13 Respostas a perguntas intrigantes que você tem preguiça de procurar no Google

Psicologia
há 3 anos

Os adultos, assim como as crianças, geralmente têm momentos de dúvida, em que questionam: “o que, onde e por quê?” para diversas coisas. Mas, às vezes, não temos tempo para encontrar a resposta imediatamente, e depois nos esquecemos delas. Ou, vez ou outra, estamos simplesmente com preguiça de pesquisar na Internet. Por conta disso, somos privados da oportunidade de descobrir algo novo sobre o nosso mundo e expandir nossos horizontes.

O Incrível.club decidiu assumir essa responsabilidade e, para alegria dos leitores, entender e explicar detalhadamente algumas das questões mais curiosas e empolgantes.

1. De onde surgiu o mito das sereias?

Nos tempos de Colombo, muitas coisas realmente surpreendiam as pessoas. O fato da existência de algo incompreensível era completado pela imaginação de forma ativa, e a capacidade de desacreditar ou refutar qualquer história, mesmo a mais absurda, era muito limitada. Atualmente, a opção mais convincente do surgimento dos mitos sobre as sereias é a sua certa semelhança com as belugas (conhecidas como “baleias-brancas”), por serem criaturas belas, esbeltas, muito inteligentes e sociáveis, que gostam de “vestir-se” com algas e são capazes de imitar a fala humana. Essas criaturas vivem principalmente no Oceano Ártico e também podem ser encontradas em águas irlandesas e escocesas. Provavelmente, no passado, as belugas interagiram com marinheiros supersticiosos, que poderiam ter confundido sua “sociabilidade” e suas algas que pareciam cabelos com sereias.

2. É possível respirar com o nariz e com a boca ao mesmo tempo?

Na teoria, isso é possível sim, se treinarmos por muito tempo. Este tipo de respiração é parcialmente praticado por músicos e é comum, por exemplo, entre os iogues. Mas a reação natural do corpo quando respiramos pelo nariz é bloquear o canal da boca que leva aos pulmões, e vice-versa. No entanto, inspirar e expirar ao mesmo tempo é realmente impossível, já que esses movimentos são, acima de tudo, um trabalho dos pulmões, e não da boca e nariz, e os pulmões não podem comprimir e expandir ao mesmo tempo. Além disso, temos apenas uma traqueia e não podemos passar o ar em duas direções ao mesmo tempo.

3. Por que alguns sons nos incomodam tanto?

Sabe-se que a nosso ouvido é mais sensível na faixa de frequência de 2.000 a 4.000 Hz. O som de unhas arranhando um quadro negro, que é tradicionalmente um dos mais desagradáveis para muitas pessoas, incide dentro desse alcance, assim como o choro de um bebê. Mas, por enquanto, a verdade é que ainda não sabemos o que causa emoções tão negativas. Em um estudo que ganhou o Prêmio Nobel em 2006, os pesquisadores afirmaram que essas frequências são muito semelhantes àquelas que os chimpanzés utilizam para transmitir um sinal de alarme. Eles supõem que essa sensação de aborrecimento que sentimos quando ouvimos esses tipos de sons se deve aos nossos instintos, ao mecanismo de proteção contra os predadores. Porém, até hoje, a versão mais convincente é a suposição dos neurobiólogos, que afirmam que os sons irritantes ativam a amígdala — é o mesmo nome dos órgãos da garganta —, uma região do cérebro que, muitas vezes, está associada à sensação de medo.

4. Por que temos mau hálito pela manhã?

A saliva é uma proteção natural da boca. Sua função é matar e limpar as bactérias e seus resíduos, além de dissolver e neutralizar os compostos de enxofre que cheiram mal. Portanto, é fácil adivinhar que, quando engolimos a saliva de nossas bocas, estamos limpando milhões de bactérias e partículas de alimentos que essas bactérias comem. O mau hálito pela manhã se deve ao fato de que à noite temos menos saliva na boca, e a engolimos muitas vezes menos. Sendo assim, as bactérias não são destruídas, mas se multiplicam e acumulam.

