11 Raças populares de cachorro que muitas pessoas compram sem nenhum conhecimento prévio e depois acabam se arrependendo

Dicas
há 2 anos

Normalmente, apenas um motivo principal impede as pessoas de comprarem um cachorro: o famoso “Quero, mas não posso”. E há muitas razões para isso: alergia ao pelo do animal, o nascimento de uma criança e falta de condições financeiras e de tempo, entre outras. No entanto, às vezes há quem esqueça todos os fatores negativos e não pesquise a fundo as peculiaridades da raça que quer adquirir. Afinal de contas, algumas são mais fáceis de ser treinadas, enquanto outras precisam de um adestrador profissional. E a educação do amigão de quatro patas é fundamental, pois, caso contrário, ele pode ser desobediente, agressivo, destruir a casa e até desestabilizar a harmonia do lar.

Nós, do Incrível.club, ressaltamos que ao levar um animal para casa você adquire uma responsabilidade colossal e muitas preocupações. Portanto, decidimos alertar sobre algumas nuances de raças populares que muitas pessoas compram sem pesquisar, e depois acabam abandonando o bichinho. Confira!

1. Husky siberiano

Os filhotes de husky siberiano lembram muito os adoráveis filhotes de lobo, com aqueles olhos azuis e corpo todo felpudo. No entanto, quando crescem, se tornam muito ativos e brincalhões, e a falta de atividade física pode fazer com que comecem a estragar tudo dentro de casa. Além disso, os criadores dessa raça se queixam do apetite desenfreado do cão, como também da grande perda de pelagem, que se não receber o devido tratamento pode causar a presença de toneladas de pelos pela casa. Mesmo que você limpe todo dia, será em vão — continuará caindo.

“Não se deixe seduzir por aqueles lindos olhos azuis. Naturalmente, o husky é acostumado a puxar trenós junto com seus companheiros. Quando comprei minha cadela Runa, tive que deixar o emprego por um tempo, porque, caso contrário, ela destruiria o apartamento sozinha. Nossa família inteira parou de usar chinelos em casa porque a Runa comia todos. A única maneira de passear era na coleira — ela rosnava para os cachorros, corria atrás dos gatos, adorava comer lixo e constantemente tentava fugir. Além disso, à noite uiva como um lobo. E também adora criar ’esconderijos’ — sempre encontramos ossos no armário ou debaixo dos nossos travesseiros”, compartilhou uma internauta sobre sua experiência com um husky siberiano.

Um típico dia de um husky siberiano

Outro internauta também compartilhou sua experiência, e os cães dessa raça, sem dúvida, terão o prazer de dar uma remodelada no interior da sua casa: “O husky siberiano tem habilidades de designer de interiores. O meu começou sua reforma pelo corredor da cozinha, arrancando o papel de parede. Eu, claro, terminei o serviço. Ele adora reorganizar todos os móveis que consegue mover (mesa da cozinha, cadeiras, mesa de cabeceira). Além disso, o husky mastiga tudo, não apenas sapatos. Adora desenrolar os novelos de linha, fugir com seu jeans novo, rasgar a meia calça da sua namorada. Tentando lutar contra isso, comprei vários brinquedos diferentes. As bolas de borracha são destruídas em 2-3 dias, uma de tênis dura apenas um dia.”

Outro internauta complementa: “Definitivamente, se você estiver querendo reformar o apartamento, mas não consegue, precisa arranjar um cachorro, dê preferência um husky siberiano”.

2. Rottweiler

Essa raça pode ser um eficiente cão de guarda e um membro carinhoso da família. No entanto, precisa de uma pessoa com pulso forte por perto. Às vezes, mulheres e crianças não conseguem lidar com um rottweiler. Além disso, a raça tem um histórico de agressividade e desobediência. Na maioria das vezes, é um reflexo de uma má educação do animal. E, quando o rottweiler oferece o primeiro sinal de perigo, muitos donos não conseguem lidar e já procuram um novo lar para o cachorro.

