Um relâmpago pode ter dado início à existência da vida na Terra
Seu carro estraga no meio da rodovia e não pega mais. Um motorista amigável encosta perto e pega os cabos de transmissão de carga para conectar seu carro ao dele. Algumas faíscas — e seu carro volta à vida. E foi assim que a vida começou na Terra. Tipo isso.
Existe uma teoria de que a vida foi “iniciada” na Terra bilhões de anos atrás. Tudo começou com nuvens no céu.
Todos nós já ficamos sentados perto de uma janela em um dia chuvoso. Você gostaria era de sair e se divertir, mas a chuva forte lá fora fez você querer ficar na cama e se aconchegar.
Ainda assim, os relâmpagos e trovões o mantêm acordado. Sem nada melhor para fazer, você fica pensando em como o relâmpago se forma. Como eu disse, nuvens... E muitas outras coisas.
Veja: quando ocorre uma tempestade, o ar frio e o ar quente se encontram. O ar quente sobe para formar as nuvens de tempestade, que produzem gotículas. E o ar frio abaixo contém cristais de gelo. Durante uma tempestade, as gotas e os cristais se formam uma espécie de roda punk e se movem por toda parte. Todo esse empura-empurra, bate-bate, esfrega-esfrega criam cargas elétricas nas nuvens.
Se você já trocou as pilhas de um controle remoto, deve ter visto um sinal de mais e um de menos em cada extremidade delas. O sinal de mais é onde está a carga positiva e o de menos é onde está a negativa. E, assim como as pilhas, as nuvens têm seus próprios pontos positivos e negativos. As cargas positivas ficam no topo. E as negativas ficam, sim, você adivinhou, na parte inferior.
Então, quando a carga na parte inferior gera energia suficiente, a nuvem libera energia. Conforme a energia viaja pelo ar, ela busca objetos carregados positivamente, como um poste ou uma árvore. E quando encontra, a energia é liberada e um raio cai. Esses raios podem atingir qualquer coisa no solo ou viajar de nuvem em nuvem. E o trovão ocorre por causa do ar quente e em rápida expansão.
Então, há bilhões de anos, a Terra não era assim como hoje. As tempestades eram muito mais frequentes do que agora, e a vida ainda estava na sua fase beta. Esses raios podem ter sido a chave para o início da vida, produzindo um dos minerais mais importantes para a vida: o fósforo.
DNA, RNA e membranas celulares não existiriam sem ele. Ele é essencial em todas as fases da nossa vida, do crescimento e mobilidade até a reprodução. Tudo o que constitui quem somos está no nosso DNA. Aquelas coisas sinuosas com proteínas se agarraram a ele.
Mas o que raios e fósforo têm a ver um com o outro? O fósforo pisca no céu sempre que ocorre uma tempestade? Na verdade, não. Quando um raio atinge o solo, ele cria algo chamado fulguritos, que são minerais vítreos fundidos com o calor causado pelo raio. E quando eles surgem, assumem a forma de um raio ao atingir o solo.
Alguns novos estudos sugerem que os fulguritos podem liberar fósforo quando dissolvidos em água. Ao fazer isso, o fósforo é capaz de formar biomoléculas que ajudam na formação da vida.
Naquela época, os vulcões também entravam em erupção com frequência. Assim, com as fontes termais antigas, você esperaria que os raios caíssem nas proximidades e produzissem fulguritos próximos a essas fontes de água quente.
Os cientistas conseguiram estimar que durante os primeiros dias da Terra, podem ter ocorrido de um a 5 bilhões de relâmpagos. Portanto, nos bilhões de anos seguintes ou mais, podemos esperar um quintilhão de relâmpagos (sim, são muitos zeros). Com todos esses flashes e raios, o fósforo conseguiu agarrar sua chance de começar a vida quando dissolvido na água. E, claro, não apenas o fósforo, mas uma mistura de muitos produtos químicos e minerais foi necessária para aperfeiçoar a fórmula.
Outra teoria sobre como a vida iniciou na Terra começa no espaço sideral, longe do nosso pequeno planeta azul. Havia meteoritos voando pela vastidão do espaço. A vida na Terra começou cerca de 4 bilhões de anos atrás, e esses meteoritos estavam ocupados voando por todos os lados, com muitos deles atingindo a Terra na sua forma inicial. Os cientistas afirmam que esses meteoritos carregavam substâncias químicas essenciais para a criação da vida. Alguns desses ingredientes importantes eram compostos à base de carbono, incluindo açúcares e aminoácidos. E eles precisavam de ciclos úmidos e secos para se ligarem a nível molecular para finalizar o processo.
