Scheila Carvalho remove ácido hialurônico do rosto e se choca com o resultado: “Meu olhar abriu”

Cerca de 800.000 anos atrás (eu não estava por perto), um asteroide gigantesco voou pelo espaço e despencou em direção à Terra. Ele atingiu nosso planeta com uma força enorme e cobriu 10% dele com pedaços de detritos rochosos pretos e verdes brilhantes, conhecidos como tectitos. Eles são pedaços de rocha que se liquefazem com o calor do impacto de um meteorito. Em seguida, esfriam e ficam parecidos com seixos escuros e vítreos. Uma trilha desses tectitos espalhou-se pelo sudeste da Ásia e chegou ao leste da Antártica. É assim que os cientistas sabem que aconteceu a queda de um meteorito gigante.
Eles passaram quase 100 anos tentando encontrar a cratera gigantesca causada pelo impacto. Mas os tectitos estavam muito espalhados. Por isso não se conseguia identificar a localização exata... Até recentemente. Uma equipe de especialistas de diferentes universidades tentou descobrir o marco zero do impacto do meteorito. Eles investigaram várias crateras na China e no Camboja. Mas nenhuma parecia ter sido criada pela queda de um meteorito.
Os especialistas então decidiram investigar o Laos, país onde foi descoberto o maior e mais concentrado número de tectitos. Após eliminar todas as crateras visíveis, a equipe surgiu com uma nova teoria: e se o local estivesse escondido por algo? Em busca dele, os cientistas mediram as leituras da gravidade em diferentes partes por todo o Laos. No lugar onde havia uma antiga erupção vulcânica, abaixo de camadas espessas e densas de lava vulcânica resfriada, eles descobriram uma grave anomalia gravitacional. Ooh!
Tratava-se de uma cratera grande e alongada, com mais de 90 metros de profundidade, se espalhando por 13 km de largura e 18 de comprimento. Com base na localização e no enorme tamanho do buraco, os cientistas acreditam que este seja o local do impacto do antigo meteorito. Enquanto isso, mais de 2 bilhões de anos atrás, muito antes da era dos dinossauros, a Terra foi atingida por um dos maiores asteroides que já se chocaram com o nosso planeta. O corpo espacial tinha aproximadamente de 10 a 14 km de diâmetro e criou a maior cratera de impacto da Terra, chamada de Vredefort.
Você pode encontrá-la na atual África do Sul. Quando foi formada, tinha um diâmetro gigantesco de 300 km. Ao longo dos séculos, a enorme cratera foi lentamente erodida e se transformou no Domo de Vredefort. É uma formação de colina rochosa que foi o local central do impacto do asteroide. Essa formação é tão grande que pode ser vista do espaço. Hoje, é um patrimônio mundial reconhecido. É também o lar de várias cidades e comunidades que incentivam os turistas a visitar o local.
Em 1943, um piloto desviou-se de sua rota de voo normal para evitar condições climáticas perigosas. Voando sobre Quebec, no Canadá, ele avistou uma grande bacia perfeitamente circular. Foi assim que a Cratera Pingualuit foi descoberta. Há cerca de 1 milhão e 400 mil anos, um meteorito atingiu o local, criando essa cratera de impacto pequena, mas profunda. Tem diâmetro de 3 km e profundidade de 400 m.
Um lago de águas azuis profundas formou-se no fundo da cratera. Acredita-se que ele contenha uma das águas mais puras do mundo, uma vez que não há entradas ou saídas. Isso significa que é preenchido apenas por chuvas e neve derretida. O lago é o lar de uma espécie de peixe, a Truta do Ártico. A Bacia de Sudbury também fica no Canadá. Formada há mais de 1,8 bilhão de anos, é uma das maiores e mais antigas crateras de impacto do planeta. Ela está localizada em Ontário. Mas o resultado da colisão foi tão forte que seus destroços foram encontrados a 800 km de distância, em Minnesota.
Ao contrário da maioria das crateras de impacto que têm uma forma circular, a Bacia de Sudbury é oval. Tem 62 km de comprimento com uma largura de 30 km. O local do impacto original pode ter tido espantosos 16 km de profundidade. Mas sua versão moderna é muito mais superficial. O asteroide que criou a Bacia carregava uma alta concentração de minerais naturais. Isso tornou o solo do buraco incrivelmente fértil. Hoje, é o lar de inúmeras fazendas de frutas e vegetais. Essa formação de cratera única da Bacia de Sudbury foi usada para treinar os astronautas da Apollo antes de embarcarem em suas missões à lua.
