O Lado Bizarro da Beleza: 11 Tendências Insanas do Passado

Saúde
há 9 meses

Sabia que os Romanos Antigos usavam substâncias químicas tóxicas na maquiagem, mesmo tendo noção do perigo que elas ofereciam? Hoje vamos mostrar alguns rituais malucos de beleza e modinhas do passado.
Antigamente, a beleza tinha seu preço. Os romanos usavam ingredientes venenosos misturados a produtos saudáveis e orgânicos. E sim, desde os primórdios, eles sabiam que essas substâncias eram nocivas. Aqui estão 3 que eram utilizadas em nome da “beleza”.
A primeira é o cinábrio, uma perigosa mistura química que continha sulfeto de mercúrio e chumbo. Mulheres a passavam como blush. Ainda bem que as gregas contavam com alternativas orgânicas para esse veneno, como pétalas de rosas. Infelizmente, a intoxicação por mercúrio existe até hoje, causada por alguns produtos para “cuidar” da pele.

O segundo ingrediente sinistro que era utilizado na maquiagem é o Kohl, uma substância venenosa que oferece vários riscos, podendo causar até cólicas abdominais. E mesmo assim foi um dos produtos de beleza mais populares de antigamente, adotado em vários lugares — do Oriente Médio à África. Quando ouve falar sobre a Cleópatra, você certamente imagina uma mulher poderosa com olhos marcantes. Acredita-se que a rainha egípcia passava um delineador feito de kohl.
A diferença desse elemento para outros tipos de cosméticos é que ele não era utilizado somente para realçar a beleza. Os egípcios antigos acreditavam que o kohl continha propriedades espirituais e medicinais. E tinham certeza de que essa substância preta protegia os olhos dos perigos do sol. Além disso, usá-la era como pedir para o deus egípcio Hórus os proteger de espíritos maus e da fúria de outros deuses, como Ra — que, a propósito, era o deus dos líderes de torcida, já que as mocinhas dizem “Ra!” o tempo todo. Brincadeirinha. Enfim — hoje em dia, a maioria das pessoas deixou de lado o kohl como delineador. Apesar de que em algumas partes do mundo, como na Índia, esse pigmento ainda esteja presente na maquiagem.

A partir de agora, vou falar sobre produtos clareadores mais de uma vez neste vídeo, pois pessoas de várias épocas e civilizações queriam ter peles alvas como giz. Os romanos faziam uso de uma substância chamada cerusa, que significa “açúcar de chumbo”, em latim. Os membros da elite queriam deixar seus rostos mais pálidos. Mas apesar de alguns romanos terem escolhido este agente clareador perigoso, outros optaram por um menos nocivo: o pó de giz. O chumbo é extremamente tóxico: pode causar rupturas de pele e até consequências piores. Mas os romanos o deixavam entrar em seus procedimentos estéticos, inclusive para pintar cabelos. E não é só isso: pesquisadores acreditam que utensílios revestidos de chumbo causaram envenenamento a longo prazo, dando cabo de impérios inteiros!
Dos séculos XV ao XVIII, quanto mais pálida fosse a pele de um indivíduo, mais bonito ele era. Então, era comum ver pessoas aplicando uma mistura de chumbo branco e vinagre em seus rostos. Isso fazia a pele descascar, então era a vez do sulfato de chumbo para remover sardas. A longo prazo, esse hábito resultava em danos irreversíveis. A pele passava a ter um monte de problemas e imperfeições, que eram cobertos por mais produtos. Mas você sabe como ela funciona, né? Quando se tenta esconder algum problema, ele só piora. E quando se começa, não se pode mais parar.

Por falar nisso, se você tivesse vivido na Grécia Antiga, suas sobrancelhas certamente não seriam como são hoje. É que a moda da época era ter uma monocelha. Frida Kahlo teria feito muito mais sucesso se tivesse nascido naquele período. Quem tinha monocelha era considerado puro e inteligente. As mulheres sem essa taturana na testa tingiam pelos de carneiro e os usavam para conectar suas sobrancelhas.

