O mundo prendeu a respiração enquanto o asteroide Valentino se aproximava da Terra

Curiosidades
há 1 ano

Ah, sim! 14 de fevereiro do ano 2000. Só mais um Dia Dos Namorados nos EUA e outros países, com flores, chocolates, o começo de um novo milênio, e... um bom dia para ficar marcado na história. A sonda NEAR Shoemaker (sigla para Near-Earth Asteroid Rendezvous), lançada em 1996, finalmente conseguiu marcar um encontro com o asteroide 433 Eros. Não era pra eles se abraçarem — ela apenas deveria orbitá-lo e completar o primeiro pouso suave em um asteroide.

A NEAR quase não conseguiu essa proeza, pois uma falha na ignição do motor em 1998 a levou para uma trajetória errada, e ela perdeu o alvo. Mesmo assim, os engenheiros resolveram deixá-la orbitando o Sol por mais um ano — até que a sonda finalmente conseguiu.

A NEAR Shoemaker foi criada para encontrar, mirar e perseguir objetos pequenos por cerca de um ano, além de coletar dados importantes sobre eles. Essa espaçonave tirou mais de 160 mil fotos da superfície do asteroide, o que ajudou nas pesquisas dos anos seguintes — antes disso, alguns cientistas achavam que os asteroides eram apenas algumas pilhas voadoras aleatórias.

O asteroide 433 Eros é o menor corpo do nosso Sistema Solar que tem uma espaçonave girando ao seu redor. À primeira vista, ele se parece com qualquer outra rocha comum vinda do espaço: com formato de batata, girando a cada cinco horas e meia, e do tamanho de duas ilhas Manhattan. Para se ter uma ideia, o maior asteroide já descoberto tem 940 km de diâmetro, enquanto o menor tem cerca de 2 metros de largura.

Os asteroides são, na verdade, restos que sobraram dos estágios iniciais do Sistema Solar. O Sol que conhecemos hoje começou a ganhar sua forma quando gases comprimidos e átomos começaram a se fundir, formando uma protoestrela. Grãos menores de detritos e poeira ao redor do Sol se transformaram em rochas, e por colidirem uns contra os outros, formaram rochas ainda maiores.

Os objetos que sobreviveram a essa festa caótica e bagunçada são o que conhecemos hoje como planetas e luas. Os corpos menores, que não conseguiram alcançar o status de planeta, são os asteroides. Eles são pequenos demais para ter uma atmosfera, e sua gravidade não é forte o suficiente para transformá-los em esfera, então eles não têm condições de abrigar qualquer forma de vida.
A maioria deles acaba em algum lugar entre as órbitas de Júpiter e de Marte, e simplesmente passam por nós a uma distância segura. Mas com o Eros foi diferente — ele se tornou o primeiro NEA (Asteroide Próximo à Terra, na sigla em Inglês).

Desde 1975, o mais próximo que ficou da Terra foi em 2012 — cerca de 26,7 milhões de km de distância, cerca de 70 vezes a distância média do nosso planeta até a Lua. Ele foi descoberto em 1898, e seu nome foi uma homenagem ao deus grego do amor. Sim, Eros, aquele carinha que usa flechas para fazer as pessoas se apaixonarem umas pelas outras, bagunçando nossas vidas e partindo nossos corações — sim, o Cupido da mitologia grega.

Entre tantas descobertas fascinantes do espaço, está a pasta nuclear. Não chega aos pés da que a minha vó faz, mas também não é ruim! A receita diz que você deve: Um — esperar uma estrela atingir certa idade, aquela em que explode (hmmm, entendi... e ter MUITA paciência, né, por que isso deve demorar alguns bilhões de anos...)

Dois — Após a explosão, juntar os nêutrons que restaram e misturá-los bem até obter um ensopado bem denso. Depois, tempere com gravidade a gosto. E, para finalizar, não se esqueça de assar tudo a uns 600 mil graus.

A pasta nuclear é sem dúvida uma das refeições mais estranhas do cardápio do universo, mas também o material mais forte que existe. Você precisaria de 10 bilhões de vezes mais força para quebrar um prato de pasta nuclear do que para quebrar o aço. Os cientistas acreditam que essa coisa é tão forte assim por que é incrivelmente densa. Tipo eu. Imagine o seguinte: um milhão e trezentas mil Terras esmagadas e espremidas até tudo ficar do tamanho da cidade de Toronto.

Oumuamua é o primeiro visitante que entrou no nosso Sistema Solar — algo que os cientistas estavam esperando há décadas. Esse misterioso objeto foi descoberto em outubro de 2017, e acredita-se que seja um pedaço de algum corpo maior que se formou fora do sistema solar e se despedaçou durante o trajeto.

