7 Animais marinhos super perigosos (e o que fazer se você sofrer ferimentos causados por eles)

Animais
há 4 anos

Nada pode ser mais desagradável do que, em um dia ensolarado na praia, se machucar por causa de algum animal escondido no mar, como uma água-viva. Por isso, é sempre bom estar preparado para imprevistos. Diversos tipos de vida marinha podem causar ferimentos, mas existem diferentes maneiras para tratar essas lesões.

Nós, do Incrível.club, sempre queremos que você esteja preparado para aproveitar seu tempo livre sob o sol sem transtornos! É por isso que compilamos uma lista de animais que podem feri-lo junto com as instruções sobre o que fazer se isso acontecer. Não se esqueça de conferir nosso bônus no final, que mostra um dos animais mais surpreendentes da Terra, com esporões poderosos.

1. Caravela portuguesa

caravela portuguesa é uma criatura complexa, encontrada nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. Na verdade, não é um único ser, mas uma espécie de “colônia”, composta por diferentes animais e pólipos, que não conseguem sobreviver por conta própria. Esse ser injeta veneno em suas vítimas por meio de seus tentáculos, causando dores no peito, dificuldade para respirar e até morte.

Habitat: Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.

Tratamento: Ao longo dos anos, muitos “remédios caseiros” têm sido usados ​​para tratar dos ferimentos, entre eles álcool, água do mar, creme de barbear, urina e bicarbonato de sódio. No entanto, um estudo recente mostra que a aplicação de calor e vinagre na ferida é a melhor opção. Busque atendimento médico em caso de emergência.

2. Água-viva

Ao contrário da caravela portuguesa, a água-viva é um organismo único — não composto por outros. Esses animais marinhos geralmente nadam livremente no oceano, mas alguns ficam presos no leito do mar. Seus tentáculos têm células microscópicas que normalmente são usadas para capturar as presas ou como defesa. Normalmente, o contato causa dor e vermelhidão. Em casos mais graves, pode causar enfermidades graves e até morte.

Habitat: No mundo todo, da superfície das águas às profundezas do oceano.

Tratamento: A urina é um tratamento popular usado para essas picadas e queimaduras, mas não possui efeito prático. As melhores opções são as mesmas usadas para tratar os ferimentos causados pela caravela portuguesa, ou seja, o vinagre e o calor.

É preciso remover todos os tentáculos com uma pinça, não raspando-os. Além disso, procurar identificar o tipo de água-viva que causou a lesão. A água-viva de juba de leão, a urtiga do mar e a água-viva caixa australiana podem causar sérios danos, por isso busque tratamento médico o mais rápido possível.

3. Anêmonas-do-mar

Apesar de parecerem plantas, as anêmonas-do-mar são, na verdade, animais. Armados com células pungentes de cnidócitos, elas injetam veneno e uma mistura de toxinas e neurotoxinas em suas vítimas, por meio de uma explosão celular. Normalmente, as anêmonas-do-mar não atacam os seres humanos, mas há alguns registros. Em casos graves, o veneno pode causar a morte.

Habitat: Oceanos Índico e Pacífico.

Tratamento: O tratamento da ferida depende do tipo de anêmona que o feriu, do número de toxinas injetadas e de como a pessoa reagiu. Geralmente, os espinhos precisam ser removidos e a ferida pode ser tratada com a própria água do mar, mas também precisa ser limpa. Assim como no caso das feridas causadas por água-viva, o vinagre pode ajudar a diminuir o desconforto. Os antibióticos e analgésicos tópicos também podem ser usados para aliviar a dor. Em casos graves, as pessoas devem buscar atendimento médico.

4. Arraia

As arraias são parentes dos tubarões. Elas geralmente não atacam seres humanos, mas podem reagir a ataques ou se pisarem nelas. Ao contrário de seus primos intimidadores, que mordem as vítimas, elas atacam com um ferrão existente na cauda — inclusive as espécies de rio. Normalmente não são letais para os seres humanos, mas já houve alguns casos relatados, como o da morte do conservacionista australiano e astro da televisão Steve Irwin, em 2006.