"Comecei a morar com um cara, e ele imediatamente quis ’dar o próximo passo’ em nosso relacionamento, para que nos tornássemos uma grande família. Filhos ainda não estavam nos planos, mas ele sempre sonhou em ter um rottweiler. Conseguir comprá-lo não era um problema, mas sim educá-lo, cuidar e estar comprometido nessa missão — tudo leva muito tempo, esforço e dinheiro. Nós sinceramente tentamos fazer isso juntos. Mas isso não muda o fato de que coisas eram quebradas e o chão sempre estava sujo. Então, tudo foi se acumulando. Logo os passeios, educação e alimentação foram sendo responsabilidades minhas. E depois se seguiu uma história de que meu namorado odiava o animal. A gota d’água foi quando nossa cadela se soltou da gaiola e mastigou o chinelo dele que custou 15 reais. A tranquei no quarto e observava como o homem que tanto queria um cachorro explodia de raiva pela casa. Parabéns para mim! Agora tenho um rottweiler para criar e ainda ouvi um “Você me trocou por um cachorro”, compartilhou uma internauta sobre sua experiência.

Uma mulher tem um abrigo para rottweilers e outros animais abandonados: “Não tenho preconceito com jovens, mas acredito que se uma pessoa é responsável, então ela é responsável desde pequena. Faço muitas concessões a meninas de 22-23 anos. Se um cachorro for bem criado, não importa o seu tamanho, ele passeia na coleira, obedece à dona e não a arrasta por aí. Além disso, para os jovens é mais fácil, pois se não sabem de algo, basta perguntar, não hesitam em escrever, telefonar e fazer perguntas sobre como educar o cão. E quando vêm adultos com menos de 50 anos, pergunto: ’Quando você viajar de férias, onde vai ficar o cachorro?’, geralmente respondem: ‘Bem, não sabemos’. Continuo: ‘Você precisa andar com ele duas vezes por dia, independentemente do clima’. ’Oh, preciso acordar às 6 h da manhã? Ok, vou pensar sobre isso’. Eles vão embora e nunca mais voltam”.

3. Pastor-da-ásia-central

Essa raça gigante é frequentemente usada como cão de guarda em propriedades privadas, mas depois que envelhece, as pessoas terão dificuldade em levar um animal enorme para o apartamento. Além disso, se o cachorro viveu a vida toda em uma área livre, na maioria das vezes não conseguirá se acostumar com o ambiente apertado de um apartamento, por isso é muito difícil de acomodá-lo depois que atinge certa idade. Essa raça é difícil de lidar, precisa ser amada e de atenção e, o mais importante, deve entender quem é o dono da casa.

Este relato prova a importância de uma criação correta: “Uma mulher apareceu no clube de criadores de cães implorando para alguém adotar seu pastor-da-ásia-central de um ano e meio. Tinha todos os documentos, um pedigree maravilhoso, era lindo. O problema principal é que a mulher dedicou pouco tempo para ele. E o tempo que investiu com não foi com educação, mas apenas puro afeto, concessões e outros cuidados. O animal nunca foi adestrado. Como resultado, ele decidiu tomar o lugar de líder de sua pequena matilha. E sua dona, por não se impor, não foi capaz de reverter a situação. E agora — atenção — a questão principal: quem estava disposto a ficar com um cachorro crescido de um ano e meio de idade? Isso mesmo, ninguém”.

"Algumas pessoas têm medo de Zeus por causa de seu tamanho, mas ele é muito fofo".

“Meu marido é adestrador. Uma vez, um potencial cliente ligou e, após as negociações, trouxe um cachorrinho de cinco meses, uma fêmea de pastor-da-ásia-central, para treinamento e hotelzinho, enquanto o homem reformava a casa e construía um criadouro de aves. O primeiro mês fluiu conforme o acordado, nós treinamos o animal, o dono compareceu ao treinamento e pagou certinho. O segundo começou com chegadas atrasadas nas aulas e demora nas transferências bancárias. No terceiro, ele ficou assombrado com o tamanho do cachorro, trouxe um saco de ossos em vez de dinheiro para a ração. Depois disso, simplesmente desapareceu. Passamos um mês ligando e o cara não atendia, esperávamos que ele viesse buscar a cadela, mas não apareceu. Todos os nossos amigos sugeriram que a vendêssemos, mas meu marido já estava tão acostumado com ela que a adotou. A cadela cresceu e se tornou um cão bonito, inteligente e bem treinado. Athena tem nove anos e ainda não conseguimos entender como alguém abandona seu animal”, compartilhou uma internauta.

4. Buldogue-inglês

Um Bulldog inglês tentando passar pela porta do gato.

