Um golfinho adota uma pequena baleia órfã e surpreende os especialistas

Animais
há 5 anos

Embora existam muitos estudos, ainda sabemos muito pouco sobre os animais. Quando menos esperamos, eles encontram novas maneiras de nos surpreender: alguma espécie que pensávamos extinta de repente aparece, algum animal realiza alguma façanha que parecia impensável, e muito mais. A história de hoje fala sobre amor e solidariedade. O protagonista, um golfinho fêmea, mostrou que os animais são uma fonte inesgotável de carinho, principalmente com os filhotes.

Confira a história que o Incrível.club preparou para você sobre um golfinho que adotou uma baleia órfã. Esperamos que vocês fiquem tão emocionados quanto nós. E prepare-se para o bônus que trazemos no final. Se você ama golfinhos, vai se apaixonar ainda mais.

Golfinho-nariz-de-garrafa

A imagem é apenas ilustrativa.

A mãe adotiva é um golfinho-nariz-de-garrafa, talvez a espécie mais conhecida de golfinho. O famoso Flipper, por exemplo, era dessa espécie. Existem outras 29 espécies, e uma delas não tem uma boa fama: a orca, que muitos pensam que é uma baleia, mas não é.

Os golfinhos-nariz-de-garrafa são mamíferos e vivem em grupos de 12 integrantes. Eles costumam aparecer em segundo lugar na lista de animais mais inteligentes, depois do ser humano. As fêmeas chegam a viver 40 anos e os machos raramente ultrapassam os 30. Eles se comunicam com uma linguagem complexa de sons e movimentos do corpo.

Normalmente, eles procriam a cada 2 ou 3 anos, a gestação dura entre 11 e 12 meses e o período de amamentação pode durar até um ano e meio. A mãe não se separa do filhote até ele completar 6 anos.

Baleia-cabeça-de-melão

A imagem é apenas ilustrativa.

Dentro do grupo das baleias costuma-se incluir não apenas os balaenidae, mas todos os grandes cetáceos. É por isso que algumas espécies de golfinhos costumam ser consideradas baleias, embora cientificamente elas não sejam. A orca é um exemplo. Na realidade, ela é uma espécie de golfinho, assim como os “cabeça-de-melão”. Contudo, existem claras diferenças entre o “nariz-de-garrafa” e o “cabeça-de-melão”, e até agora não há registros de que eles possam ser criados juntos, ou de que qualquer tipo de vínculo seja possível.

O “cabeça-de-melão” vive em grupos maiores (de 100 até 1000). Eles não foram tão estudados quanto os “nariz-de-garrafa”, porque o seu comportamento permite apenas que eles sejam estudados em casos de arrojamento. Portanto, ainda não foi confirmado que eles sejam tão inteligentes quanto os “nariz-de-garrafa”.

A descoberta

A descoberta foi realizada nas águas de Rangiroa, um atol do arquipélago de Tuamotu, na Polinésia Francesa, e foi registrada pela pesquisadora Pamela Carzon e sua equipe do Groupe d’Étude des Mammifères Marins (GEMM) em Tiputa.

Segundo a pesquisadora, “uma fêmea que, além de sua própria cria, cuida de um bebê de uma espécie diferente, é algo muito surpreendente”. Existem muitas histórias de fêmeas “nariz-de-garrafa” que, por não terem filhotes, sequestraram crias de outras espécies. Entretanto, em geral elas os abandonam algum tempo depois.

Nesse caso específico, a história é diferente, já que a fêmea tem sua cria biológica. A equipe estava tirando fotos das duas espécies quando percebeu os 3 animais (o golfinho fêmea adulta e os 2 filhotes) nadando juntos. O filhote “cabeça-de-melão” estava mamando na fêmea. Além disso, ele interagia com os outros golfinhos e até se comportava de maneira parecida.

Possíveis explicações

Segundo os especialistas, essa particular adoção poderia ter como causas a inexperiência da fêmea adulta em relação à maternidade e o contato que ela teve com mergulhadores, um sinal de que ela já está acostumada com outras espécies.

Outra explicação seria que o filhote teria sido abandonado por outra fêmea que o tivesse sequestrado. São apenas hipóteses, portanto não se descarta a possibilidade de que seja apenas um ato de solidariedade com um animal pequeno e sozinho. Os animais são surpreendentes e os pesquisadores acham que eles são capazes, entre outras coisas, de um ato de amor.

Bônus: 5 espécies de golfinhos

Orca

Boto-cor-de-rosa

Baleia-branca

Golfinho escuro, ou de Fitz Roy

E outra foto do “nariz-de-garrafa”, nosso preferido

Você conhece algum caso de um animal de uma espécie que tenha adotado um filhote de outra espécie? Já testemunhou algo assim? E você acha que os animais são capazes de sentir amor como nós? Compartilhe a sua opinião nos comentários.

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