Por que a Islândia é o país das mulheres e um grande exemplo a seguir

Mulher
há 4 anos

Quando se fala na Islândia, as imagens que vêm à mente, para muitos, têm apenas a ver com o frio: temperaturas exageradamente baixas, ventos gelados, neve e geleiras. No entanto, a Islândia é muito mais do que isso. Especialmente para suas mulheres, que por vários anos conquistaram direitos e benefícios que em outros países, infelizmente, ainda nem são considerados.

Incrível.club lhe conta por que a Islândia é o paraíso das mulheres que lutam há décadas, e com sucesso, para ter as mesmas oportunidades que os homens.

As mulheres na história

Dia 24 de outubro de 1975 não foi um dia qualquer para as mulheres na Islândia. Conscientes ou não da importância histórica que teriam, foram encorajadas a se rebelar contra uma sociedade que se recusava a lhes dar o devido lugar, e a vida para elas deu uma virada retumbante. Naquele dia, elas decidiram abraçar a luta por seus direitos e lançaram uma greve de mobilização que conquistou uma participação surpreendente, quase total.

O país sentiu o peso do protesto de tal maneira que a atividade habitual foi suspensa em todos os níveis, e os homens, talvez pela primeira vez, sentiram a força do até então considerado sexo frágil. Foi tamanha a potência dessa medida que afetou até a produção dos jornais, que devido à ausência de funcionárias tiveram que cancelar sua edição vespertina.

Esse dia de luta é lembrado como “dia de folga das mulheres”.

As mulheres e a política

Pouco depois, em 1980, Vigdís Finnbogadóttir conseguiu ser a primeira chefe de estado do mundo a alcançar essa posição através do voto popular, e esse foi outro dia importante para a Islândia. Atualmente, no Parlamento, as mulheres têm uma participação superior a 40%.

Desde 2017, Katrín Jakobsdóttir é a Primeira Ministra. Com uma personalidade marcante e fortes convicções, em sua campanha eleitoral ela prometeu acabar com as desigualdades de gênero, promover melhorias em saúde, ecologia, educação e defender os direitos das minorias.

É o país mais seguro do mundo

Segundo um relatório das Nações Unidas, a Islândia está no topo dos países mais seguros do mundo. Talvez isso se deva a pouca diferença de classe, que evita conflitos entre os diferentes estratos sociais.

Quanto à violência doméstica, se ocorrerem episódios de abuso, a lei exige que o homem saia de casa, em vez de a mulher ser colocada em um lar para ser assistida. Tal medida tem sido fundamental na luta contra a violência de gênero.

Parto e direitos para a maternidade e paternidade

Os partos na Islândia estão a cargo das parteiras, profissionais com formação universitária. Se a mulher decidir dar à luz em um hospital, poderá escolher uma cama de casal para ser acompanhada pelo cônjuge. Muitas mulheres preferem que o parto seja feito em sua própria casa. Nesse caso, a parteira deve se deslocar para ajudá-la.

A licença ao ter um filho é de 9 meses e beneficia o homem e a mulher: 3 meses para o casal, outros 3 meses apenas para ela e mais 3 para os dois distribuírem como desejarem. Dessa forma, encoraja-se que as tarefas domésticas não sejam uma função apenas das mulheres.

Igualdade salarial

Devido a uma reforma legislativa, as empresas devem comprovar que as mulheres empregadas não têm uma renda mais baixa do que um homem que desempenha o mesmo trabalho. Isso coloca a Islândia em primeiro lugar na luta contra as disparidades salariais entre homens e mulheres.

Outras razões

Se houver alguma dúvida de que a Islândia é o país ideal para as mulheres, há mais dados tão importantes quanto os já mencionados. Por exemplo, comprar serviços sexuais é penalizado, isto é, somente o cliente é condenado. O peso da lei, então, recai sobre quem paga e não sobre quem cobra. Por outro lado, as boates de dançarinas são proibidas, pois são consideradas degradantes para as mulheres e contribuem para a sua exploração. Porém, o mais importante, é que essas medidas contam com o apoio da população masculina.

Quão distante as mulheres do nosso país estão das islandesas que desfrutam desses benefícios? Quais outras medidas você acha que devem ser tomadas? Acha que um governo comandado por uma mulher promove medidas mais justas? Por favor, conte para a gente nos comentários.

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