A aparência do buldogue pode assustar qualquer potencial intruso, mas isso é tudo de que ele é capaz. Após décadas de criação, o buldogue perdeu grande parte da sua ferocidade. Hoje em dia, é um cachorro muito dependente do dono, e tê-lo em casa é comparável aos cuidados de um bebê. Por causa de sua fisiologia, os buldogues exigem muita dedicação, começando pela necessidade de uma massagem regular, já que essa raça não consegue se coçar, muito menos se lamber, e acaba precisando de limpeza diária.

Manter um buldogue pode ser bastante caro. Muitos têm problemas de saúde e também são avessos a esforços físicos intensos. “Se eu soubesse quanto gastaria com veterinário, dificilmente compraria um buldogue inglês. Em três anos já fizemos uma operação para remover um adenoma na pálpebra superior, ele já sofreu algumas crises graves de cistite crônica, uma insolação e uma cesárea — as fêmeas não conseguem dar à luz sozinhas filhotes que têm cabeça grande. Além disso, a Samanta tem displasia nos membros” — compartilhou um internauta sobre sua experiência com o buldogue inglês.

5. Dachshund (salsicha)

Uma das raças mais conhecidas e queridas do mundo, principalmente pelo seu tamanho compacto. Mas poucas pessoas esperam ter um cão travesso em casa. O mau comportamento do dachshund é resultado de pouca atividade física e, se ele fica ocioso, prepare-se para uma verdadeira confusão dentro do seu lar. Por isso, as pessoas que adquirem essa raça e esperam um cachorro que fica quietinho no sofá se desapontam.

Eis uma das críticas mais recorrentes sobre os salsichas: “Na primavera, decidimos comprar um cachorro. Escolhemos um dachshund. No início estava tudo mais ou menos bem: tentativas de mastigar os fios, cocô fora do lugar e um chororô de madrugada, mas pensamos que era por ser um filhote. Tentamos acostumá-lo a fazer as necessidades no tapete no banheiro, mas ele sempre fazia no lugar errado quando não estávamos por perto. Seu amor por fios só crescia à medida que o tempo passava. Compramos muitos brinquedos, ossos — mas, claro, ele preferia os fios. O cabo da internet, dois carregadores meus, o fone de ouvido do meu marido — foram todos destruídos por ele. Que ainda era muito ativo, simplesmente não era para nós. Cansados da situação, tivemos que entregá-lo em mãos melhores.”

No entanto, todas essas dificuldades não diminuem até mesmo para aqueles que conhecem bem com quem estão lidando. “Essa é uma raça esperta, atrevida e presunçosa. Mas muito emocional. Moramos em uma casa de madeira, com aquecimento à lenha, no inverno faz calor apenas perto da lareira, mas o chão é frio. Vou até minha dachshund, a envolvo com uma manta costurada especialmente para ela, que sorri em resposta. Sim, ela sorri em forma de agradecimento. E olhando para esse sorriso, você esquece todas as coisas ruins que aconteceram durante o dia.”

É simplesmente impossível resistir à persistência do dachshund: “Quando era criança, fomos fazer um piquenique em família em uma floresta. Estávamos sentados juntos à fogueira, almoçando, e um dachshund magricela e maltrapilho saiu da mata. Nós o alimentamos e, quando fomos voltar para casa, pedimos ao nosso pai para levá-lo, mas ele não deixou. Entramos no carro, e o cachorro veio correndo atrás. Meu pai acelerou, mas o bichinho não desistiu. Meu pai freou o carro, agarrou o cão e o trouxe para dentro. Ficamos caladinhos o caminho inteiro com medo do nosso pai mudar de ideia. Não encontramos os antigos donos, e ele viveu conosco por 15 anos, era um amigo leal”.

6. Pastor alemão

Muitos cachorros dessa raça trabalham a vida toda na polícia, no exército ou até como guardas em empresas, e quando se “aposentam” precisam achar uma nova família. Muitas pessoas também passam a querer um pastor alemão depois de assistirem a seriados policiais. E, como resultado, geralmente não estão prontas para dar ao animal um treinamento adequado, ou não conseguem lidar com seus instintos naturais.

“Minha amiga doou seu pastor alemão por causa da sua natureza agressiva. O cachorro chegou até a morder a irmã mais nova dela. Eles tentaram educá-lo, mas não funcionou. Não tinham paciência ou experiência suficiente. Foi mais fácil encontrar um novo dono. Eles apenas visitavam o animal esporadicamente. Aliás, ele se adaptou muito bem à nova família”, compartilhou um internauta em um fórum na internet.

