Provas de que estamos vivendo melhor do que antigamente

Curiosidades
há 4 anos

Muitos dizem que a vida antigamente era melhor. Há menos de meio século atrás, líamos livros inteiros no papel impresso, comíamos alimentos com poucos conservantes e que duravam menos, o primeiro foguete era lançado no espaço e ocupávamos os lugares públicos em busca de lazer com mais frequência. Hoje, estamos encerrados entre 4 paredes lendo livros pela Internet, imersos em nossas telas (tablets, computadores e smartphones) e compramos comidas prontas, que duram muito tempo. Mas, se observarmos nossa História a partir de uma ótica de longo prazo, veremos que as mudanças na sociedade são muito mais profundas do que imaginamos.

É claro que há pontos negativos, mas os pontos positivos os superam. Pense, por exemplo, em doenças hoje erradicadas mesmo nos países mais pobres e que, no passado, faziam milhares, até milhões de vítimas.

O Incrível.club analisou pesquisas do economista da conceituada Universidade de Oxford (na Inglaterra), Max Roser, que estudou o estilo de vida das pessoas nos últimos 200 anos. Ao ver os resultados, você provavelmente vai agradecer por viver no século XXI.

8. A ciência e a tecnologia se desenvolvem mais rápido quando a população não está em guerra

No início de uma guerra, frequentemente ocorre um aumento no desenvolvimento da tecnologia quando um país acumula seus próprios recursos para a indústria militar. O caso clássico são as muitas invenções ocorridas durante a Segunda Guerra. Mas a guerra em geral não é um motor do progresso. No balanço final, restam a pobreza, a fome e o aumento da mortalidade.

A ciência se desenvolveu com um ritmo acelerado depois da Segunda Guerra Mundial, quando a educação nas escolas e institutos se tornou mais acessível e a sociedade capitalista criou uma demanda para novos produtos e tecnologias.

Quem dita as demandas para o avanço tecnológico não são mais os monarcas, como já aconteceu, mas o consumidor comum, todos nós, que, ao darmos preferência a um celular com câmera ou GPS, por exemplo, estamos estimulando a indústria e seus desenvolvedores a criar novas tecnologias para os aparelhos.

7. Temos acesso a alimentação e água de melhor qualidade

No início do século XX, uma a cada 3 pessoas tinha acesso à água potável. Além disso, mais da metade da população vivia em fome extrema e não tinha acesso a sequer 1/3 da quantidade diária necessária de vitaminas e minerais. A carne era um luxo extremamente caro, as frutas, legumes e verduras estavam disponíveis só durante o período em que eram colhidas. A falta de refrigeração e outros métodos de conservação privavam as pessoas de determinados alimentos que forneciam nutrientes importantes durante boa parte do ano. As refeições eram baseadas somente em pãos, grãos e produtos lácteos.

Hoje, 91% das pessoas têm acesso a água de qualidade todos os dias. Temos mais possibilidades de comprar frutas, legumes, verduras, carne vermelha e carne branca em estabelecimentos próximos de nós em qualquer época do ano. Graças a isso, nosso sistema imunológico se fortaleceu, ficamos mais fortes e inteligentes. E os avanços da tecnologia alimentar farão com que nossos filhos e netos sejam ainda mais inteligentes do que nós.

6. A pobreza extrema diminuiu

Há 200 anos, uma grande quantidade de pessoas vivia na pobreza. A expansão do setor agrícola, exigia muito esforço, e muitas pessoas estavam longe de administrar sua própria vida e destino. O nível de vida das pessoas hoje classificadas como de classe média ou mesmo de alguns considerados pobres é mais alto do que o das que, há 100 anos, eram classificadas como elite. Isso em termos de acesso a alimentos, água e saúde, por exemplo.

Mas a industrialização também aumentou o crescimento das possibilidades de trabalho, os preços dos produtos e artigos para o dia a dia começaram a cair e a expectativa de vida cresceu. Desde 1990, anualmente 130 mil pessoas abandonam a situação de pobreza e, hoje em dia, menos de 10% das pessoas vivem em condições de pobreza extrema.

A tendência para as próximas décadas é o crescimento da chamada Economia do Compartilhamento. Por exemplo, as pessoas alugam uma propriedade durante uma viagem a outro país ao invés de comprar uma propriedade para férias em um determinado lugar específico. Ou mesmo se cotizam para comprar um carro e se revezar em seu uso.

5. Muito mais gente tem acesso à educação

O acesso à educação é uma conquista do século XX. Em 1820, só uma de cada 10 pessoas maiores de 15 anos sabia ler e escrever. Em 1930, uma de cada 3 crianças recebia educação básica e, hoje em dia, 85% das pessoas têm educação básica.

