O mistério dos Montes Mima foi solucionado apenas pela metade e somente após 74 anos
32 quilômetros ao sul de Olympia, Washington, há estranhos montes de grama de dois metros e meio de altura e nove metros de largura. Eles cobrem uma área de quase dois vírgula cinco quilômetros quadrados. Essas pequenas colinas são conhecidas como Montes Mima, e ninguém sabe o que os criou. Eles vêm causando pesadelos nos geólogos há quase 200 anos. Os cientistas têm discutido sobre o que fez exatamente com que esses montes se formassem por toda essa região. Existem teorias como terremotos, geleiras, respiradouros de gás, inchaço de argila e até cupins!
Em 1942, geólogos supuseram que os gophers, animais semelhantes aos esquilos, poderiam ter criado os montes. Em 1987, a teoria foi testada. Pequenos pedaços de metal foram empurrados para os montes e monitorados com a ajuda de um detector de metais. Enquanto os gophers cavavam suas tocas, os pedaços de metal eram empurrados morro acima. Um programa de computador analisou esses resultados. Descobriu-se que muitas gerações de gophers podiam de fato ter formado os montes. Eles levariam centenas de anos. Mas por que eles empurram o solo para cima, se movê-lo para trás dispenderia muito menos energia, ainda o está claro. Até agora, o envolvimento dos gophers ainda é apenas uma teoria.
Os cientistas costumavam considerar a floresta amazônica um grande ecossistema que está repleto de árvores há milhões de anos. No entanto, quando os geoglifos da Amazônia com cinco metros de largura foram descobertos, todas as teorias foram alteradas. Esses geoglifos provaram que a área parecia muito diferente antes que a floresta começasse a crescer ali. Parecia uma savana moderna. Os cientistas coletaram amostras de solo perto dos lagos. E os resultados mostraram que esse solo não veio de floresta tropical e, sim, de terras áridas!
Isso pode significar que as pessoas que moravam aqui provavelmente tinham um ambiente completamente diferente do que os cientistas pensavam. Os geólogos ainda estão estudando os geoglifos. Eles estão tentando descobrir a que propósito serviram.
Conhecida como o Olho da África, a Estrutura de Richat é um objeto em forma de anel com cerca de cinquenta quilômetros de largura no meio do deserto.
Richat foi inicialmente considerado um local de impacto de meteorito. Mas agora, os cientistas acreditam que tenha sido criado pela erosão de uma colina ou montanha. Ele foi erodido com o tempo, mas deixou para trás camadas de anéis rochosos que já foram uma montanha. “O Olho” é tão proeminente, que os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional podem vê-lo de lá.
A Antártica é o lugar mais frio, seco e ventoso da Terra. Mas a coisa mais estranha sobre isso pode estar localizada nas profundezas do gelo. Até cerca de 60 anos atrás, a Antártica era considerada uma planície. Tudo isso mudou em 1958, quando a Cordilheira de Gamburtsevs foi descoberta. Ela estava escondida sob três quilômetros de gelo. Seus picos tinham mais de 3.000 quilômetros de altura. E toda ela se estendia por 1.200 quilômetros. Isso é um terço da altura do Monte Everest e cerca de metade do comprimento do Himalaia. Ninguém jamais viu as montanhas Gamburtsev. O gelo esconde vales profundos e declives acentuados. Elas poderiam mostrar como a Terra era há milhões de anos.
O Lago Vostok na Antártica Oriental foi descoberto em 2012 durante uma perfuração. Os cientistas encontraram um lago de água doce, intocado e descongelado, sob mais de três quilômetros de gelo. Os pesquisadores acreditam que micro-organismos não descobertos e processos geoquímicos únicos podem existir no lago. Afinal, ele não viu a luz do sol e nem foi exposto à atmosfera da Terra por mais de 15 milhões de anos. Mas perfurar o lago provavelmente arruinará o ecossistema abaixo e contaminará um dos últimos lugares intocados do planeta.
Há uma anomalia de aproximadamente 100 metros no Oceano Índico, conhecida como a Depressão Geoide do Oceano Índico. Ela produz a maior força gravitacional natural de distorção do mundo. Depósitos minerais pesados, muitas trincheiras no fundo do mar e reservatórios de magma perturbam o campo magnético nesta área. A gravidade da Terra muda em diferentes lugares do planeta. Isso permite que os pesquisadores procurem padrões e descubram o que está acontecendo abaixo da superfície. Campos de gravidade mais alta geralmente significam materiais mais densos abaixo, e vice-versa. Alguns cientistas acreditam que a anomalia pode ser uma depressão no manto do planeta que está subindo até a crosta.
A caverna dos cristais fica no estado mexicano de Chihuahua. Essa caverna é preenchida com incríveis cristais de gesso que cruzam toda a área subterrânea. As cavernas foram descobertas em 2000, quando trabalhadores drenavam água de uma mina de zinco e encontraram essas estruturas cintilantes.
