O verdadeiro significado das telas mais famosas de grandes artistas

Arte
há 5 anos

O mundo misterioso da arte moderna pode parecer confuso, porque não é em todas as obras que a ideia do autor pode ser percebida à primeira vista. No entanto, você definitivamente vai se interessar em saber qual significado os maiores artistas de todos os tempos deram às suas pinturas, por que os colecionadores pagam centenas de milhões de dólares para obter as telas dos mestres modernos e a razão pela qual os museus onde seus quadros estão expostos atraem um grande número de turistas de todo o mundo.

No Incrível.club tentamos decifrar o significado oculto das pinturas mais famosas do mundo e descobrimos que nem tudo é tão simples quanto parece à primeira vista.

Prochlorperazine, Damien Hirst, 2017

O britânico Damien Hirst é o artista mais rico do mundo. Há 25 anos ele vem experimentando círculos coloridos, e essa é sua marca registrada. Através deles, transmite o tema da morte.

Mas o fato é que não são apenas círculos, como pode parecer à primeira vista, mas pílulas homeopáticas. O artista é obcecado pela ideia da luta por saúde na sociedade moderna. Até mesmo os nomes de seus trabalhos, criados com a técnica spot painting, foram emprestados do catálogo da empresa química Sigma-Aldrich.

Os nomes são agrupados por diferentes tipos de drogas. O maior grupo são produtos farmacêuticos e as cores dos círculos correspondem às letras nas fórmulas das substâncias psicoativas.

As Duas Fridas, Frida Kahlo, 1939

A pintura As Duas Fridas é uma espécie de autobiografia da mais famosa artista mexicana, Frida Kahlo. Neste ponto, vale lembrar que muitos de seus trabalhos eram autorretratos.

De acordo com a interpretação mais comum, a imagem reflete um acontecimento vivido pela artista. Em particular, a dolorosa separação de seu marido, o muralista Diego Rivera. O trabalho foi concluído em 1939, logo após seu divórcio. As duas Fridas estão representadas na tela, mas são duas imagens opostas. À direita está a que Diego amava e, à esquerda, a que ele traiu. A artista não esqueceu seu amor pelo marido e a estreita relação com ele, mesmo após a separação, apesar de se sentir muito solitária e ter o coração partido.

O Passeio, Marc Chagall, 1917–1918

Esta é uma das obras mais reconhecidas de Marc Chagall. As pinturas desse artista também são autobiográficas, de modo que no centro da tela não estão apenas um homem e uma mulher, mas o próprio artista e sua esposa, Bella. Ele está na terra enquanto ela voa no céu, mas eles ainda estão juntos. Apesar da distância, os amantes estão de mãos dadas, superando a lei da gravidade.

Além disso, o artista segura um pássaro com a outra mão, um chapim-azul. Parece que, desta forma, ele decidiu desafiar o provérbio russo “Melhor um chapim-azul na mão do que um grou no céu” (“Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”), indicando que nem sempre é necessário escolher entre uma coisa e outra.

Homem e Mulher na Frente de uma Pilha de Excrementos, Joan Miró, 1935

Este quadro do artista catalão Joan Miró faz parte de um total de 12 obras criadas durante o período de instabilidade social na Espanha. À primeira vista, os movimentos sinistros dos monstros em forma de galo são completamente incompreensíveis. A única coisa que imediatamente chama a atenção são as cores vivas que contrastam com o fundo preto apocalíptico: sente-se que a pintura expressa algo extremamente perturbador.

De fato, o artista transmitiu dessa maneira o horror da Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Uma pilha de excrementos dourados brilhantes representa as ambições fascistas, uma área laranja escura são as vítimas da guerra e as mãos vermelhas são sangue.