5. O espaço dedicado à memória no cérebro pode acabar?

Teoricamente, a memória pode exceder seu limite, mas até hoje, nenhum caso desse tipo foi registrado. Em nosso cérebro há cerca de 2 trilhões de bytes de memória. Se compararmos com uma câmera de vídeo que grava o dia todo em alta qualidade, haverá espaço suficiente para um período de 300 anos. Portanto, se falarmos sobre a quantidade de línguas, ciências, conhecimentos teóricos e práticos que o ser humano pode dominar ao longo de toda a sua vida, o mesmo será determinado não pelo número de anos, mas pela diligência e perseverança. Ao proferir a frase “o cérebro está transbordando de informação”, apenas admitimos que não sabemos como usá-lo corretamente. Para evitar que isso aconteça, precisamos aprender a distribuir tudo em setores, criar associações vívidas e tentar construir nossos próprios “salões de ideias”.

6. O que aconteceria se todas as pessoas na Terra saltassem simultaneamente?

Parte da energia retornaria aos pés ao aterrissar. Mas o resto se espalharia pelo ar e pela Terra, o que resultaria em algumas consequências negativas. Vamos considerar algumas delas. Primeiro, seria possível ouvir um baque com um volume incrível. Por exemplo, o som mais forte já criado na Terra foi de 200 dB, o som de um motor a jato atinge 150 dB na decolagem e nosso limiar de dor é de 120 dB. Ou seja, seria difícil impedir que nossos tímpanos explodissem. Em segundo lugar, a Terra tremeria, e se esse salto acontecesse próximo a uma costa, poderia causar um tsunami com ondas de 30 metros de altura (aqueles como nos filmes sobre o fim do mundo). Em terceiro lugar, o tremor poderia causar um terremoto de 4 a 8 graus na escala Richter, isto é, poderia ser leve ou poderoso o suficiente para destruir pontes, edifícios e linhas de energia. Ou seja: não seria uma boa ideia.

7. Por que é divertido quando os outros se machucam?

Estamos falando, por exemplo, de uma queda inesperada ou esperada de alguém, como vemos nos filmes e desenhos, quando um personagem escorrega em uma casca de banana. Na verdade, tudo é bastante simples: a reação na forma de riso descontrolado é uma defesa psicológica frequente, um mecanismo que geralmente é formado na infância, quando encontramos algo desagradável. As principais características dessa defesa são a negação/distorção da realidade e uma reação em nível inconsciente. Quando vemos outra pessoa se machucar, involuntariamente sentimos a dor em nós mesmos, ficamos assustados e, para não entrar em pânico, mostramos a reação oposta. Portanto, é possível concluir que quanto mais “divertida” uma situação como esta lhe pareça, mais forte você sente a dor de outra pessoa em si próprio.

8. Por que algumas músicas ficam “presas” na nossa cabeça?

Existem várias características que fazem com que uma melodia muito provavelmente seja lembrada e involuntariamente reproduzida em nossa cabeça. A música deve ser simples, e o texto deve conter muitas repetições e consistir em rimas curtas e fáceis. Outra condição importante é o ritmo que faz uma pessoa ter vontade de dançar. As melodias mais intrusivas não envolvem apenas memória, mas também habilidades motoras. E o último aspecto é o psicológico. Uma música pode ficar presa em nossa memória se a ouvirmos quando estivermos passando por emoções fortes (relacionadas ao trecho ou não) e, ao experimentar as mesmas emoções um pouco mais tarde, o subconsciente reproduz essa música por associação.

