Psicólogo analisa oito personagens de sucesso (e parece que não sabemos tudo sobre eles)

Psicologia
há 3 anos

Um dos motivos que nos levam a gostar tanto de assistir a um determinado filme ou uma série de TV é a presença de certos personagens, aqueles com os quais nos identificamos e nos importamos. Mas às vezes, os roteiristas dão a tais personagens uma profundidade psicológica e características complexas que não são muito óbvias para o espectador à primeira vista.

Nós, do Incrível.club, consideramos que seria interessante trazer a você, leitor, uma análise detalhada de personagens de sucesso feita por um psicólogo especializado em artes.

1. Daenerys Targaryen, Game of Thrones

Ao longo da série, Daenerys aparece em várias facetas. Ela cresce em uma família bastante tóxica, responsável por praticar constantes abusos contra a jovem. O psicólogo explica que os traumas e medos de infância da personagem fazem com que ela passe por um ciclo que consiste em três papéis: o de vítima, o de salvadora e o de agressora.

Ela salvou pessoas por ninguém tê-la salvado. Queria ter poder, pois passou muito tempo sem conseguir controlar a própria vida. Assim, sua experiência mostra que o passado difícil de uma pessoa pode fortalecê-la. Porém, ao mesmo tempo, destrói a própria vida e a de muitas outras pessoas.

2. Carrie Bradshaw, Sex and the City

A personagem, de acordo com a análise do psicólogo que consultamos, é infantilizada: ela tem mais de 30 anos, mas ainda espera encontrar um príncipe encantado e não é capaz de cuidar das próprias finanças. Todos os seus pensamentos e ações são voltados a encontrar um amor. Só que, por outro lado, Carrie não parece interessada em relacionamentos firmes, simples e diretos; ela considera que em todos eles falta o amor verdadeiro.

No entanto, a personagem pode simplesmente estar evitando, ainda que inconscientemente, um relacionamento de verdade, assim como o casamento. Prova disso é que só escolhe homens incapazes e não interessados em relacionamentos duradouros, ou ainda aqueles que não se importam de verdade com ela. E tudo isso deixa a moça muito infeliz. Porém, se ela percebesse que, no fundo, prefere ser solteira e que não há nada de errado nisso, deixaria de perseguir ilusões e teria uma vida muito melhor.

3. Gregory House, House

Personagens como esse, com muita autoconfiança e alto nível intelectual, sempre quebram as regras e frequentemente entram em atrito com as outras pessoas. Ainda assim, são muito atraentes, mesmo sendo considerados sociopatas. Entretanto, conforme o sugerido pelo psicólogo, quando os observamos mais de perto, notamos que tal descrição é equivocada.

Os sociopatas da vida real não são capazes de sentir empatia. Coisas como amor e amizade também não existem para eles. Porém, no caso de Gregory House, podemos perceber que ele é repleto de sentimentos, embora prefira escondê-los. Ele sempre percebe quando seus amigos, colegas e até mesmo pacientes estão se sentindo mal. Diante disso, tenta, ainda que com sua maneira rude, ajudá-los.

4. Cersei Lannister, Game of Thrones

Essa poderosa mulher está sempre pronta para conquistar o que quer, manipulando os outros e sem demonstrar a menor compaixão. Para ela, é fundamental sentir-se superior às outras pessoas e tais características, de acordo com o psicólogo que consultamos, são típicas de um narcisista.

Além disso, gente assim é incapaz de amar alguém de verdade. E apesar de os filhos serem a única coisa com que Cersei parece se preocupar, isso levanta uma questão: será amor mesmo ou ela apenas vê nas crianças um reflexo de si mesma?

5. Monica Geller, Friends

Talvez você se surpreenda, mas aqui temos mais um caso de narcisismo. Certamente os fãs nunca enxergaram a meiga Monica dessa forma, mas alguns dos traços demonstrados pela personagem, de acordo com o psicólogo, fazem dela uma narcisista. Durante a infância, Monica viveu à sombra do irmão mais velho, o que rendeu um trauma do qual tenta se desvencilhar na fase adulta.

A personagem tornou-se uma perfeccionista, que adora impor a disciplina e se manter no controle. Ademais, ela quer ganhar sempre e ser a primeira pessoa a fazer determinada coisa. Na verdade, essa é uma manifestação saudável do narcisismo, que dá à pessoa muita energia e autoconfiança.

6. Samantha Jones, Sex and the City

Samantha é uma mulher muito independente, que sabe o que quer e que não liga muito para a opinião alheia. Ela frequentemente se opõe a normas “aceitas” pela sociedade, preferindo não casar nem ter filhos. A personagem nunca depende do parceiro e gosta mais de si mesma do que de qualquer outra pessoa. Porém, é por conta disso que o psicólogo questiona sua capacidade de viver um relacionamento sólido.

Ela sempre mantém certa distância e evita se envolver emocionalmente em relacionamentos, preferindo ser aquela pessoa que não precisa de ninguém. É como se fosse uma versão do Mr. Big, outro personagem da trama.

7. Susan Delfino, Desperate Housewives

De acordo com as considerações do psicólogo, trata-se de mais uma personagem com traços de vitimismo. Gente com tal característica tende a evitar solucionar os próprios problemas. Vemos que Susan precisa de uma atenção constante: seu parceiro e até mesmo sua filha precisam lidar com questões que a própria personagem deveria resolver.

Sem falar que, considerando todas as “soluções” disponíveis, ela sempre opta pela que impõe mais sofrimento, fazendo pouco para melhorar a própria vida. Isso é causado por um relacionamento instável com sua mãe. Susan nunca teve a oportunidade de desenvolver a autoconfiança, esperando sempre o pior. Além disso, ela é um exemplo de vítima que tenta fugir das circunstâncias: o público pode vê-la fazendo tentativas de encontrar homens mais confiáveis e de arrumar um emprego estável.

8. Miranda Priestley, O Diabo Veste Prada

Ela é perfeccionista enquanto chefe, nunca está satisfeita, não aceita opiniões dos outros e é realmente uma profissional de destaque. Ao mesmo tempo em que têm medo, os funcionários não escondem a admiração que sentem em relação a ela, evitando pedir demissão. Segundo o psicólogo, a situação caracteriza a típica síndrome de Estocolmo: quanto mais rígido o chefe, melhor os colaboradores trabalham.

Só que a personagem esconde seus segredos. Ela é bem-sucedida, respeitada e independente, mas não parece exatamente feliz o tempo todo. Logo, não é um modelo a ser seguido, e sim uma personagem que serve de aviso. Miranda deu muita importância à carreira e acabou ficando sem outra coisa que considerasse tão importante.

Se você fosse listar as principais características dos seus personagens prediletos, quais incluiria? Comente!

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