Agora que você já está menos chocado com os padrões de beleza do passado, podemos abordar algumas práticas da Ásia. Vamos começar com o Pé de Lótus, uma tradição chinesa. Por ela, as mulheres precisavam ter pés pequenos — exageradamente pequenos. Essa moda durou muito tempo, do século XIII ao XX. As autoridades proibiram a prática oficialmente em 1912. Mas como funcionava? Bem, havia um ditado que dizia que “a noiva mais desejada tem pés com 8 cm de comprimento”. Ele era tão poderoso que as jovens faziam de tudo para seus pés não crescerem. Desde crianças, elas os atavam, iniciando um processo difícil e doloroso. Com ataduras tão apertadas, os ossos não cresciam apropriadamente. Aí, na fase adulta, a mulher tinha dificuldade para andar e até adquiria problemas no quadril e coluna.

Vamos deixar os pés de lado e falar sobre as mãos. A moda era uma oportunidade de ostentar status social. Então, os aristocratas deixavam suas unhas crescerem até atingirem 25 cm de comprimento. Como você pode imaginar, não dá pra fazer praticamente nada com garras tão grandes, nem coisas simples, como segurar uma colher ou pentear os cabelos. É por isso que eles tinham servos para ajudá-los com as tarefas do dia a dia. E mais: usavam acessórios, parecidos com gaiolas, para impedir que as unhas se quebrassem. Feitas de ouro, essas grades não só protegiam, mas escancaravam por aí o quão abastados seus donos eram.

Vamos agora para o Japão, para uma época na qual um sorriso preto era muito desejado. A prática de escurecer os dentes se chama “Ohaguro”. Ela simbolizava a maturidade e a beleza. O líquido escurecedor continha limalha de ferro, vinagre, chá e alguns outros ingredientes. Essa mistura não causava manchas permanentes nem danificava os dentes, mas dizem que deixava a pessoa com um hálito horrível.

Se você tivesse veias acentuadas na França pré-revolução, chamaria a atenção por onde passasse. Veias azuis eram consideradas um sinal de nobreza e de privilégios. Na época, as mulheres usavam lápis azuis para pintar o contorno de suas veias, como as das mãos, por exemplo.

A Rainha Elizabeth Primeira foi provavelmente quem lançou a tendência de pintar o rosto de branco até parecer um fantasma. Como mencionei antes, o hábito de empapar o rosto com maquiagem branca existiu em várias épocas diferentes. Mas quem viveu no século XIX deu um passo além, com placas de arsênio. Sim, essa substância eliminava mesmo os glóbulos vermelhos do corpo, fazendo a pele ficar mais branca. Mas a “cútis pálida perfeita” vinha com um preço amargo, pois quem a conseguia poderia sofrer com sangramentos internos, queda de cabelo, cegueira e outras consequências. Do mesmo modo, a “aparência tuberculosa” era famosa entre os vitorianos. Quem sofria com a doença tinha lábios vermelhos, cintura fina e pele pálida. E o povo achava isso lindo... é, eu sei. Perturbador...

Existe uma planta venenosa chamada “Beladona”, cujo nome significa “mulher bonita”. Era usada para dilatar as pupilas femininas, para que os olhos ficassem mais escuros e mais expressivos. Por isso o nome.
Testas largas eram admiradas na Idade Média. As pessoas arrancavam seus cílios, sobrancelhas e até a linha do cabelo para aumentar a área da testa. Acreditava-se isso as deixava alegres iguais a bebês, aparentando ser puras e inocentes. Espero que não tenham tentado imitar outros hábitos infantis!

Este aqui não serviu para fins estéticos! Marie Curie descobriu a radiação em 1898. Sua invenção mudou muitas coisas no mundo da medicina. Os fabricantes de cosméticos queriam se beneficiar da descoberta, então começaram a usar radiação em seus produtos. Eles simplesmente se jogaram na novidade sem analisar os efeitos que isso causaria. Nas décadas de 1920 e 1930, algumas empresas faziam propaganda de cremes, sabonetes e produtos de beleza radioativos. Difícil de acreditar, não? Algumas das frases de efeito nas propagandas eram “revitaliza a pele” e “energia luminosa”. E ainda tinha “brilho saudável”! Quanta inocência.

Houve uma época em que cílios postiços eram costurados nas pálpebras.
Os corpetes dos séculos XVIII e XIX eram tão apertados que alteravam os esqueletos das mulheres.
Hoje, consideramos essas modas bizarras e cruéis, mas jamais subestime o poder dos costumes, tradições e da percepção. Talvez, daqui a cem anos, vão nos analisar e dizer o mesmo sobre as práticas malucas do século XXI. E aí, você acha que já chega de bizarrices de épocas passadas, ou quer ouvir mais sobre o que era tendência antigamente? Escreva nos comentários.

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