Sobrevivente do Titanic afirma que não foi um iceberg que destruiu o navio

Curiosidades
há 9 meses

Você conhece alguém que nunca tenha ouvido a história do Titanic? Improvável.
Mesmo se você perguntar a uma criança de 10 anos, ela dirá exatamente o que abateu o gigantesco navio. No entanto, alguns sobreviventes do naufrágio lendário poderiam discordar. Aqui está uma das histórias de um deles e... surpresa... não tem nada a ver com um iceberg.

O publicitário armênio Vaghinak Byurat tinha 25 anos na primavera de 1912. Ele descreveu o que aconteceu em sua jornada à América, no navio mais famoso do mundo, em suas memórias.

Questionário rápido de história: você se lembra quando o Titanic deixou a doca de Southampton? Eu ouvi 10 de abril de 1912? Sim, está certo.

Agora, de volta à história: em 1912, Vaghinak publicou alguns livros junto com seu pai, um famoso escritor armênio. Sua tarefa era levar as obras para a América.
Ele teve alguns problemas de saúde, então o consulado inicialmente lhe negou o visto, mas o jovem conseguiu os documentos de que precisava para entrar nos EUA depois que seu pai lhe abriu alguns caminhos. Vaghinak pegou o lendário Orient Express de Istambul para Le Havre, e de lá chegou em Southampton, onde descobriu que o próximo navio que partiria para o Novo Mundo era o Titanic, do qual todos estavam falando.

Ele estava bem animado com a jornada e chegou ao porto bem barbeado e elegantemente vestido, com um chapéu moderno e óculos enormes que eram populares nos EUA naquela época. O escritor conheceu três homens com quem dividiria a cabine 804. Eram dois ingleses e um francês da Alsácia chamado Moren.

Como Moren e Vaghinak tinham mais ou menos a mesma idade e Vaghinak falava francês, eles logo se tornaram amigos. E ficavam no convés, no salão, no bar e na biblioteca. Nenhum deles poderia imaginar o que aconteceria com o navio “inafundável” alguns dias depois.
Os amigos foram dormir tarde no dia 14 de abril, como já tinham feito nas outras noites.

Pouco depois da meia-noite, algo que soou como uma grande explosão acordou todo mundo. “Bam”! As luzes se apagaram e os ingleses foram arrancados de seus beliches por um forte empurrão. Um deles machucou a cabeça e outro o braço. Os dois novos amigos se ajudaram, pegaram alguns de seus pertences e saíram da cabine, sem saber que nunca mais voltariam. Vaghinak só pegou seu passaporte e todo o dinheiro que tinha — cerca de US$ 54.

Ficou claro que algo estava errado, no corredor tudo estava quieto. Os jovens tentaram descobrir o que estava acontecendo. Nenhum dos tripulantes quis dizer qualquer coisa, mas poucos minutos depois era impossível negar que o Titanic estava submergindo.

Vaghinak notou que os marinheiros estavam pegando os botes salva-vidas e diziam que eram apenas para mulheres e crianças. Alguns homens tentavam se infiltrar neles de qualquer maneira, mas tiros eram disparados para impedi-los. Vaghinak e Moren se entreolharam, entendendo que tinham duas opções: ficar no navio que estava afundando e dizer adeus ao futuro, ou pelo menos tentar se salvar pulando na água. Ambos queriam viver e sabiam nadar bem, então a escolha era óbvia. Moren conseguiu pegar dois coletes salva-vidas. Vaghinak colocou o passaporte e o dinheiro num saquinho e amarrou-o ao pescoço.
A proa do Titanic já estava submersa naquele momento. Foi necessária muita coragem: imagine que você está no meio do mar, em um navio que está afundando e sabe que ninguém vai salvá-lo imediatamente. Muitas pessoas nesta situação não ousariam pular em mar aberto.

Então, Vaghinak e Moren saltaram e foram instantaneamente separados por uma onda repentina. Isso só piorou as coisas, porque enfrentar essa catástrofe com um amigo era uma coisa, mas fazer isso sozinho era muito mais assustador. A água no Atlântico Norte naquela noite estava um pouco abaixo de zero, a congelantes −2 oC. O jovem escritor sentiu seus braços e pernas ficarem dormentes, e estava compreensivelmente ficando cada vez mais fraco a cada segundo. Ele perdeu o colete salva-vidas e agora sua única esperança de sobrevivência era um bote salva-vidas. Já estava prestes a desmaiar e não conseguia mais se aquecer na água. Mas então esbarrou em algo. Era um bote salva-vidas! Mas se você está esperando um final feliz nesse ponto, vou ter que desapontá-lo.