“Meu pastor alemão de 42 kg gosta muito de ser inconveniente”

7. Jack russell terrier

Um cachorro de porte pequeno, que parece ser conveniente de criar em um apartamento. Mas, apesar da sua carinha fofa, a personalidade do jack russell terrier é bastante difícil. A raça foi criada para ser de caça. Esse cão adora regras e rotina, e está disposto a cumpri-las, desde que o dono não se contradiga. Não o deixe subir no sofá hoje, e amanhã tente proibir. Se é proibido, é proibido para sempre. Ele tem muito energia e não fica mais calmo com a idade. Os machos estarão sempre desafiando sua liderança na matilha.

“Quatro anos atrás, vi um anúncio e comprei um jack russell de um ano. Imediatamente o levei para o parque, ele perseguiu os gatos, latia para tudo, em geral comportou-se de forma muito alegre. Ao chegarmos em casa, logo no primeiro dia ele começou a questionar minha liderança: subiu na minha cama e não me deixou chegar perto. Ou seja, queria que eu o reconhecesse como o chefe da casa e me deitasse, aparentemente, em sua cama. Tive que tirá-lo com uma vassoura, porque ele começou a me atacar. No processo da nossa relação, ele me mordeu gravemente várias vezes. Não podia continuar assim, então o levei a um psicólogo para cachorros. Ele foi diagnosticado com um distúrbio de confiança, aparentemente seus donos anteriores batiam nele, por isso não confiava nas pessoas”.

“A propósito, o tratamento com o especialista foi focado na relação com humanos, já que o comportamento do cachorro reflete a forma que a pessoa o trata. Fiz o que pude para conquistar a confiança do Besouro: passeava muito, dava muitos petiscos, levava-o comigo para todos os lugares, até mesmo para a praia. Acho que Besouro me ama à sua maneira. Quando está de bom humor, se aconchega comigo e pode ficar assim a noite toda. Mas devido ao seu trauma de infância, ele é estranho. Por exemplo, quando uma pessoa está pronta para quebrar todas as minhas regras, como dar comida na mesa, deixá-lo subir na cama, ele imediatamente sorri para mim, e fico com medo novamente. Mas além das minhas mãos, o Besouro não mordeu nem estragou nada em casa”.

No entanto, nem todo mundo teve sorte: “Minha cadela mastigava tudo que estava no chão. Rasgou o papel de parede de dois quartos. E quando seus dentes estavam nascendo, ela se comportava como uma criança mimada. Pelo menos nesse período comia menos as coisas. Em geral, é uma raça que não fica quietinha dentro de casa. Esses cachorros também adoram cavar buracos. Moramos em uma casa, então ela faz isso na rua, mas o do meu amigo tentou abrir o piso laminado. Portanto, pense bem antes de comprar um jack russell terrier”.

8. Pittbull

É considerado um cão de luta. Era incrivelmente popular nos anos 90. Hoje em dia, o interesse pela raça diminuiu um pouco, mas principalmente homens ainda a criam para tentar passar uma imagem de “bad boy”.

Muitos pitbulls são abandonados e precisam de uma nova família devido ao fato de que os proprietários não têm tempo para lidar com a educação adequada do animal: “Quem pensa em ter um pitbull precisa pensar com cuidado. Essa raça é um teste muito bom para quem ainda não tem filhos, pois se trata de um cachorro com personalidade de criança — você pode educá-lo, mas será um esforço equivalente a criar uma criança. E sobre eles serem agressivos, as pessoas também têm personalidades diferentes”.

“Este é o Atlas. A maioria das pessoas não gosta dele porque é um pitbull, mas tudo o que ele quer é amor e estar na moda”

Muitas vezes acontece o contrário, quando o animal é comprado para ser de guarda e acaba sendo dócil demais. Às vezes, essa raça só parece intimidadora: “Se você se propuser a criar um monstro agressivo, pode fazer isso com qualquer cachorro, o que a raça tem a ver com isso? O meu caminha comigo sem coleira, e nunca tomou uma ação agressiva. Se você tem interesse em ter um pitbull, tenha sem hesitar. Será um grande companheiro. Apenas não o ensine a ser agressivo. E tudo que dizem de negativo sobre a raça vem da ignorância de não a conhecer a fundo”.

