10 Expressões brasileiras que é melhor aprender o significado antes de utilizá-las em outros estados

Curiosidades
há 2 anos

Quatro mil cento e setenta e cinco quilômetros é a distância entre Oiapoque e Chuí, os pontos mais ao norte e mais ao sul do Brasil, respectivamente. Neste território de proporções continentais, além das distâncias também abundam as culturas e os idiomas que herdamos de idiomas dos povos originários e também de imigrantes que há mais de 500 anos escolheram o nosso País para viver.

Com tanta diversidade linguística, é natural que às vezes tenhamos a sensação de “falar outra língua” mesmo estando no nosso próprio País. O Incrível.club encontrou um montão de peculiaridades de tantos “portugueses” e trouxe muitas gírias, expressões e “formas de falar” regionais que certamente vão fazer você concordar com o poeta Olavo Bilac que afirmou que a língua é viva! Vem com a gente!

Merece!

“— Obrigada!”, " — Merece!" Parece estranho, mas em Pelotas, no Rio Grande do Sul, as pessoas respondem com um “merece” em vez de “de nada” depois de um agradecimento. É bastante possível que a mania seja influência do espanhol, já que o município está a menos de 200 km da fronteira com o Uruguai. Os cantores Kleiton e Kledir até mencionam essa particularidade em uma de suas músicas.

Égua!

Égua, além ser um equino fêmea, é uma gíria super usada no Pará e no Maranhão que viajou tanto, que curiosamente também chegou a Santa Catarina, no sul do País. E quando ouvir não pense que estão te ofendendo, pois a palavra se usa em frases de assombro ou surpresa, como estas: “Égua, é verdade isso?” ou “Éééééégua, que blusa linda!” Mas não é só pronunciar, para usar o “égua” é preciso toda uma entonação e um jogo dramático. Pensou que seria fácil?

Bexiguento

Lá em Sergipe “bexiguento” é uma pessoa sem qualidades, que geralmente não queremos por perto. Nos outros estados do nordeste também. Para você ter uma ideia, a gíria é usada assim: “José é bexiguento demais, não vou ser amigo dele não”.

Pagar sapo

Lá em Alagoas, no nordeste brasileiro, se você está dando uma bronca em alguém, você está pagando sapo. Pessoas que gostam muito de repreender, reclamar e dar sermão são ótimas pagadoras de sapo. Você conhece alguém assim?

Dar um zig

Cair fora, sumir, escafeder-se. Usada normalmente na Bahia, a expressão “dar um zig” significa essa manha de fugir de situações desconfortáveis sem que ninguém note. Você deve conhecer alguém que sempre dá um zig quando “dá ruim”. Quem nunca, não é mesmo?

Bolado

Quem já foi ao Rio de Janeiro provavelmente ouviu alguém dizer que está “bolado”. Pessoas boladas estão indignadas, constrangidas, chateadas ou decepcionadas com alguma situação ou algum indivíduo, e justamente por ser sinônimo de tantas palavras essa expressão é usada muito frequentemente, sendo uma gíria parte do léxico carioca.

Padoca

Quem disse que não existe amor em SP não conhece as “padocas”. Se você não é paulistano e nem vive na cidade de São Paulo, é possível que só use a padaria para comprar pão e derivados. Na maior cidade do Brasil, padaria vira padoca e se transforma naquele espaço em que você sabe que sempre vai encontrar uma comida gostosa, não importa em qual hora do dia a frequente.

Comer na gaveta

Não sabemos a origem exata do termo “comer na gaveta, mas tudo indica que venha de um hábito antigo de esconder o prato de comida nas gavetas das mesas tanto coloniais como imperiais. Hoje a expressão é usada tanto em algumas regiões do sudeste quanto do centro-oeste para categorizar aquele tipo de pessoa que não divide chocolate ou não gosta de rachar a conta do restaurante.

Tri

Se gaúchos já têm fama de serem abundantes — como o fato de serem donos da maior praia do mundo -, o “tri” é o advérbio que ajuda a aumentar histórias ou intensificar o valor de alguma coisa. “Tri grande” é muito mais que grande, “tri legal” é muito, muito, muito legal.

Me caiu os butiá do bolso

“Me caiu os butiá do bolso”. Assim mesmo, sem plural como é comum lá pelo Rio Grande do Sul. O Butiá é uma fruta pequena e azeda que dá em uma palmeira. Quando se usa a frase que a envolve, ela não é literal. Quando alguém falar “me caiu os butiá do bolso”, você não deve se espantar: é como os gaúchos expressam a perplexidade diante de um fato muito extraordinário.

Onde você mora também há alguma expressão “diferentona”, com um significado todo especial? Conte para nós na aba dos comentários! Vamos adorar saber!

Comentários

Receber notificações

Artigos relacionados