De Onde Viemos? O Que Somos? Para Onde Vamos?, Paul Gauguin, 1897–1898

Desde o início de sua carreira, o artista Paul Gauguin quis captar na tela o raciocínio sobre a vida e a morte. Em 1897 ele começou a trabalhar na pintura De Onde Viemos? Quem Somos? Para Onde Vamos?, e, no final de dezembro do mesmo ano, a concluiu.

A peculiaridade deste quadro é que ele deve ser lido da direita para a esquerda, como os antigos pergaminhos sagrados. A pintura representa 3 grupos principais de pessoas. As jovens com uma criança dormindo significam o início da vida. Outro grupo simboliza a alma no estágio mais alto de seu desenvolvimento, e a velha do grupo final, que parece estar à beira da morte, é um símbolo da fatalidade.

Latas de Sopa Campbell, Andy Warhol, 1962

Andy Warhol foi um artista americano muito simbólico na história da pop art. Suas obras são extremamente minimalistas, representadas por objetos em sua forma mais simples e mais reconhecível. Um exemplo disso é sua foto popular Latas de Sopa Campbell.

Em 1949, Warhol obteve um diploma universitário e se apressou em buscar fontes de inspiração para criar algo inédito. O artista experimentou muito até receber conselhos de graça do dono de uma galeria de arte, Muriel Latow: “Desenhe o que você vê todos os dias, algo que todos possam reconhecer, como uma lata de sopa Campbell”. Assim começou a história da famosa obra de Warhol.

Birkenau, Gerhard Richter, 2014

A série abstrata Birkenau é uma obra do artista contemporâneo Gerhard Richter, que busca homenagear a memória dos prisioneiros nos campos de concentração. Ele ficou impressionado com as fotografias tiradas em 1944 por um membro de um Sonderkommando, em que cadáveres eram preparados para a cremação.

Richter projetou as fotos em sua tela e depois aplicou a camada de tinta para recriar a forma exata de uma montanha de cadáveres e fragmentos da natureza impressos em uma série sobre o campo de extermínio de Birkenau.

Laranja, Vermelho e Amarelo, Mark Rothko, 1961

Laranja, Vermelho e Amarelo é uma obra do artista americano Mark Rothko, pintada em 1961. Em 2012, em um leilão aberto, foi vendida por 86 milhões de dólares.

Em geral, nas abstrações de Rothko, não se deve procurar nenhuma imagem ou significado oculto. Seus trabalhos devem ser percebidos de maneira diferente: é importante focar nos sentimentos que provoca no espectador a cor da imagem. O objetivo do artista era permitir que as pessoas experimentassem todas as emoções incorporadas nas profundezas do tom.

As Três Idades da Mulher, Gustav Klimt, 1905

Esta é uma das pinturas mais famosas do austríaco Gustav Klimt, que ganhou a medalha de ouro em uma exposição internacional realizada em Roma, em 1911.

Trata-se de um excelente exemplo das obras simbólicas de Klimt. De um lado está uma menina nos braços de uma jovem e, do outro, uma velha cobrindo o rosto desesperadamente. E quanto mais olhamos para a imagem, mais nos convencemos de que não se trata de três gerações de uma família, mas da mesma mulher em diferentes fases de sua vida, o que torna o personagem um símbolo do ciclo da vida e a inevitabilidade da passagem do tempo.

Terraço do Café à Noite, Vincent van Gogh, 1888

À primeira vista, não há nada incomum neste quadro. Mas o pesquisador Jared Baxter, que estudou profundamente o trabalho do artista, expressou sua opinião de que o enredo da “última ceia” foi capturado nesta pintura.

Se você olhar a tela mais de perto, notará que no centro há um garçom com uma túnica branca que se parece com a de Cristo, e ao redor dele 12 clientes, o mesmo número de apóstolos. Além disso, atrás das costas do garçom há uma janela cujas linhas formam uma cruz.

O que lhe veio à mente quando viu estas pinturas pela primeira vez? Compartilhe seus pensamentos conosco na seção de comentários.

Imagem de capa wikipedia, wikipedia

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