Quando dizem que a personalidade do animal depende de como ele é criado, isso é verdade. E este relato é a prova viva: “Um dia estava caminhando para casa e de longe notei uma mulher brincando com um filhote de pitbull. Então, ele me notou, correu até mim e começou a rosnar. A dona o chamou, chamou, e nada de o cachorro atender. Então ela disse: ‘Fiquei ofendida, vou para casa!’ O bicho não teve reação, toda sua atenção estava em mim. E a mulher realmente foi embora. O cão ficou na minha frente rosnando, e parecia uma eternidade. Até que um homem assobiou da varanda, e o cachorro voltou correndo para casa”.

“Quero mostrar esta foto para pessoas que pensam que os pitbulls são sem coração e agressivos. Meu querido menino no dia em que o tirei do abrigo onde ele passou quase um ano”.

9. Cocker spaniel

Muitas pessoas não conseguem lidar com os instintos de cão de caça dessa raça, que persegue gatos e arrasta pássaros para dentro de casa. Além disso, a saúde e a aparência de qualquer cocker spaniel requer muita atenção: cuidado com a pelagem, os olhos e os ouvidos, que são propensos a doenças. Muitos donos não prestam atenção a esses detalhes. A raça é de caça e exige muito cuidado com o pelo e problemas de estresse. A atividade física é fundamental.

Além disso, o cocker costuma causar problemas com os vizinhos: “Nossa cadela é muito emotiva. Na verdade, é superemocional! Ela simplesmente não suporta ficar sozinha. Quando a deixamos em casa, fica latindo sem parar. Às vezes por meia hora, e em outras não para até chegarmos. Agora estou em licença-maternidade e a maior parte do tempo estou em casa, mas não sei o que vai acontecer quando voltar a trabalhar. Afinal, quando estou fora por algumas horas os vizinhos já reclamam constantemente dos latidos intermináveis”.

Por isso, sempre pesquise sobre a raça e evite ser um dono irresponsável: “Alguns anos atrás, estava visitando uns parentes e eles tinham um cocker spaniel gentil e amoroso com as crianças. Seis meses se passaram e, quando fui novamente até a casa deles, o cachorro tinha desaparecido. Quando perguntei onde ele estava, me disseram que cresceu demais, começou a destruir tudo, então se livraram dele. Outra vez, quando fui visitá-los novamente, estavam superfelizes porque iam comprar um yorkshire. Quando os questionei se iriam abandoná-lo também, disseram que esse era pequeno e seria diferente. Quando lembro do cachorro anterior, entendo que pessoas assim ficam melhor se não tiverem animais”.

10. Labrador

labrador acaba sofrendo com a imensa popularidade da raça, que é tida como um companheiro ideal para a família e uma verdadeira babá para as crianças. Além disso, esses cães são frequentemente usados em campanhas publicitárias, que geralmente mostram uma mãe feliz junto de seu filho pequeno e um labrador. E, assim, pessoas acabam acreditando no comercial, comprando labradores e só então percebem que eles não são um brinquedo pré-programado: têm um cheiro característico, soltam muitos pelos, babam, e, no geral, têm algumas características que para alguns podem ser desagradáveis, e que, claro, não são mostradas nas propagandas.

Eis o resultado da falta de tempo e de atenção dos donos à educação de um labrador: “Tudo começou quando não estávamos conseguindo educá-lo a ir ao banheiro no local correto (e esse problema persistiu até o fim!). Na rua, a guia da coleira vivia esticada, pois ele não queria ficar por perto. A sensação era de como se o cachorro estivesse levando você para passear e não o contrário. Em casa, além dos tapetes destruídos, havia muitos chinelos destroçados. Depois, ele começou a fugir. Eu, grávida, tinha de correr atrás dele toda preocupada. E o que mais me deixava triste era que ele atendia o chamado de estranhos, mas não o nosso. Naquela época, já estava cansada de tudo isso. Tive um parto prematuro, tinha um bebê para criar e ninguém para ajudar. Então, minha paciência acabou quando passei a encontrar pelos por todo lugar. Inclusive nas fraldas. Acabamos dando ele de graça a pessoas desconhecidas. Chorei todo dia nos primeiros seis meses, e talvez por isso meu leite secou cedo demais. Já se passou um ano e meio, e eu ainda me culpo por ter decidido comprá-lo. Talvez ele pudesse ter tido donos melhores do que eu e meu marido”.

