Pesquisas de cientistas brasileiros que por coincidência (ou não) já viraram assunto em Grey’s Anatomy

Saúde
há 1 ano

Grey’s Anatomy já quebrou recordes e arrebatou o lugar de drama médico mais longo da história da TV americana. Atualmente, na décima sexta temporada, a série já deixou os seus fãs à flor da pele muitas vezes, seja com os seus momentos cômicos, com os seus romances ou com a partida de personagens marcantes e na abordagem a assuntos delicados.

A verdade é que Grey’s já deixou a sua marca no rol das séries mais importantes de todos os tempos. E como se não bastasse tudo isso, invenções e pesquisas de cientistas brasileiros já foram abordadas no seriado.

E o Incrível.club foi saber um pouco mais sobre cada uma delas. Confira!

A caneta que detecta câncer e que aparece na décima quarta temporada como uma ideia de Richard Webber é, na verdade, criação da cientista brasileira Lívia Schiavinato Eberlin

A jovem cientista brasileira, que desenvolveu junto com a sua equipe a caneta capaz de detectar câncer durante uma cirurgia, é graduada em química pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e atualmente é chefe de laboratório na Universidade do Texas, Estados Unidos.

A caneta, batizada de MasSpec Pen, já foi testada em 800 amostras e obteve precisão geral de 96,3% nos testes, o que é muito promissor. Devido a grande invenção e aos resultados positivos, Lívia Schiavinato Eberlin recebeu a importante bolsa da Fundação MacArthur, popularmente chamada de “a bolsa dos gênios” e levou a quantia de 625.000 dólares para usar como quiser. Além disso, recentemente, a caneta ganhou a aprovação dos órgãos americanos para ser testada em humanos durante cirurgias.

Mas como funciona a MasSpec Pen, a caneta que detecta câncer e por que ela é tão importante?

A intenção da cientista é que a caneta seja capaz de assegurar que todo o tecido tumoral foi retirado do paciente durante a cirurgia, pois em muitos casos não é possível identificar a o olho nu onde termina a lesão cancerosa e onde começa o tecido saudável. E, com a caneta, é possível descobrir isso em apenas 3 segundos, o que diminui o tempo em que o paciente fica exposto aos riscos da cirurgia (aguardando a análise patológica), tornando tudo mais rápido e seguro.

Tudo isso é possível graças a tecnologia utilizada: por meio de uma técnica de análise química, a caneta (que tem um reservatório de água), ao entrar em contato com o tecido, envia pequenas gotículas de água com moléculas dissolvidas que são analisadas pelo espectômetro de massa. Aí, então, as células são classificadas como cancerosas ou não.

A identificação das células malignas ou não pode ser realizada devido a tecnologia de inteligência artificial utilizada, em que a máquina é ensinada a reconhecer as particularidades de amostras cancerosas e, porteriormente, classificá-las. Até o momento, a caneta já foi testada para câncer cerebal, de pulmão, da tireóide, do pâncreas, ovário e de mama.

Dr. Avery mostra o uso e os benefícios da pele de Tilápia para o tratamento de queimados, e isso é fruto de uma pesquisa brasileira

Em um dos episódios da décima quinta temporada, o Dr. Avery trata uma vítima de queimadura com pele de tilápia. A técnica é resultado da pesquisa desenvolvida no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC), sob a coordenação do médico Edmar Maciel, e que já é usada em pacientes desde 2016.

A técnica ajuda a reduzir os custos durante o tratamento e também diminui os riscos ao paciente. A pele de tilápia pode ser usada no tratamento de queimaduras de 2º grau (profundo) e de 3º grau, e é considerada um curativo biológico (podendo ser mantido por dias, sem necessidade de troca), uma vez que a pele do animal é bastante semelhante a pelo humana. Por isso, pode ser usada como curativo temporário para auxiliar no fechamento das feridas, contribuindo para menores chances de contaminação e de perda de proteínas.

A técnica vem sendo estudada e empregada em diversos países, mas aqui ela já foi usada para ajudar no tratamento das vítimas de uma tragédia em uma creche, em Minas Gerais, e também como alternativa de reconstrução do canal vaginal para casos de problemas ginecológicos.

É realmente muito emocionante quando a arte imita a vida (ou a vida imita a arte?), que seja... O fato é que é muito esperançoso ver brasileiros criando coisas incríveis que realmente podem transformar a vida de muitas pessoas e ganhando reconhecimento mundial por isso.

E então, o que você achou dessas invenções? Já imaginava que elas realmente existiam na vida real?

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