Como passar no teste do polígrafo

Embora muitos possam pensar que o teste no detector de mentiras é visto apenas em filmes ou serve somente para criminosos, é provável que todas as pessoas algum dia passem por ele. Esse tipo de teste é utilizado com frequência no processo de contratação de grandes empresas para analisar os membros da equipe ou verificar as informações ao aceitar crédito ou seguro. Nesta matéria mostraremos como passar com louvor e manter seus segredos.

O Incrível.club decidiu averiguar se o autocontrole tem influência no resultado e se, ao preparar-se psicologicamente de maneira correta, é possível ter sucesso para passar no teste. Ao final, há um bônus: em quais casos é possível recusar-se a realizar o teste e ficar com a consciência tranquila.

Como funciona o polígrafo?

É claro que o polígrafo não rastreia a mentira como tal. Ele detecta as mudanças fisiológicas que ocorrem no corpo quando a pessoa está mentindo: ritmo cardíaco, suor, respiração e pressão.

Os detectores mais modernos podem rastrear até 50 tipos de reações diferentes, como a expansão dos tubos capilares, que é um reflexo instantâneo de uma pergunta aterrorizante. Mas de qualquer forma, a maioria das empresas utiliza estudos de reação padrão.

Os especialistas dizem que a interpretação dos resultados é mais arte do que ciência, já que eles dependem muito da qualificação e experiência da pessoa que está aplicando o teste. Ela tem que escolher as questões para cada indivíduo, levando em consideração todas as diferenças de cada um e sendo capaz de interpretá-las de forma correta.

Maneiras para preparar-se psicologicamente

1. Prepare-se fisicamente

Cuide-se 24 horas antes do teste. É necessário:

• ter uma boa noite de sono;
• não estar com fome nem ter comido demais;
• estar com uma roupa confortável.

Procure manter seu horário normal, para que o corpo não sinta as mudanças e sua frequência cardíaca não aumente. Você tem o costume de correr na parte da manhã? Então saia para treinar. Sempre toma café? Não deixe de tomá-lo!

2. Permita-se ficar nervoso

É normal estar nervoso. Além disso, o nervosismo poderá ajudar a passar no teste com sucesso. Os resultados daqueles que estão nervosos sobre cada resposta, de acordo com as estatísticas, revelam-se os mais precisos.

Se acha que seus resultados podem ser mal interpretados por estar nervoso, a metodologia a seguir é exatamente para você.

Para verificar suas reações fisiológicas básicas, eles tentarão fazer com que você minta, com a ajuda de perguntas de controle. É fácil diferenciá-las das perguntas importantes, porque são gerais e não específicas.

Mas tome cuidado. Se começar a ficar nervoso ao responder as perguntas de controle, na hora de responder às perguntas importantes o polígrafo avaliará suas reações como uma "verdade", especialmente se tentar manter a calma.

• Exemplo de pergunta de controle: "Você já roubou alguma coisa?"
• Exemplo de uma pergunta importante: "Você roubou alguma coisa de seu emprego anterior?"

Você pode ficar nervoso ao pensar em algo desagradável, aterrorizante ou tentando resolver algum problema difícil em sua mente.

3. Tente não mentir sobre pequenas coisas

Se não há nada que possa te constranger ou que é preciso esconder, tente responder a todas as perguntas com sinceridade. Quanto mais disser a verdade, mais precisos serão os resultados. As pessoas muitas vezes mentem por pequenas coisas e por acharem que haverá perguntas capciosas.

Mas especialistas dizem que as perguntas são as mais simples possíveis. De acordo com a ética do teste, não pode haver surpresas. Além disso, elas são informadas a você antes do teste. Isso é feito para excluir a reação à novidade.

4. Não tenha pressa

Dependendo dos testes específicos, cada pergunta pode ser realizada de três a seis vezes. É por isso que não é preciso se apressar com a resposta, o sentimento de pressa pode alterar os resultados.

Ouça a pergunta até o final, pense se entendeu corretamente sobre o que foi perguntado, prepare-se e, somente depois, responda.

Atrasando a resposta um pouco, você se dá a chance de determinar que tipo de pergunta lhe foi feita: insignificante ("Qual é o seu nome?"), de controle ("Você já enganou alguém por conveniência?") ou importante ("Você falsificou documentos no trabalho anterior?").

5. Imagine algo agradável

Tal método é considerado bem-sucedido, mas é adequado apenas para aqueles que realmente sabem se controlar. Porque é mais fácil ficar nervoso e atrair reações negativas do que positivas.

Quando pensar na resposta para a pergunta e entender que precisa dizer uma mentira, imagine algo, a coisa mais agradável para você. Ou relaxe durante todo o teste. Isso cria em sua imaginação um mundo despreocupado, que irá ajudá-lo a manter a calma. Deixe seus sonhos serem mais agradáveis e então a reação de seu organismo será perfeita!

6. Não utilize truques físicos

Em geral, as dicas para atrair as reações negativas do corpo para passar nesse teste são as seguintes: "Coloque uma tachinha no seu sapato e pressione o pé quando precisar; morda sua língua; contraia os músculos".

Esses truques não enganam profissionais experientes há muito tempo. As manipulações físicas são muito notáveis e muitas vezes os especialistas pedem para que a pessoa remova os sapatos, já que a dica da tachinha é a número um na Internet e, sendo assim, não é mais um truque. Além disso, o polígrafo pode detectar a reação à dor física.

Sem contar que, se descobrirem sua "farsa", podem alterar a data do teste. Ou, no final, o especialista poderá avaliar os resultados de maneira bastante rigorosa, levando em consideração todos os seus truques utilizados.

Bônus: Quem está proibido de fazer o teste?

Em alguns casos, o teste é contraindicado, pois os resultados serão distorcidos de alguma forma, e o processo pode afetar negativamente a pessoa. Além de doenças mentais, as contraindicações são as seguintes:

• pessoas portadoras de doenças cardíacas;
• grávidas;
• pessoas com distúrbios do sistema respiratório (inclusive um simples resfriado);
• pessoas com epilepsia;
• pessoas com algum tipo de dor;
• ser obrigado a passar pelo teste contra sua vontade.