Os cristais eram tão puros e grandes, atingindo cerca de dez metros de comprimento, e tinham bordas tão afiadas que os geólogos não podiam datá-los usando métodos convencionais. Felizmente, os pesquisadores descobriram amostras de bactérias de 50.000 anos dentro de uma das construções do complexo.
Era extremamente difícil trabalhar no local. Lá, as temperaturas atingiram 58 graus Celsius, e a umidade era extremamente alta. Os cientistas precisavam de equipamento especial de resfriamento para descer até a caverna — embora fizessem apenas viagens curtas. Infelizmente, a empresa proprietária da mina inundou novamente o sistema de cavernas, impedindo qualquer estudo posterior.
A cerca de 720 quilômetros de Bangkok, no nordeste da Tailândia, há uma formação rochosa de 75 milhões de anos. Essas rochas parecem três baleias nadando juntas. O belo design criado pela natureza ficou conhecido como “Pedra das Três Baleias”.
Milhões de anos atrás, essa área era apenas um deserto. Mas a terra estava mudando. Gradualmente, o arenito foi sendo separado pelos movimentos das placas tectônicas e pela erosão. É assim que essas formações espetaculares foram criadas. Se você decidir explorar o sistema de trilhas ao redor da Pedra das Três Baleias, encontrará cachoeiras e uma abundância de fauna e flora.
Os habitantes locais chamam a cratera Patomskiy, na Sibéria, de “Ninho da Águia de Fogo”. É um gigantesco monte de calcário de 150 metros de largura e 40 metros de altura. Nada cresce perto ou em cima dele, e os animais fazem o possível para evitar esse lugar.
Descoberta pela primeira vez por geólogos em 1949, acredita-se que a cratera tenha cerca de 500 anos. A teoria mais provável de sua origem é uma explosão de vapor. Isso poderia acontecer durante um período de rápida expansão do gás na região.
Os cientistas acreditam que o Ninho da Águia de Fogo pode ser um vulcão de gás muito raro. Estoques gigantescos de gás podem ter ficado presos no subsolo devido à formação de calcário ao redor, criando uma pressão imensa. Uma liberação repentina do gás armazenado pode ter formado este buraco do tamanho de um mamute na floresta circundante.
O lago Hillier, na Austrália Ocidental, tem apenas 610 metros de comprimento. Mas sua cor confunde os geólogos há muito tempo. Ao contrário da maioria dos lagos rosa do mundo, o lago Hillier tem sua cor rosa o ano todo. Sua tonalidade não é afetada pela luz solar ou temperatura.
Se você olhar de cima, a cor brilhante do lago estará em forte contraste com o azul circundante da Grande Baía Australiana. A verdadeira razão para a cor única do Hillier ainda não é totalmente compreendida. Muitos presumem que tenha algo a ver com microalgas no lago. Ou pode ser uma reação entre o sal e o bicarbonato de sódio encontrados na água.
As Colinas de Chocolate, na província de Bohol, nas Filipinas, são cobertas por uma exuberante vegetação verde durante a maior parte do ano. Mas esses mais de 1.200 montes ficam com cor de chocolate durante a estação seca. Foi isso que lhes deu esse nome. Estranhamente, nenhuma árvore ou arbusto cresce neles.
Outro mistério é como os montes conseguiram se desenvolver de forma tão simétrica. Existem mitos que envolvem gigantes jogando pedras uns nos outros por dias a fio durante uma luta.
Os cientistas acreditam que os montes de 45 metros de altura foram criados pela erosão do calcário que foi empilhado sobre a argila. Mas até hoje, o mistério de sua formação permanece sem solução.
A Grande Inconformidade representa cerca de 1 bilhão de anos de registros de rochas perdidas. Ela aparece em todos os tipos de formações rochosas no mundo inteiro. Os cientistas vêm tentando encontrar as respostas de como e quando essa enorme quantidade de material pode ter desaparecido.
Uma das teorias mais plausíveis envolve geleiras. Isso poderia acontecer durante o tempo conhecido como Terra bola de neve. Foi quando o planeta era completamente coberto por gelo. Em seguida, as geleiras destruíram centenas de milhares de toneladas de rocha e terra. Isso deixou uma lacuna gigantesca de pouco mais de um quilômetro de espessura entre as camadas de rocha vizinhas. Alguns geólogos acreditam que o registro desapareceu quando o supercontinente Rodínia se formou e se separou.
Localizados nas Penínsulas Yamal e Gydan, esses buracos expansivos foram descobertos em 2014. Eles parecem ainda estar mudando e evoluindo. Os fossos ficam mais largos e as pessoas os encontram com mais frequência. Claro, não faltam teorias sobre como eles surgiram. As sugestões variam de impactos de meteoritos à atividade de outras civilizações. Mas a explicação mais comum é que o gás metano reagiu às partículas de água depois que o permafrost do planeta começou a derreter. Isso resultou na explosão de bolhas de metano no gelo. As crateras podem ter milhares de anos, mas ninguém sabe ao certo.