Talvez o meteorito mais famoso de todos seja o Chicxulub. Ele foi o responsável por exterminar 75% de toda a vida vegetal e animal da Terra, incluindo os dinossauros. Seu diâmetro era de 10 km quando atingiu nosso planeta, há 66 milhões de anos. A cratera fica na costa do México, escondida nas profundezas do leito do mar. Tem cerca de 150 km de diâmetro e 19 de profundidade. Recentemente, os cientistas conseguiram perfurar profundamente o pico mais alto do buraco de impacto para coletar amostras de rocha.
Eles descobriram que o desaparecimento dos dinossauros não foi causado pelo tamanho gigante do meteorito ou pela escala da explosão. Foi por causa do local exato onde atingiu a Terra. O meteorito se chocou com uma parte do nosso planeta que estava densamente preenchida com um composto mineral chamado gipsita, um mineral de sulfato macio que normalmente é usado como fertilizante. A colisão lançou tanto enxofre no ar que bloqueou o sol. Isso causou o longevo inverno escuro que condenou os dinossauros.
Uma das crateras mais jovens do planeta é a de Barringer, em Winslow, no Arizona. Ela também é uma das mais bem preservadas da Terra. Foi formada há 50.000 anos, quando um meteorito pesado, feito principalmente de ferro, despencou do espaço. A atmosfera da Terra mal diminuiu a velocidade do grande pedaço de metal, que colidiu com o solo com uma força incrível e vaporizou com o impacto, deixando poucos vestígios.
O buraco deixado por esta poderosa explosão recebeu o nome do homem que a identificou em 1903. Era um engenheiro de minas chamado Daniel Barringer. O diâmetro é de 1.200 m e atinge 170 m de profundidade. A família Barringer ainda é proprietária do local até hoje. Você pode visitá-lo e fazer uma excursão guiada ao redor da borda da cratera.
A de Popigai na Sibéria é uma das mais interessantes da Terra. Um impacto de asteroide há mais de 35 milhões de anos formou essa enorme bacia. A cratera tem 100 km de diâmetro, o que a torna a quarta maior do mundo. É um local único, pois abriga um dos maiores depósitos de diamantes do mundo. A intensa pressão da colisão transformou o grafite do ponto do impacto em diamantes. Os cientistas dizem que o buraco contém trilhões de quilates de diamantes. Mas ninguém nunca os extraiu devido à localização remota e à falta de infraestrutura.
No ano de 1530 antes de Cristo, um meteoroide entrou na atmosfera terrestre antes de se despedaçar. Os fragmentos em chamas do meteorito choveram no planeta e se espatifaram na superfície. Como resultado, um grupo de crateras apareceu em uma pequena ilha da Estônia, Saaremaa. A maior é um círculo perfeito de 110 m de largura, além 20 de profundidade, e é preenchido com água azul. Oito menores que apareceram durante a colisão podem ser encontradas em um raio de 800 metros da maior.
O impacto dos fragmentos do meteorito fez com que as árvores da ilha pegassem fogo. Quase todas as florestas foram queimadas. Felizmente, elas cresceram novamente e as crateras são um destino popular para caminhadas pelos turistas.
Um meteorito atingiu a área que hoje conhecemos como Quebec, no Canadá, há cerca de 200 milhões de anos. Essa colisão criou a sexta maior cratera de impacto do mundo. Ele tinha um diâmetro de 64 km. Ao longo dos séculos, a borda externa dela se encheu de água. Agora o local é conhecido como Reservatório Manicouagan. O lago que se formou é tão grande que pode ser visto do espaço. E sua forma estranha lhe valeu o apelido de “O Olho de Quebec”.
A cratera de meteorito mais antiga do mundo fica na Austrália Ocidental. A de Yarrabubba tem 2,2 bilhões de anos. (Essa recebe o meu voto para o melhor nome entre essas formações.) O local do impacto é tão antigo que a cratera original foi completamente erodida. O diâmetro da Yarrabubba era de cerca de 30 a 70 km. Os cientistas conseguiram descobrir a idade analisando os cristais e minerais antigos encontrados no local.