11 Detalhes sobre a vida dos gladiadores que não contam nos filmes

Arte
há 2 anos

Os filmes sobre gladiadores têm o poder de nos transportar para a Roma Antiga e nos fazer testemunhar esse acontecimento particular de ação e emoção. Mas, no final das contas, não deixa de ser ficção baseada em fatos históricos que nem sempre são fiéis ao que realmente aconteceu ou que foram modificados para se adequar ao roteiro.

É claro que esses lutadores existiram, mas não foram necessariamente retratados com fidelidade. Por isso, no Incrível.club, quisemos saber como viveram e desenvolveram esse trabalho na vida real e encontramos algumas curiosidades que não são mostradas nas telonas.

1. Nem sempre havia um final trágico

Muitas vezes, os filmes mostram que essas batalhas tinham um desfecho trágico para alguns dos combatentes, mas, na verdade, nem sempre era assim. Manter um gladiador era algo caro, então seus treinadores não queriam perdê-lo em combate. A morte ocorria apenas se os derrotados estivessem muito feridos, como uma maneira de lhes dar um fim mais digno, sem deixá-los sofrer na arena.

2. Os gladiadores não eram somente escravos

A adrenalina e a emoção geradas na população pelas lutas bastavam para que alguns quisessem participar voluntariamente. Na realidade, os lutadores não eram apenas escravos obrigados a dar suas vidas pelo entretenimento alheio, simples cidadãos da Roma Antiga também se voluntariavam a lutar.

Esses voluntários eram principalmente ex-soldados ou homens desesperados em busca de dinheiro e glória, embora houvesse também cavaleiros da classe alta e até mesmo senadores que queriam demonstrar suas habilidades como guerreiros. Até o próprio Imperador Cômodo participava como mais um gladiador, já que era um fã fiel desse espetáculo.

3. Os combates eram coreografados e não tão espontâneos

As batalhas corpo a corpo que vemos nas produções hollywoodianas na verdade não eram um combate espontâneo, mas se assemelhavam mais a uma peça teatral, já que eram coreografadas para que durassem mais e fossem mais divertidas. Suas armaduras, além de serem suas vestimentas, ainda os protegiam de se machucar rapidamente.

A diferença é que a peça não terminava com a cortina e aplausos, mas sim com seus protagonistas saindo com grandes danos físicos.

4. Também lutavam na água

As batalhas também tiveram sua versão aquática, inventada por Júlio César. Elas eram chamadas de naumachia ou batalha naval e consistiam em uma luta de prisioneiros a bordo de navios navais. A primeira foi feita em um lago artificial perto do Campo de Marte e as pessoas se aglomeraram para assisti-la.

5. Existiam diferentes tipos de gladiadores

Os encarregados de dar esse espetáculo não eram todos iguais, havia diferentes tipos de gladiadores, cujos desempenhos e armamentos também eram diferentes.

Entre os mais populares estavam os Andabatae, que tinham capacetes que bloqueavam a visão e lutavam cegamente por motivos cômicos; os Catervarii que lutavam em grupos; os Equites, que usavam cavalo; os Hoplomachi, que eram os mais fortes, blindados e armados; os Mirmillones, que lutavam contra os gladiadores Retiarii ou Thraces, entre muitos outros.

6. Eram eventos de um dia inteiro

Assistir aos gladiadores não era apenas um espetáculo de alguns minutos, mas também eventos que duravam o dia todo e eram mostradas diferentes atrações. De manhã, havia a luta dos homens chamados Venatores com animais selvagens. Ao meio-dia havia a execução pública dos criminosos e, finalmente, as estrelas da jornada, os gladiadores, faziam sua aparição à tarde.

7. Nem sempre eram eventos massivos

As batalhas eram grandes eventos e convocavam muita gente, pois, com as corridas de cavalos, constituíam o principal espetáculo de entretenimento, como ocorre hoje com o cinema e o teatro. Apesar disso, só eram realizados em ocasiões especiais, nas quais compareciam os espectadores mais ricos e poderosos, pois era muito caro colocar os gladiadores para lutar.

Por isso, a maioria das lutas ocorria em uma escala menor e eram combates realizados entre lutadores e em uma arena vazia.

8. Os fãs pagavam para limpar seu suor

Não há nada escrito sobre os gostos, mas os fãs daquela época também costumavam fazer coisas estranhas por seus artistas e personalidades favoritos, como em nossos dias. Como os gladiadores eram as celebridades da época, as mulheres ricas pagavam para limpar o suor e a sujeira dos lutadores depois da batalha para fazer tônicos hidratantes.

9. Os gladiadores não lutavam contra os animais

A imagem de um homem com armadura lutando corpo a corpo com um animal selvagem é uma imagem gravada no imaginário das pessoas sobre o que um gladiador fazia, mas, na realidade, isso não acontecia.

Os gladiadores apenas lutavam entre eles e, embora os animais estivessem presentes na arena, eles eram reservados para os Venatores ou para o espetáculo Damnatio ad Bestias, um tipo de punição exemplar ordenada pelos imperadores romanos.

10. Treinavam em escolas específicas

Os lutadores tinham um treinamento rigoroso nas escolas, onde não só se preparavam para a luta, mas também viviam e eram propriedade dos seus senhores. Ao entrar, assinavam um contrato que especificava o tipo de lutador que se tornariam e quantas vezes lutariam ao longo de um ano.
Seus senhores também tinham controle sobre suas vidas e até sobre seus relacionamentos amorosos.

Além disso, quem por qualquer motivo desobedecesse às regras era punido e podia ser condenado à morte.

11. Existiam também gladiadoras

Os protagonistas dessas lutas não eram apenas homens, mas as mulheres também tiveram seu espaço. Como geralmente os lutadores eram homens, as lutas femininas eram vistas como algo diferente, embora para alguns fosse considerado indigno. Qualquer que fosse a opinião, era uma modalidade de luta perfeitamente aceitável, sendo ainda um trabalho bem remunerado, que lhes permitia sobreviver de forma independente.

Quais são seus filmes históricos favoritos? Como acha que era viver naquela época?

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