas semanas depois ou quando o turista deixa a cidade.
Sintomas:
A síndrome de Stendhal pode acometer turistas em qualquer lugar: num museu mundialmente famoso, no zoológico, no teatro ou na rua ao ver uma pessoa famosa ou muito bonita. A sensação provocada pela beleza emociona tanto o visitante que ele, literalmente, enlouquece. A síndrome foi mais registrada nos museus de Florença, Itália, e há pessoas que são imunes a ela, como nativos da América do Norte e da Ásia. Os italianos também não sofrem com o fenômeno, pois vivem em meio a grandes obras de arte e estão acostumados com elas.
Sintomas:
Há viajantes que não sabem quando viajarão pela próxima vez, tudo depende do estado emocional. A dromomania é um transtorno psicológico que se manifesta quando uma pessoa sente uma obsessão por sair de casa e ir para qualquer lugar.
Durante esses trajetos, o paciente acaba acalmando a própria ansiedade e voltando para casa, sabendo que tomou uma atitude nada racional. Mas existe também uma versão mais perigosa do transtorno: a pessoa resolve viajar, ou simplesmente perambular, até perder as forças. A primeira "fuga" desse tipo pode ser provocada por um forte estresse, mas os motivos ficam cada vez menos importantes.
Sintomas:
Todo mundo que viajou ao exterior pela primeira vez ou viu algo incomum no ambiente com o qual está acostumado sabe o que é choque cultural. Quase sempre ele se caracteriza por fortes impressões causadas por emoções novas e desconhecidas: comida estranha, hábitos diferentes, idioma desconhecido. O lado negativo desse fenômeno é o pânico e a vontade de se esconder do mundo exterior.
Etapas do choque cultural:
Agora lembre do que você sente ao voltar para casa depois de umas boas férias. Quase todo mundo conhece a sensação de choque cultural ao contrário, que vem acompanhado por uma depressão e decepção. Comparada com o local onde você passou seu período de descanso, sua casa parece diferente, não como era antes da viagem. Passa a achar que faltam muitas coisas na sua cidade natal e que sua vida cotidiana é insuportavelmente entediante e que sua cidade é feia, mal cheirosa, cheia de crimes e por aí vai.
Sintomas:
Alguns turistas, quando chegam ao hotel, param no bar e ficam ali até a data de retorno. De vez em quando, dançam sobre as mesas e começam brigas, afastando todos ao seu redor. Na verdade, esse comportamento terrível pode ser apenas uma reação perante o estresse causado por um novo lugar. Nessa hora, a pessoa acha que aquilo que acontece ao seu redor é irreal, então ela pode se comportar como quiser.
Sintomas:
O organismo humano é capaz de se adaptar às condições mais adversas, mas até mesmo os alpinistas experientes estão desprotegidos diante da chamada doença das alturas, provocada pelo ar rarefeito - isso é comum em algumas cidades acima de 3 mil metros de altitude na Bolívia e no Peru, por exemplo. Além do cansaço físico, desidratação do corpo e falta de oxigênio, as duras condições podem provocar todo tipo de visões e alucinações. Nessas situações, podem ouvir vozes e até "ver" parentes e amigos.
Antes de viajar para certos lugares, o recomendado é tomar vacina. Existem alguns remédios voltados à prevenção da malária, e um deles causa transtornos psicológicos: a chamada mefloquina.
Sintomas:
Viajar sempre traz alguns riscos, e tudo pode acontecer. Então é melhor nunca sair de casa. É assim que se caracteriza a síndrome do mundo ruim. Quem tem o problema costuma ver TV e assimilar todo tipo de informação negativa: catástrofes, assassinatos, atentados terroristas. Aos poucos, pessoas assim começam a desenvolver uma paranoia e perdendo a vontade de sair de casa.
Para não arruinar suas férias, preste atenção a si mesmo e aos entes queridos: não se esforce demais nas viagens, nem esqueça de comer nem de dormir bem. As pessoas que requerem mais atenção são aquelas com propensão a sofrer de depressão e que passaram por experiências desagradáveis recentemente. Antes das férias, faça uma pesquisa sobre o lugar que irá visitar. Não esqueça de levar remédios e confira onde é possível buscar ajuda caso um imprevisto aconteça.
O que você prefere? Encarar novas condições ou descansar em lugares já conhecidos? Deixe seu comentário!