Saiba quem são as 10 brasileiras mais influentes da atualidade

Numa Era em que as mulheres assumem cada vez mais protagonismo na sociedade, infelizmente a participação delas nos cargos de liderança no Brasil vem registrando uma pequena queda.

Segundo o IBGE, em 2011, 39,5% dos processos de tomada de decisão nas empresas envolviam mulheres; já em 2016, essa porcentagem caiu para 37,8%.

Mais da metade da população brasileira é formada por mulheres o que evidencia a necessidade de haver maior equilíbrio e mais oportunidades nos cargos de gerência para profissionais com as mesmas competências independentemente de raça ou gênero.

Diante disso, o Incrivel.club reuniu 10 exemplos de mulheres influentes e inspiradoras e como suas ações impactaram na vida das pessoas e no mundo. Confira só.

10. Luiza Helena Trajano comanda a rede de lojas de varejo Magazine Luiza

Em 1957, os tios de Luiza Helena Trajano, o casal Luiza Trajano e Pelegrino José Donato compraram uma pequena loja de presentes na cidade de Franca, Interior de São Paulo. Nos anos seguintes o comércio expandiu e foram criadas outras unidades no interior de São Paulo. Luiza Helena, começou a trabalhar bem cedo, e aos 12 anos já trabalhava em uma das unidades da empresa de seus tios.

Na década de 90, Luiza Helena tornou-se a líder do Magazine Luiza e permitiu que os funcionários participassem ativamente das decisões da empresa. Ela continuou com a valorização dos clientes e dedicou-se ao comércio eletrônico com qualidade e excelência, sendo pioneira e referência nesse setor. Luiza Helena também criou estratégias de marketing e vendas como a “Liquidação Fantástica” de muito sucesso que atrai todo ano, milhares de consumidores que formam filas imensas em frentes as lojas para aproveitar os descontos.

9. Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank

Cristina é a cofundadora do Nubank, empresa do setor financeiro em rápida expansão e que oferece, mediante aprovação de crédito, o famoso cartão “roxinho” que não cobra anuidade de seus usuários e descomplica os serviços financeiros.

Antes de fundar a Nubank, em 2014, Cristina trabalhou no Itaú Unibanco. Hoje, na Nubank, Cristina vai além de traçar planos de negócios para empresa e se preocupa com o acesso das mulheres à educação, mercado de trabalho. Ela reconhece que o sucesso da Nubank também é mérito de seus colaboradores que ajudam uns aos outros em uma atmosfera harmoniosa e sem discriminação de gênero. Por seu destaque na liderança de negócios, Cristina recebeu o Prêmio Claudia em 2016, considerado a maior premiação feminina da América Latina. Em 2017, foi apontada pela Forbes como uma das 40 mulheres mais poderosas do Brasil.

8.Fiamma Zarife, diretora-geral do Twitter

A niteroiense Fiamma possui ampla experiência nos setores de telecomunicações e finanças, tendo sido, inclusive, vice-presidente de Conteúdo da Samsung na América Latina. Antes de ser promovida a diretora-geral do Twitter no Brasil, Fiamma era diretora de agências e cuidava do relacionamento entre a rede social e agências de publicidade. Mesmo com a exaustiva rotina do trabalho, Fiamma busca sempre equilibrar o tempo para conciliá-lo com a vida pessoal e poder participar ativamente do dia a dia de seus filhos e do marido.

Como diretora-geral no Twitter, ela é a responsável por comandar a operação brasileira da rede social no País, criando estratégias de marketing para fortalecer, atrair e desenvolver ligações com empresas anunciantes e oferecer aos usuários do microblog um excelente espaço para compartilhar suas mensagens ao mundo.

7. Paula Bellizia, vice-presidente de Vendas, Marketing e Operações da Microsoft América Latina

Paula nasceu em Angola (África), mas aos três anos veio para o Brasil com seus pais. Formou-se em Tecnologia da Informação, pois percebeu que a área estava em expansão e haveria melhores oportunidades de emprego.

Paula também especializou-se em marketing. Conseguiu emprego na Microsoft e trabalhou lá por 10 anos, mas resolveu sair e teve experiências com outras empresas de tecnologia, como a Apple e o Facebook. Em 2015, retornou à Microsoft e foi a primeira mulher a comandar a empresa no Brasil e fez com que o Windows fosse adaptado para ser usado por outras plataformas, como as da Apple.

Hoje, Paula é vice-presidente de Vendas, Marketing e Operações da Microsoft para toda a América Latina e atua com plano de ações para o avanço da tecnologia em uma área de 21 países.

6. Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil

Em janeiro deste ano, a Microsoft anunciou que Tania Cosentino é a nova presidente da empresa no Brasil, substituindo a já mencionada Paula Bellizia que esteve no cargo por três anos.

Tania teve uma carreira de sucesso por quase 20 anos na Schneider-Electric, fazendo história na companhia como a primeira mulher e cidadã brasileira a se tornar presidente da empresa para a América do Sul. Na Schneider, Tania foi bastante atuante — sendo inclusive reconhecida pela ONU em 2017 — em temas voltados para melhorar o uso e acesso às fontes de energia.