O mundo muda rápido e, hoje, uma pessoa está mais bem qualificada e recebe uma educação no decorrer de toda a sua vida. O desenvolvimento da ciência, sociedade e civilização é impossível sem uma difusão do conhecimento. Atualmente, temos muito mais possibilidades de escolher o que queremos estudar. E, ainda, podemos ajudar àqueles cujo direito à educação é limitada pelas suas condições de vida, compartilhando nossos saberes e experiências.

4. A vida é mais longa e segura

No século XIX, um cidadão médio da Grã-Bretanha (país mais desenvolvido daqueles tempos) dificilmente chegava aos 40 anos. Na Coreia e na Índia, quem chegasse aos 23 anos podia comemorar porque era um vitorioso.

Hoje em dia, a expectativa de vida ao nascer no Brasil é de quase 76 anos. No Japão, um dos países mais longevos, a expectativa de vida ao nascer é de 83 anos.

Esse avanço só foi possível graças à maior oferta de alimentos, de atendimento médico (mesmo em condições que, hoje em dia, possamos considerar ruins) e a uma maior consciência em relação à própria saúde.

Pense, por exemplo, no tipo de tratamento médico que teria uma pessoa que quebrasse uma perna ou tivesse uma gripe durante a idade média.

3. Milhões de pessoas vivem graças ao surgimento de vacinas, antibióticos e práticas de higiene básica

No princípio do século XIX, 1/3 das crianças morriam antes de completar 5 anos de idade. Mudar essa realidade só foi possível graças aos avanços da medicina, à melhoria da qualidade de vida e a uma maior e melhor oferta de alimentos que, em boa parte dos casos, hoje em dia já saem da fábrica enriquecidos com uma série de vitaminas e sais minerais - a farinha de trigo aqui no Brasil, por exemplo, enriquecida com ácido fólico (um nutriente importante para a formação dos bebê) e ferro, elemento que previne a anemia.

Graças a avanços como esses, a mortalidade neonatal caiu rapidamente em 79%. Hoje em dia, médicos adotam princípios de higiene considerados comuns e que séculos atrás eram sequer conhecidos. As pessoas deixaram de morrer por um resfriado comum, gripe, diarreia ou qualquer desidratação em zonas de temperaturas altas. Além disso, a visita ao dentista ou uma simples sutura deixaram de ser justificativas para escrever um testamento.

Os alimentos de qualidade, a água limpa e as casas mais quentes e limpas ajudam nosso corpo a resistir aos agentes patológicos.

O aumento do tempo de estudos e um conhecimento maior da ciência básica mesmo pelas pessoas mais simples fizeram aumentar a consciência em relação a normas de higiene, importância de toma vacinas e de fazer exames periodicamente, identificando os primeiros sintomas da maioria das doenças.

2. As pessoas têm menos filhos e os filhos são concebidos mais tardiamente

Há 200 anos, uma mulher dava à luz de 5 a 7 filhos e frequentemente morria antes de chegar aos 30 anos. Hoje em dia, a mortalidade diminuiu e as pessoas passaram a viver por mais tempo.

Os pais modernos, em geral, têm de 2 a 3 filhos e somente depois dos 30 anos - no Brasil, a média é de menos de dois filhos por mulher. E não há nada de anormal nisso: as condições de vida melhoraram, as pessoas tentam dar aos seus filhos um melhor bem-estar financeiro e uma melhor educação para que, no futuro, cada um deles consiga viver de seus próprios esforços.

1. Todos temos a possibilidade de mudar o mundo

Em que pese a existência de algumas ditaduras pelo mundo afora, de modo geral, as liberdades políticas e os direitos dos cidadãos aumentaram nos últimos anos. A Internet mudou nossa vida, dando a cada pessoa a oportunidade de ser escutada e permitindo acesso a um conhecimento antes restrito a enciclopédias caras e livros inacessíveis. As pessoas estudam, seguem os acontecimentos mundiais em tempo real, votam, revolucionam, se apaixonam e encontram pessoas com pensamentos em comum em qualquer lugar do mundo graças à Internet.

Os regimes políticos próximos da autocracia ou baseados na ideologia religiosa são, na maioria dos países, coisa do passado. Há 2 séculos, 99% das pessoas não tinham direito ao voto, milhares se encontravam em situação de escravidão e o status obtido ao nascer determinava a vida da pessoa durante toda a sua vida. Na sociedade moderna e países desenvolvidos, as pessoas de maneira independente tomam decisões que determinam seu futuro pela primeira vez na existência da humanidade.

E isso é só o começo! O que será que acontecerá dentro de um século? Sabemos que, apesar de tanta coisa boa acontecendo, nosso mundo ainda precisar melhorar muito. Esperamos ainda muitos progressos (:

Que acontecimento do século XXI você acredita que tenha influenciado em sua vida mais do que qualquer outro?

Imagem de capa depositphotos, wikipedia

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