20 Clientes que nem mesmo o vendedor mais paciente do mundo conseguiria suportar
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Todos nós sabemos que conviver é complicado, pois cada pessoa tem suas peculiaridades. Quando um casal resolve viver embaixo do mesmo tempo e levando junto os respectivos filhos, o resultado pode ser um tanto caótico. Há casos em que todos entram em uma harmonia tão grande a ponto de melhorar totalmente a qualidade de vida dos envolvidos, mas a maioria das famílias precisa dar duro para manter a solidez do relacionamento, pelo bem de todos.
Quando conheci minha esposa, eu era viúvo. Ela tem uma filha de 16 anos, e eu, um de 13. Tudo corria bem e, geralmente, estávamos em um clima tranquilo. Meu filho era o caladão da casa: ele é muito, muito reservado, mas nada que desperte preocupações. Já minha esposa e minha enteada são exatamente o contrário.
As duas tentavam fazer com que me filho participasse mais das reuniões familiares e fosse mais extrovertido, sugerindo a ele adotar esta ou aquela atitude. Só que o garoto se incomoda ao ser forçado constantemente a sair de sua zona de conforto. Precisei conversar com minha esposa e minha enteada, pedindo a elas que dessem ao meu filho espaço e liberdade para ele passar o próprio tempo como bem entendesse. Elas pediram desculpas e prometeram deixá-lo em paz.
Como o Dia das Mães estava se aproximando, decidi fazer uma surpresa para minha esposa, mas minha enteada não se aguentou, contou tudo e disse para ela se arrumar. Como eu queria realizar os preparativos finais, saí mais cedo do trabalho. Eu tinha feito uma reserva em um restaurante para ir com toda a família. Quando cheguei em casa, abri a porta da frente e ouvi as duas conversando com meu filho.
Minha esposa perguntava ao meu filho se ele me convenceria a deixá-lo em casa, para que o garoto não saísse conosco para comemorar. Me detive e resolvi continuar ouvindo. Meu filho perguntou o motivo, e ela falou que a “atitude” introvertida do garoto deixaria a família inteira incomodada, acabando com o bom humor de todos. Ele prometeu que se comportaria bem e tentaria interagir e socializar com as pessoas, mas minha esposa afirmou não acreditar nele. Meu filho seguiu tentando convencê-la, mas ela se exaltou e falou que, tecnicamente, não era mãe dele, então não entendia por qual motivo o menino comemoraria o Dia das Mães com ela.
Minha enteada fez um comentário ambíguo do qual não lembro, e depois todos ficaram surpresos ao me verem. Todos me olhavam sem dizer nada. Mandei meu filho e minha enteada para seus quartos e depois disse à minha esposa que a comemoração estava cancelada. Ela quis discutir, perguntando repetidamente o motivo.
Ela tentou explicar que não tinha falado com más intenções, que eu tinha escutado apenas uma parte da conversa. Falei que a discussão tinha acabado, pois a decisão já estava tomada. Minha esposa passou a gritar, dizendo que contaria tudo à sua família e que eu estava cometendo um grande erro com ela. Ignorei-a enquanto ela continuava tendo ataque atrás de ataque.
No dia seguinte, pela manhã ainda bem cedo, ela pegou minha enteada e mudou-se para a casa dos pais. Até agora, não recebi uma ligação ou mensagem dela. A situação está cheia de tensão e eu ainda estou chateado, mas muito magoado, para ser bem sincero. Eu sei que havia prometido aquela comemoração, mas penso que as palavras dela para o meu filho foram duras demais para serem ignoradas.