Mitos sobre cuidados com a pele que devem ser descartados

há 1 ano

Existem muitas dicas sobre como cuidar da pele circulando na Internet. Mas cuidado, pois nem todas são verdadeiras! Por exemplo, nossas mães e avós sempre disseram que a pele oleosa deveria ser lavada mais vezes com sabonete. Mas esteticistas contemporâneos discordam completamente dessa afirmação e defendem outros métodos.

Outro mito que vem sendo questionado é o que diz respeito aos riscos causados pelos chamados parabenos. Segundo alguns especialistas, eles não são assim tão terríveis.

Incrível.club decidiu, com a ajuda de especialistas, avaliar mais a fundo alguns dos mais famosos mitos sobre cuidados da pele, apresentando alguns pontos para você refletir. Lembre-se que o mais adequado é procurar um dermatologista ou um esteticista antes de usar qualquer produto.

Mito 1: Com o céu nublado, não é preciso se preocupar com o protetor solar

A radiação solar é um dos principais fatores que causam o envelhecimento da pele. Além disso, se o céu está nublado e não vemos a luz do sol, uma certa quantidade de radiação continua a atingir a pele, mesmo através do vidro e das janelas. Portanto, é importante aplicar protetor solar independentemente de o sol estar brilhando ou não. Opte por produtos com um fator FPS nunca inferior a 30, aplique ao menos meia colher de chá no rosto e pescoço e aplique novamente a cada 2 horas, se estiver ao ar livre.

Mito 2: Os óleos obstruem os poros

Em relação aos óleos, bem como com qualquer outro ingrediente natural (especialmente quando se trata de aplicá-los em sua forma pura e não diluída), vale a pena prestar atenção e tomar certos cuidados. Sim, eles podem obstruir os poros ou causar alergia, mas somente se não forem escolhidos corretamente. Preste atenção a um indicador-chave do nível comedogênico: alguns óleos são melhores para a pele oleosa; outros, para as secas. Quanto maior o índice, maior a probabilidade de o óleo entupir os poros.

Assim, por exemplo, o óleo de coco é altamente comedogênico, por isso deve ser usado com cautela em seu rosto, enquanto para os cotovelos e calcanhares secos será um excelente remédio. Aqui, como em muitas outras coisas, tudo depende da pessoa: há quem remova a maquiagem usando o óleo de coco e fique totalmente satisfeito, enquanto para outras pessoas esta opção não é viável.

Ao mesmo tempo, os óleos são um componente muito valioso: nutrem, suavizam, recuperar a boa condição da pele e servem para cuidar do cabelo e do corpo. Resumindo, não tenha medo deles, mas é importante estudar bem qual óleo escolher, considerando o mais adequado para seu tipo de pele.

Mito 3: Você não deve hidratar a pele oleosa, mas sim secá-la

Esse é um dos mitos mais prejudiciais para o cuidado da pele. Absolutamente qualquer tipo de pele sempre precisará de hidratação e a oleosa não é exceção. Além disso, quando tentamos secar a pele, seja com álcool, sabão ou produtos agressivos, só agravamos a situação. A oleosidade protege a pele das bactérias e da evaporação de água, participa da renovação celular e, em geral, não é prejudicial. Pelo contrário: as rugas demoram mais para aparecer em pessoas de pele oleosa.

Portanto, os cuidados com a pele oleosa e com problemas envolvem a limpeza com produtos sem LSS (ou SLS, de lauril Sulfato de Sódio) em sua composição. Esse tipo de pele também pele uma boa esfoliação usando ácidos e hidratação adequada com substâncias sem componentes comedogênicos. Resumindo, não vale a pena “secar” esse tipo de pele, privando-a da hidratação.

Mito 4: Os parabenos podem causar câncer

Essa ainda é uma questão bastante polêmica. Os parabenos são usados como conservantes na fabricação de produtos cosméticos. Eles podem irritar a pele, mas apenas se adicionados em grande quantidade ou se ocorrer uma reação alérgica individual (o que raramente acontece).

Alguns estudos atribuem aos parabenos o risco de câncer. Com base neles, muitos fabricantes adotam, em seus produtos, selos como os de ’livre de parabenos’ ou ’paraben free’. Mas não há, até o momento, pesquisas que estabeleçam uma ligação direta entre o uso de parabenos e a ocorrência da doença em pessoas.

Os estudos nos quais se baseiam os opositores desses conservantes foram realizados em animais, nos quais foram injetadas quantidades elevadas do produto e em condições que, a rigor, dificilmente ocorreria com humanos na prática. Ao contrário de outros conservantes, os parabenos são bastante bem estudados e nem todas as suas variedades são permitidas para a fabricação de cosméticos. E se o fabricante se recusou a usar parabenos, é provável que tenha acrescentado outro conservante, o qual pode, inclusive, não ter sido estudado com tanta profundidade e cuidado.

Mito 5: Cosméticos naturais

Como dissemos em um de nossos posts, os componentes naturais são muito menos previsíveis do que aqueles sintetizados em laboratórios. A moda atual dos cosméticos orgânicos gerou uma percepção um tanto questionável de que tudo que é natural é mais seguro. Bem, nem sempre é o caso.

Os componentes naturais podem funcionar na maioria dos casos e causar menos riscos de doenças e reações alérgicas. Mas talvez valha a pena ter um pouco mais de cuidado com eles do que com o restante dos cosméticos, especialmente se forem usados em estado puro.

Mito 6: Utilizar um tônico facial é jogar dinheiro fora

Tudo depende da composição do produto: se você limpa o rosto com água e vitaminas, não deve esperar nenhum efeito perceptível. Ao mesmo tempo, o moderno mercado de cosméticos já oferece uma grande quantidade de tônicos e loções líquidas com ingredientes eficazes.

Os tônicos com ácidos esfoliam bem a pele e clareiam o tom do rosto, enquanto aqueles que contêm glicerina hidratam bem a pele. Além disso, os hidrolatos ganharam popularidade recentemente: produtos de destilação a vapor de plantas, os quais, dependendo de seus componentes, podem gerar um efeito antiinflamatório ou neutralizar o efeito da água de torneira comum.

A eficácia dos cosméticos depende muito das reações individuais e das quantidades bem calculadas de uma ou de outra substância.

Nesse mar de pequisas que estão sempre criando novos heróis e vilões, duas coisas são certas: (1) não é preciso temer a tecnologia e (2) é importante ter, sempre, espírito crítico.

Imagem de capa Depositphotos.com

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