O bote estava tão superlotado que o empurraram com um remo quando ele tentou se agarrar ao barco. O jovem implorou por ajuda, mas eles se recusaram a mostrar misericórdia. A lógica era simples: um homem a mais naquele barco poderia afundá-lo, e ninguém teria chance de sobreviver. Vaghinak teve que deixar o bote, e o que aconteceu depois foi um milagre.

O escritor acordou vivo a bordo de outro navio, o Carpathia, que estava a caminho de Nova York com alguns sobreviventes sortudos a bordo. Ele estava com uma dor de cabeça terrível e vendo tudo dobrado, mas o que mais importava era que havia escapado do oceano gelado! Como ele conseguiu? O jovem não lembrava de nada. Na noite seguinte, o navio chegou a Nova York. Sem seu passaporte e dinheiro, que deve ter sido perdido durante o resgate, Vaghinak foi levado para o hospital. 12 dias depois, uma mulher entrou no quarto e tudo que ela pôde dizer entre lágrimas foi: “Oh meu querido menino!”. Foi ela quem salvou Vaghinak.

A Sra. Astor tinha perto de 50 anos, e disse ao jovem que o bote salva-vidas em que tentou entrar não foi embora sem ele.
A mulher disse aos marinheiros que o jovem era seu filho, e não deixaria o bote seguir sem ele, pois já havia perdido o marido no Titanic. A Sra. Astor ainda guardou o passaporte e o dinheiro de Vaghinak e o convidou a visitá-la quando se sentisse melhor.

Depois de se recuperar, o escritor se reuniu com sua família em Boston. E até recebeu todos os livros que planejava vender na América, pois eles estavam em outro navio.

Vaghinak viveu uma vida longa e feliz e, como um grande contador de histórias, compartilhou o que aconteceu por muitas vezes. Curiosamente, nunca mencionou que um iceberg tivesse atingido o Titanic, e sempre falou sobre uma explosão. Se o que ele disse era verdade, algo deveria ter causado aquele enorme estouro. Poderia ter sido um incêndio, e muitas pessoas realmente acreditam nessa teoria, dizendo que o carvão estava queimando no casco do navio.
O incêndio teria começado muito antes da partida do navio, e simplesmente era impossível apagá-lo. O Titanic teria saído com o fogo ainda queimando, e as chamas enfraqueceram tanto o casco que a embarcação não poderia resistir ao encontro com o iceberg. Os defensores dessa teoria procuram por evidências em fotos do Titanic deixando as docas, apontando para uma enorme marca escura no casco. Mesmo que isso fosse verdade, ainda não é óbvio que o incêndio tenha causado a explosão. E os defensores dessa teoria não negam que houve um iceberg.

Outra teoria para explicar a explosão diz que havia um submarino alemão envolvido no naufrágio do Titanic. O escritor armênio não foi, de fato, o único sobrevivente que mencionou que ouviu sons de explosão vindos de algum lugar nas entranhas do navio. Alguns também alegaram que viram uma luz vindo de alguma embarcação, logo após o Titanic ter afundado. Não era um navio correndo para o resgate, então poderia ter sido realmente um submarino que estava checando o que tinha causado no lendário Titaicn. Essa teoria é altamente improvável, por várias razões.
Primeiro, como você sabe, o Titanic afundou em 1912, que ainda era um tempo de paz. Nenhum país ousaria matar milhares de pessoas e provocar outros países sem razão. Em segundo lugar, um submarino da Europa não tinha como ir tão longe naqueles tempos e não poderia estar estacionado naquela região também, porque simplesmente não teria sobrevivido por muito tempo. Finalmente, acertar um alvo que está se movendo rapidamente durante a noite ainda é um desafio para os submarinistas até hoje, e era basicamente impossível em 1912.

É difícil dizer o que poderia ter feito um homem que sobreviveu a uma tragédia lembrar de coisas que aconteceram ou não aconteceram. Vamos esperar que, no futuro, os cientistas possam explicar todos os mistérios que cercam o Titanic.

Você acredita que uma explosão poderia ter afundado o Titanic, e não havia nenhum iceberg? Deixe-me saber nos comentários!

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