15+ Truques psicológicos para aprender a dizer “não” sem sentir culpa

Psicologia
há 3 anos

Ao longo da vida, enfrentamos situações em que recusar um pedido que não estamos dispostos a atender ou que simplesmente não temos vontade de cumprir se torna extremamente difícil. Porém, os “pedintes” mais teimosos podem, inclusive, agir de forma persistente e agressiva demais, por isso é importante saber como se comportar com eles. Em sua publicação, a psicóloga educacional e especialista em mediação de conflitos Elina Frolova, conta sobre como lidar com convenções sociais que podem ser prejudiciais, aprender a dizer “não” e resistir à agressão.

A equipe do Incrível.club costuma levar em conta os aconselhamentos psicológicos, que podem melhorar significativamente a qualidade de vida. Por isso, confira!

Convenções sociais prejudiciais

Frequentemente, concordamos em realizar uma tarefa cuja solução está fora do nosso alcance ou que exige mais tempo do que realmente temos. Por quê? Desde a infância, somos coagidos a tomar decisões baseadas em certas convenções sociais, que desenvolvem o costume de agradar a todos, mesmo contra a nossa vontade. Aqui estão algumas delas:

  • Não posso recusar o pedido do meu amigo.
  • Não posso recusar o pedido da minha família.
  • Estou devendo à pessoa em questão.
  • Uma mão lava a outra.
  • Se eu recusar, vou ofender ou decepcionar a pessoa, além de estragar o nosso relacionamento.
  • Pessoas educadas sempre ajudam.
  • Se eu recusar, serei considerado um egoísta, etc.

Como agir quando é difícil dizer “não”?

  • Leve um tempo. Se você não puder recusar um pedido na hora, peça para a pessoa lhe dar um tempo para pensar. Depois, será mais fácil avisá-la sobre sua decisão.
  • Tome a iniciativa. Quando alguém insiste, revide o pedido com um outro pedido. Por exemplo, se alguém lhe pedir para trocar de turno, você pode aceitar caso a pessoa te ajude a reformar sua casa.
  • Pense em uma autoridade. Às vezes, dá para recorrer a uma medida astuta e se referir a alguém que não aprovaria o atendimento do pedido, seja sua mãe, esposa, irmão ou o próprio presidente — você pode citar qualquer sujeito cuja opinião seja um argumento válido para a pessoa que está pedindo.
  • Amenize sua resposta com uma brincadeira. Se alguém lhe perguntar: “Quer se casar comigo?”, você pode responder: “Eita, acho que a minha esposa não vá gostar disso. Além de tudo, é ilegal”.
  • Considere sua recusa antecipadamente caso entre em contato com alguém que tende a pedir ajuda frequentemente.
  • Justifique sua resposta negativa. É dispensável dar desculpas, mas é necessário mencionar os motivos pelos quais não se pode ou não se quer fazer certas coisas. Por exemplo: “Não quero trocar de turno com você, porque você não trocou de turno comigo na última vez. Aliás, já tenho alguns planos para o meu dia de folga”.
  • Se alguém ficar insistindo, não hesite dizer: “Não me force”. Isso pode dar um choque de realidade na pessoa e a lembrará de que a sua opinião também precisa ser levada em conta.
  • Ofereça uma alternativa: “Acho que não vou ao cinema com você porque não gosto do gênero do filme. Mas sei que o João curte, então acho que ele adoraria te fazer companhia”.
  • Procure sinônimos da palavra “não”. Se você acha que apenas dizer “não” é uma falta de educação, pode mudar a frase: “Desculpe, mas a minha resposta é ’não’” ou “Ficaria feliz em ajudar, mas não tenho tempo ou possibilidade”.
  • Não tenha medo de ofender alguém com sua resposta. Se você sabe justificá-la, mas a outra pessoa não é capaz de compreendê-la, é melhor parar para pensar sobre as intenções desse sujeito.

O que fazer quando a outra pessoa começa a falar de forma agressiva?

  • Não revide com a mesma reação negativa. É difícil se conter, mas o agressor pode provocá-lo de propósito, a fim de deixá-lo irritado e começar uma briga. Será que é isso que você precisa?
  • Não leve para o lado pessoal. Geralmente, apenas um terço da agressão é dirigido contra a fonte causadora de frustração, enquanto o resto é dirigido contra o irritador e a situação em si. Portanto, vale mais a pena prestar atenção aos argumentos sólidos.
  • Saiba escutar. Às vezes, é melhor deixar alguém desabafar, escutá-lo atentamente e focar nos prováveis sentimentos escondidos por trás do discurso negativo. Por exemplo, quando alguém ficar reclamando da risada alta no ônibus, é aconselhável responder: “Se você está se sentindo sozinho e gostaria de conversar, poderíamos rir todos juntos”.
  • Adie a conversa. Quando o oponente reage de maneira desequilibrada, se recusa a compreender seus argumentos e simplesmente se comporta de forma agressiva, é melhor adiar a conversa dizendo que você tem um encontro marcado e precisa ir embora. O importante é evitar provocá-lo ou chamá-lo de inconveniente.
  • Aprenda a estabelecer seus limites pessoais. Você também pode dizer abertamente que não se sente à vontade em continuar a conversa, não tolera a atitude desrespeitosa e que a maneira hostil de abordar o assunto não levará a nenhuma conclusão, a não ser que faça você romper todas as relações com a pessoa.
  • Saiba como manter a calma. O agressor normalmente espera que sua vítima também responda de forma insultuosa. Reagir às ofensas com calma ajuda a quebrar o padrão.
  • Aprenda a dar uma resposta adequada. Ou seja, assim que perceber a agressão por parte de alguém, reaja imediatamente mostrando que não tolerará o comportamento inadequado: “Pare de gritar comigo. Não vou tolerar isso!”.
  • Acrescente um pouco de humor ao diálogo. Mas tome cuidado, uma vez que esse truque funciona apenas com as pessoas próximas. Por exemplo, se alguém exclamar: “Você é louco!”, pode-se responder: “É pouco provável. Quando criança, fui ao psicólogo que disse que sou normal”.

E você, quais truques costuma usar para lidar com pessoas insistentes? Compartilhe com a gente na seção de comentários!

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