9. Por que os cães inclinam a cabeça para o lado quando falamos com eles?

Nossos amigos de quatro patas são capazes de ler muito bem os sinais e as simples mudanças de expressões faciais, linguagem corporal e voz. Sendo assim, quando repreendemos nossos animaizinhos de estimação por terem roído sapatos ou perguntamos a eles de forma alegre se querem dar um passeio, eles irão inclinar a cabeça se não nos ouvirem muito bem e querem ter a certeza do tom da nossa voz, das palavras que pronunciamos ou da expressão em nosso rosto.
É por isso que a empatia em nossos animais é tão desenvolvida e quando há um alto nível de confiança, amor e compreensão mútuos entre o dono e o cão, os amigos peludos são tão sensíveis que são capazes de determinar nosso estado de ânimo e até ficarem tristes quando estamos aflitos.

10. Por que os gatos gostam de jogar objetos?

De acordo com as informações do livro Gatos, da Dra. Ellen Whitley, este comportamento prejudicial do nosso ponto de vista é realmente apenas uma manifestação dos instintos predatórios. Ao observar como os gatos brincam com uma presa aprisionada, é fácil perceber que esse é um comportamento comum em gatos. Quando seu animal de estimação empurra um objeto que está na mesa, está simplesmente seguindo seu instinto de que uma dessas coisas pode, na verdade, ser um rato vivo. Outra explicação pode ser que o gato não tenha atenção suficiente, e quando percebe que seu dono sempre reage a um objeto caído (indo buscá-lo, falando em paralelo com o peludo e até mesmo acariciando-o ao longo do caminho), o animal conclui que é uma boa maneira de chamar sua atenção.

11. Por que não sentimos cócegas quando a fazemos em nós mesmos?

Em um artigo da revista Nature Neuroscience há uma explicação: no cérebro, o córtex somatossensorial dos grandes hemisférios é responsável pela percepção da informação tátil. Os cientistas realizaram um estudo no qual mostraram que, ao tentarmos fazer cócegas em nós mesmos, também ativamos o cerebelo, que, por sua vez, participa da previsão de ações, ou seja, um sinal aparecerá em um dado momento na superfície da nossa pele. Mais tarde, essa previsão é usada pelo cérebro para não responder ao toque, por isso não sentimos nada. Em outros sistemas cerebrais, existem mecanismos similares. Por exemplo, os pesquisadores podem explicar por que o mundo diante de nossos olhos permanece imóvel apesar do movimento dos olhos e da cabeça.

12. Por que a urtiga queima a pele?

Nas folhas e na haste da urtiga existem pequenos pelos que, quando examinados mais de perto, parecem espinhos e são chamados de “células urticantes”. Na ponta de cada um desses espinhos há uma bolsinha com um líquido, que contém uma mistura de 3 elementos químicos: ácido fórmico, histamina e vitamina B4. A sensação de ardência e queimação ocorre quando esses pelos entram em contato com a pele: as bolsinhas se rompem e seu conteúdo entra sob e na pele e o ácido fórmico causa irritação e vermelhidão. Uma dica: é possível eliminar os sintomas desagradáveis neutralizando o ácido, por exemplo, com um alcalóide (bicarbonato de sódio).

13. Quando é melhor tomar decisões importantes: de manhã ou à noite?

A neurociência responde com toda certeza: de manhã. Durante o sono, ocorrem muitos processos importantes, e uma delas é a consolidação em nossa memória das informações recebidas durante o dia. À noite, o sistema nervoso funciona de uma maneira diferente, não há distrações, então ele encontra o caminho mais conveniente e rápido para o movimento de impulsos através dos neurônios. Em resumo, continuamos pensando mesmo enquanto estamos dormindo, mas não em um contexto caótico e incômodo para o cérebro, e sim distribuindo a informação com calma. Sendo assim, uma decisão tomada pela manhã será mais sensata. Essa mesma consolidação explica os sonhos proféticos que, na realidade, são apenas o resultado do cuidadoso desenvolvimento do cérebro da informação e de uma realização coerente de uma previsão para o futuro.

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