Assim, uma vez que a vida foi introduzida na Terra, pudemos ver os primeiros organismos que surgiram há cerca de 3,7 bilhões de anos. Lembre-se de que não havia muito oxigênio flutuando ao redor ou na água em comparação com agora, mas esses organismos microscópicos, ou micróbios, deixaram sua marca com uma certa molécula de carbono produzida por seres vivos.
Mas a vida como conhecemos hoje não aconteceria sem oxigênio, aquele elemento invisível que mantém tudo vivo. Então, cerca de 2,4 bilhões de anos atrás, esses micróbios começaram a mudar e se tornaram os primeiros fotossintetizadores da Terra. Eles preparavam o almoço e o jantar usando água e os raios solares, enquanto liberavam oxigênio no processo. Com muitos desses novos organismos, o aumento do oxigênio tornou o ambiente mais hostil para os micróbios. Mas estava começando a se formar a base para a incrível estrada da vida.
Virou uma festa para aqueles capazes de processar o oxigênio. Veja só: mamíferos e outros organismos têm vários tipos de células; células ósseas, células epiteliais, células musculares, etc. Esses micróbios eram organismos unicelulares. Assim, com o aumento do oxigênio, muitos desses micróbios começaram a viver com outros micróbios. E não me refiro a dividir o quarto em um apartamento compartilhado: eles realmente se fundiram com outros micróbios para se tornarem organismos multicelulares. Muito inteligentes.
Avance alguns bilhões de anos e teremos alguns dos primeiros animais que já existiram. Então, na verdade, cerca de 800 milhões de anos atrás, os níveis de oxigênio no oceano e nos mares ainda não eram tão altos como são hoje. Mas uma das primeiras criaturas da Terra foram as esponjas. Os cientistas conseguiram descobrir isso estudando o DNA em amostras de rochas que datam de quando as esponjas apareceram pela primeira vez. Eles também afirmam que elas aceleraram o aumento dos níveis de oxigênio ao comer bactérias, removendo-as na sua fase de decomposição.
Então, por volta de 580 milhões de anos atrás, mais criaturas começaram a aparecer. Os níveis de oxigênio estavam começando a ficar aceitáveis para a vida florescer, e muitas outras criaturas de aparência bizarra habitavam o fundo do oceano. Até os tipos mais antigos de água-viva circulavam por lá. Elas pareciam minúsculos alienígenas de outro planeta. Eu não gostaria de encontrar nenhuma dessas na minha bebida.
E cerca de 40 milhões de anos após o fim desse período, muitas dessas estranhas criaturas começaram a desaparecer. Foi então que os cientistas conseguiram encontrar evidências de criaturas semelhantes a vermes que foram capazes de cavar no fundo do oceano. Este é provavelmente um dos primeiros sinais de evolução para a sobrevivência.
Então, cerca de 530 milhões de anos atrás, a evolução aumentou de nível. Havia muitas novas criaturas por aí com partes do corpo novas e nunca antes vistas. Conchas, espinhos e outras partes do corpo permitiram que alguns desses novos animais sobrevivessem e trilhassem seu caminho no fundo do oceano. E logo depois, em alguns milhões de anos, as primeiras vértebras primitivas e verdadeiras apareceram em algo que se parece com uma enguia. Esta foi a criatura com a primeira espinha dorsal.
Ao longo do próximo milhão de anos, muitos desses animais começaram a formar corpos baseados em esqueletos e cartilagens. E depois de muita divisão, os anfíbios apareceram e os animais de 4 patas começaram a andar na superfície terrestre. Também é importante notar que muitas extinções em massa aconteceram ao longo do caminho, mas no final, a vida continuou evoluindo.
E com o surgimento de muitas plantas e animais, a paisagem foi mudando no processo. Muitos desastres naturais ocorreram junto com as eras do gelo que congelaram a terra e os mares. Para aumentar o caos geral, muitas erupções vulcânicas e terremotos continuaram a mudar a aparência e a paisagem da Terra.
Os primeiros primatas surgiram há cerca de 4 milhões de anos e, desde então, os macacos e símios começaram a se ramificar na sua própria categoria até que os humanos finalmente entraram em cena. Ao compreender essas teorias, os cientistas puderam observar outros planetas com condições semelhantes. Poderíamos realmente testemunhar o nascimento de vida em outro planeta. Claro, isso levaria bilhões de anos para acontecer, mas eu não gostaria de perder isso!