“Depois que adquiri um labrador, começaram a me perguntar como fiquei com os braços tão fortes. Então, apenas mostro a coleira e olho para a rua”.

Uma internauta descreveu detalhadamente como é a vida com um labrador: “Ele é muito astuto. Por exemplo, quando vê que estou por perto e que estou olhando, ele sabe que não pode morder a perna de cadeira. Então, pega um dos seus brinquedos, coloca perto do móvel e finge morder o brinquedo, mas, na verdade, está o tempo todo mordendo a cadeira. O labrador é como uma criança curiosa: tem que meter o nariz em tudo. Quando chego do supermercado, verifica as sacolas. Além disso, realmente não entende por que o expulso da cama — afinal, ele estava apenas deitado. Cedo ou tarde, você vai ceder, então ele vai começar a dormir ao seu lado. A comunicação com essa raça é na base do monólogo: “Venha aqui; não pode fazer isso; cuspa; aonde você vai? Pare!”

Outro internauta compartilhou sua história: “Com 12 anos ganhei um labrador. Crescemos juntos, agora ele tem 14 anos. É um amigo fiel e mora comigo. Há um ano conheci uma garota, e depois de um tempo, ela veio morar comigo. Mas desenvolveu alergia ao pelo dele, não queria tratar e depois ainda insistiu que eu desse meu cachorro ou o colocasse para dormir fora do quarto. No final, ela me deu um ultimato: ela ou o cão. Óbvio que escolhi o animal, nunca me arrependo disso. Apenas entendi que aquela não era a pessoa certa para mim, mesmo sendo difícil não a ter mais por perto”.

11. Akita inu

Os rostinhos sorridentes dessa raça ficaram bastante conhecidos após o filme Sempre ao Seu Lado. No entanto, no dia a dia, um akita não costuma ser tão “tranquilo” como aparenta. Esses cachorros têm um caráter peculiar: são bastante perspicazes, inteligentes e amam seu dono imensuravelmente, mas fazem questão de frequentemente demonstrar que não precisam dele para sobreviver. Além disso, desconfiam de estranhos e não se dão muito bem com crianças desconhecidas. E os cães adultos costumam ser agressivos com outros animais, especialmente com indivíduos da mesma raça, podendo atacar sem nenhum aviso prévio, independentemente do tamanho do outro.

“Decidimos dar o nosso cachorro, pois ele acabava sendo agressivo com as crianças. Reconheço que também erramos, mas eu não esperava que ele fosse tão diferente do Hachiko, do filme. Uma pena que descobri tarde demais sobre a menor conexão da raça com os humanos: o Hachiko simplesmente fazia o que queria. E assim são todos os akitas” — contou uma antiga dona de um animal dessa raça.

“Há pelo por todo canto. Ele cai sem parar. Você penteia e penteia com a rasqueadeira, mas ainda assim não cai menos”.

Apesar disso, algumas pessoas encontram seu companheiro no akita: “Por muito tempo, ninguém me convenceu a adotar um cachorro. Só o pensamento de ter de levá-lo para passear duas ou três vezes por dia me deixava horrorizado, somado aos sapatos estragados, móveis mordidos e as boas relações com os vizinhos abaladas, afinal ninguém gosta de latidos e reclamações, que o acompanhariam. No mais, seria necessário alimentá-lo, educá-lo, penteá-lo e levá-lo à clínica veterinária. Eu — uma pessoa preguiçosa e amante dos jogos de computador — claro, jamais ficava entusiasmado com a ideia de criar um cão. Nunca, nunca vá olhar filhotes! Quando meu bonitão veio parar nos meus braços, eu já estava pronto para arranjar qualquer dinheiro que fosse necessário para criá-lo! Como resultado, já faz três anos que temos um cãozinho que não late, nunca danificou um móvel ou peça de roupa, nunca pede para passear e não exala o característico ‘cheiro de cachorro’. Perto de casa há uma lagoa e uma floresta ao redor. Passear com ele por lá é um verdadeiro prazer. Mesmo estando cansado depois do trabalho, vamos dar um passeio na floresta. Minha esposa e filha ficam com ciúmes, pois acham que eu amo nosso cão mais do que elas. Mas o principal é que nunca me arrependi de tê-lo adotado”.

Você tem um cachorro? Qual a raça dele? Que desafios já enfrentou na educação do seu pet? Conte para a gente na seção de comentários.

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