bem que na minha escola poderia ter isso
Uma menina de 9 anos propôs que criassem um banco da amizade em sua escola para as crianças que se sentiam sozinhas
A amizade é uma das relações afetivas mais importantes na vida de qualquer pessoa. Desde a infância, criamos laços que se tornam essenciais e que integram alguns valores como o amor, a lealdade, a solidariedade e a empatia. Haizea, uma garota espanhola, escreveu uma carta para a diretora da sua escola, pedindo para ela criar um “banco da amizade”, para ser usado por qualquer criança que se sentisse sozinha. Dessa forma, seria fácil para as outras perceberem sua solidão e se aproximarem para brincar com ela.
Silvia, uma colaboradora da instituição, contou ao Incrível.club os detalhes desse pedido admirável e que, certamente, trará mudanças favoráveis para as crianças e, ao mesmo tempo, poderá servir de inspiração para outras escolas fazerem o mesmo.
O início de uma ideia notável e revolucionária
Ao fazer uma pesquisa sobre bullying em escolas, Haizea descobriu uma iniciativa interessante de uma garota americana chamada Acacia Woodley, proposta em 2013, em que sugeria a criação de um banco da amizade em sua escola. Essa garota nasceu sem uma mão e com a outra mão deformada e, ao longo da vida, sempre notou que as pessoas a olhavam diferente. Aos 10 anos, teve a brilhante ideia de sugerir a criação de um espaço dedicado especialmente para quem precisasse de um amigo, de um pouco de apoio, de companhia ou do calor de um abraço.
Uma surpresa comovente na caixa de sugestões
Olá, Ana, gostaria que tivesse um banco da amizade no pátio. Precisa ser colorido, com um letreiro dizendo “banco da amizade”, para quem se sentir só se sentar e quem o vir sentado perguntar:
Quer brincar comigo?
OBRIGADA
Quando Haizea soube dessa história, achou que seria uma boa ideia propor o mesmo para a sua escola, então escreveu uma bela carta e a colocou na caixa de sugestões. No texto, expressou sua vontade de implementar a mesma iniciativa, indicando que o banco tinha de ser colorido e deveria estar localizado no pátio, para que as crianças que se sentissem sozinhas pudessem se sentar nele. Dessa forma, outras poderiam se aproximar para chamá-la para brincar.
“A ideia surgiu após pesquisas e trabalhos sobre bullying. Haizea é muito observadora e notou que, embora sua escola tivesse muitos alunos, alguns deles brincavam sozinhos. Por esse motivo, considerou que um banco da amizade seria ideal para o local”, comentou Silvia.
Um desejo que se tornou realidade
“BANCO DA AMIZADE”
Rapidamente, o conteúdo da carta ficou conhecido em sua escola e todos ficaram encantados e comovidos com a sua proposta. Silvia disse que ficou muito animada e orgulhosa ao saber que uma menina de 9 anos tinha pensado em algo assim, pois é uma demonstração clara da bondade e da inocência das crianças. “É importante ouvir os pequenos, porque a perspectiva de mundo deles é muito diferente da de um adulto. Devemos dar a eles a oportunidade de se expor e de expressar o que pensam, seja na forma de uma carta ou por qualquer outro meio”, acrescentou.
Depois de escrever o pedido, passaram-se algumas semanas até a ideia se tornar realidade. O banco da amizade foi pintado respeitando as cores propostas por Haizea e foi colocado no pátio, para que as crianças o utilizassem quando achassem conveniente.
A resposta positiva das crianças
Desde que começaram a pintar o banco, as crianças responderam de maneira muito positiva à proposta, demonstrando interesse em aprender mais sobre a iniciativa. Os professores da escola ficaram encarregados de explicar os objetivos do banco e estão muito felizes com todas as coisas favoráveis trazidas por essa iniciativa. O mais bonito é que Haizea teve coragem de compartilhar seu desejo, mostrando às outras crianças que elas podem traduzir suas ideias sem medo ou vergonha e deixando claro que é muito importante ter um espaço para compartilhar com outras pessoas e ajudá-las quando mais precisam.
O que você achou dessa iniciativa? Acredita que seria uma boa ideia implementá-la nas escolas do mundo todo? Deixe sua opinião nos comentários.