A executiva é uma grande defensora da participação das mulheres em cargos de liderança e de que todos — homens ou mulheres — possam ter condições iguais de desenvolvimento de carreira. Hoje, na presidência da Microsoft do Brasil, Tania está muito motivada e acredita que com o desenvolvimento tecnológico contribuirá também para um futuro melhor para o Brasil.

5. Cristina Palmaka, CEO da SAP Brasil

Outra executiva em cargo de liderança de uma empresa de TI. A SAP é uma empresa de origem alemã que cria softwares para gestão de empresas de grande ou pequeno porte.

Com uma carreira de mais de 30 anos, Cristina já teve passagens em outras grandes empresas como a HP, Philips e Microsoft. Ela é reconhecida por sua liderança, pulso firme e segurança para comandar times em busca de resultados. Mesmo com a correria do dia a dia e o estressante mundo dos negócios, a disciplina e foco de Cristina fazem com que ela seja capaz de equilibrar vida pessoal e profissional, inclusive se dedicando à competição de corridas de longa distância — já tem 10 maratonas no currículo — e que a ajudam justamente a lidar com o stress do trabalho.

4. Sônia Hess transformou a Dudalina em uma marca de moda e hoje atua em projetos sociais

Os pais de Sonia eram donos de um comércio no interior de Santa Catarina que vendia tecidos, roupas e até mesmo cereais à granel.

Com o excedente de tecido no estoque, a mãe de Sonia resolveu confeccionar camisas masculinas e logo à demanda pelo produto ficou alta e foi necessário contratar costureiras para aumentar a produção. E foi assim que nasceu a Dudalina, com a junção dos nomes de Duda + Adelina, pais de Sonia. Desde muito jovem, Sonia trabalhou no comércio dos pais e aprendeu na prática como funcionavam todos os setores da empresa. Para aperfeiçoar sua formação, ela estudou Administração de Empresas e especializou-se em Confecção. Todo esse esforço lhe rendeu o cargo de presidente da Dudalina, transformando o que era um comércio local e familiar, no que é hoje em dia a maior camisaria da América Latina.

Após anos de dedicação, Sonia não é mais presidente da Dudalina e resolveu se dedicar a causas sociais, viajando o Brasil se envolvendo em projetos que visam a aumentar as oportunidades de emprego para mulheres e ajudar no empreendedorismo feminino.

3. Rachel Maia, CEO da Lacoste no Brasil

Rachel Maia é paulistana, formada em ciências contábeis e pós-graduada em Finanças. Desde 2018, é diretora executiva da Lacoste Brasil.

De origem humilde, Rachel conta que no almoço de família um único frango havia na mesa tinha de ser suficiente para alimentar seus pais, irmãos e primos...um total de 11 pessoas. Por isso, desde muito jovem seu pai a ensinou as responsabilidades de vida de um adulto. Rachel trabalhou por sete anos como contadora e decidiu usar o dinheiro da rescisão do emprego para fazer um curso de inglês no Canadá, o que melhorou seu currículo.

Ela ocupou por muitos anos cargos de liderança, no ramo de joias de luxo, comandando as operações no Brasil das marcas Tiffanny e Pandora. Rachel é defensora da mulher no mercado de trabalho, e dedica seu tempo à trabalhos assistenciais, ajudando pessoas carentes.

2. Maria Eduarda Kertész, presidente da unidade de consumo HealthE da Johnson & Johnson nos Estados Unidos

A baiana Maria Eduarda formou-se em Administração e se especializou nos Estados Unidos. Aos 29 anos, ela já era diretora de Marketing da Johnson & Johnson.

De 2011 a 2016, Duda, como é chamada, assumiu a presidência da unidade da empresa no Brasil. Durante sua gestão a área de consumo da empresa teve um crescimento de 80%. Atualmente, Duda ocupa a prestigiosa posição de presidente da unidade de consumo HealthE da Johnson & Johnson, nos Estados Unidos. Ela já recebeu diversos reconhecimentos por sua atuação profissional e, em 2017, foi agraciada com o prêmio internacional "Healthcare Businesswomen’s Association Luminary destinado lideranças femininas do setor de saúde.

1. Gabriella Di Laccio, fundadora do Projeto Donne: Women in Music, Brasil

Em 2018, a BBC divulgou a lista com as 100 mulheres inspiradoras e influentes que se destacaram em suas áreas de atividade, e a gaúcha Gabriella Di Laccio foi a representante brasileira. Gabriella é soprano e fundadora do projeto Donne: Women in Music, Brasil.

No dia internacional da mulher em 2018, o projeto Donne ganhou vida e a partir daí as pessoas puderam ter acesso a uma plataforma (conheça aqui) com uma grande lista de mulheres compositoras do passado e do presente. A quantidade de nomes dessa lista está crescendo e Gabriella espera que cada vez mais artistas e organizações encontrem músicas compostas por mulheres para se apresentarem em concertos e que esse conteúdo possa ser uma ferramenta educacional para mostrar ao mundo o trabalho das mulheres compositoras e servir de inspiração para as futuras gerações.

Conhecia alguma das 10 mulheres citadas nesse post? Além dessas 10, qual seria, em sua opinião, outra mulher influente no Brasil e no mundo? Conte para gente.