Habitat: No mundo todo, especialmente em áreas tropicais e subtropicais

Tratamento: Normalmente, o ferrão da arraia só é letal se atingir uma área vital do corpo. Em casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia para removê-lo. É importante realizar uma assepsia na área atingida, mas não a fechá-la com pontos. A pressão pode ser usada para estancar qualquer sangramento e os antibióticos podem ajudar a tratar a dor e a infecção. As lesões graves devem ser tratadas por profissionais especializados.

5. Ouriço-do-mar

Os ouriços-do-mar são animais espinhosos, que enfrentam muitos predadores, como lontras-marinhas, enguias-lobo e até estrelas do mar. Por isso, faz sentido que usem esses espinhos para se proteger. Presentes no mundo todo, alguns deles também produzem veneno, especialmente os de áreas tropicais.

Habitat: Vivem no leito dos mares do mundo todo.

Tratamento: Os ouriços-do-mar podem perfurar suas vítimas com ou sem veneno e suas picadas variam em gravidade, dependendo do tipo. O importante é remover os espinhos com uma pinça ou raspar a área com uma navalha. Da mesma forma que nos casos anteriores, o vinagre pode ser usado para tratar da dor, assim como antibióticos, sempre com receita médica.

6. Peixe-leão

peixe-leão tem muitos nomes como “peixe-zebra”, “peixe-dragão”, “peixe-pedra” ou “peixe-peru” e é conhecido por seus espinhos dorsais. Seu veneno é perigoso para os seres humanos, causando febre, vômito, azia, insuficiência cardíaca e até a morte. Embora raramente fatal para humanos adultos, é especialmente perigoso para crianças, idosos, pessoas com sistema imunológico fraco e com alergias ao veneno.

Habitat: Oceano Atlântico, Mar do Caribe e Mar Mediterrâneo.

Tratamento: A área afetada deve ser rapidamente submersa em água quente, pois isso ajuda a decompor as proteínas no veneno, diminuindo a dor e os sintomas. A temperatura recomendada é de 43ºC a 46ºC. Usar água mais quente pode queimar a pele da vítima. E, em caso de reação alérgica, é fundamental buscar atendimento médico.

7. Coral de fogo

Apesar do nome, o coral de fogo nem é, na verdade, um coral — são animais parentes das águas-vivas. Na verdade, é bastante comum que os mergulhadores esbarrem nos corais de fogo. Ao entrar em contato, a vítima sente queimação causada por uma descarga venenosa produzida na parte externa da criatura. Em casos raros, esse veneno pode causar toxicidade sistêmica.

Habitat: Oceanos Índico, Pacífico e Atlântico, bem como o mar do Caribe.

Tratamento: A água salgada é normalmente usada para limpar a ferida causada pelo veneno do coral de fogo. O vinagre também pode ser usado. É muito importante tratar a ferida com álcool ou ácido. Cremes de hidrocortisona também podem ser usados para diminuir o desconforto. E, em caso de vítimas alérgicas ou de lesões mais graves, buscar socorro médico é fundamental.

Bônus: Ornitorrinco

Tecnicamente mais semiaquático do que marinho, o ornitorrinco é um animal estranho. Parece um cruzamento entre pato e castor. É um mamífero, mas a fêmea põe ovos e não tem mamilos, transpirando leite para alimentar seus filhotes. Mas o macho possui esporões venenosos nas patas. Eles normalmente os usam para combater os rivais durante a época de acasalamento, mas atacam seres humanos se forem provocados.

Habitat: Rios e córregos australianos.

Tratamento: Geralmente, o veneno do ornitorrinco não é fatal para os seres humanos e nunca houve um caso relatado de morte. Curiosamente, a morfina é incapaz de tratar a dor, por isso os médicos frequentemente usam injeções de anestesia local. Por outro lado, alguns cientistas têm desenvolvido pesquisas para avaliar a possibilidade de usar o veneno no tratamento do diabetes.

Você conhece outros tipos de animais venenosos? Por favor, compartilhe conosco nos comentários!

Imagem de capa PXhere

Comentários

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Arraia já matou uma pá de gente pelo mundo, só lembrei daquele apresentador famoso...

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Aqui no litoral gaúcho são constantes acidentes com água viva durante o verão. Nunca topei com nenhuma, mas tenho medo.

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Eu tenho pavor de água viva. Já fiz uma travessia no mar e nadamos por um monte delas. Era água viva até dentro do maiô. Tomei trauma

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