O Oumuamua, que significa “mensageiro de muito longe que chega primeiro”, em havaiano, é um objeto alongado que lembra um grande pepino espacial — algo nunca visto antes. Ele tem “aceleração não-gravitacional”, e ninguém sabe como move, já que não há nenhuma cauda ou qualquer sinal de saída de gás.

A Estrela de Tabby certamente está entre as coisas mais misteriosas do universo. Ela está a mil anos-luz de distância de nós, e é 50% maior e mais quente que o Sol. Em 2015, os cientistas perceberam que o brilho dela diminuía até 22%. Grandes nuvens de poeira poderiam causar isso, mas a estrela era velha demais para ter essas nuvens. Ainda não se sabe ao certo o que poderia estar causando tamanho ofuscamento.

As nebulosas são nuvens gigantes de poeira, gás e plasma que sempre trazem alguma surpresa. Elas conseguem mudar e assumir praticamente qualquer formato: de ovo frito, de cabeça especial, de anel de diamantes...
A nebulosa do Quadrado Vermelho é um dos objetos mais fascinantes que existem. Ninguém sabe explicar como nem de onde veio — ela simplesmente é uma caixa brilhante e quase simétrica no meio do nada.

A cerca de 210 anos-luz de distância da Terra, há uma constelação chamada Lyra — é lá que fica o sistema Kepler-37. O Kepler-37b é o menor planeta desse sistema: com menos de um terço da massa terrestre, é apenas um pouquinho maior que a Lua. Os cientistas acreditam que seja um planeta rochoso e sem ar, parecido com Mercúrio.

Agora vamos para a Sagittarius B2, uma das maiores nuvens moleculares de poeira e gás da nossa galáxia. Ela fica a cerca de 25 mil anos-luz da Terra, e perto do centro da galáxia via Láctea. Pesquisas mostraram que ela contém mais de 50 moléculas diferentes — e uma delas é uma coisa adocicada, com gosto parecido com framboesa. Aaah, finalmente estamos descobrindo planetas gostosos — o espaço está ficando cada vez melhor!

As Bolhas de Fermi são duas gotas gigantes misteriosas feitas de raios cósmicos, gás e poeira, descobertas em 2010. Elas ficam no buraco negro central da nossa galáxia, uma em cada lado. Essas bolhas se expandiram abaixo e acima da nossa galáxia ao longo do tempo, então agora têm 50 mil anos-luz de diâmetro. Ninguém sabe como chegaram lá, mas uma teoria diz que elas têm alguma relação com os mesmos buracos negros que ocorreram cerca de 6 milhões de anos atrás.

O Gliese 436b é um dos planetas mais estranhos que existem — ele é extremamente quente, mas feito de gelo. É do tamanho de Netuno, e precisa de apenas um pouco mais que dois dias para fazer uma órbita completa ao redor de sua estrela-mãe. Deduz-se que a temperatura de sua superfície sobe até 450 graus, mas ainda assim o gelo não derrete, já que o planeta tem uma enorme gravidade.

Os buracos negros nem sempre são supermassivos: o IGR fica na constelação Scorpius e é apenas de 3 a 10 vezes mais massivo do que o Sol, o que faz com que seja o menor buraco negro já descoberto até agora. O NGC 3842, por outro lado, é inesquecível: fica em uma galáxia diferente, e é cerca de 2.500 vezes maior e mais forte do que o buraco negro localizado no centro da Via Láctea.

Ah, Vênus — o planeta dos superlativos! O mais próximo da Terra, a superfície mais quente, nuvens refletivas que o fazem ser o mais brilhante visto da Terra e o maior número de vulcões — são 1.600 — quando comparado a outros planetas do nosso sistema solar. Também estamos falando do corpo que gira mais devagar no universo, e que mal consegue fazer uma rotação: ele leva 243 dias terrestres para dar uma única volta.

Vênus é tão lento que você anda mais rápido do que ele se move para completar uma volta. O planeta segue em sentido contrário ao da Terra, então é por isso que o por-do-sol de lá é no leste, e o sol nasce no oeste.

O 55 Cancri-e tem o dobro do tamanho da Terra, com temperaturas de até 2.700 graus — condições perfeitas para transformar carbono em diamante. Sim, um terço dele é coberto de carbono, o que torna esse planeta de diamantes um dos mais caros do universo.

Cientistas que observam mudanças especiais na Antártica veem neutrinos pelo menos uma vez por mês. Mesmo assim, o que atingiu nosso planeta em 2017 era muito especial: foi o primeiro cujas origens foram descobertas. Estudos indicaram que esse neutrino levou 4 bilhões de anos para chegar à Terra.

Ele saiu de um enorme buraco negro no centro de uma galáxia que estava destruindo toda a matéria ao redor... ei, seja bem-vindo ao seu novo lar.

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