Ser mãe depois dos 40 pode ser o segredo para uma vida mais longa

As pessoas tendem a julgar mulheres que se tornam mães mais tarde na vida. Mas estudos recentes mostraram que mulheres que dão à luz aos 40 anos têm mais chances de viver até os 100. Acontece que existe uma ligação clara entre esperar mais para se tornar mãe e a longevidade, e especialistas médicos estão explicando os detalhes.

Mulheres que dão à luz mais tarde podem desfrutar de uma vida mais longa

Mulheres que conseguem ter filhos naturalmente mais tarde na vida tendem a viver mais, e os fatores genéticos que tornam isso possível também podem contribuir para uma longevidade excepcional. Diversos estudos identificaram uma ligação entre a idade da mulher ao ter seu último filho e a probabilidade de viver uma vida excepcionalmente longa. Pesquisas indicam que mulheres que deram à luz depois dos 40 anos tinham quatro vezes mais chances de chegar aos 100 anos em comparação com aquelas que tiveram seu último filho mais jovens.

Dar à luz mais tarde na vida significa que você está com ótima saúde

Mulheres que dão à luz entre os 30 e 40 anos também têm maior probabilidade de viver mais. Pesquisas mostraram que mulheres que têm filhos após os 33 anos tendem a viver mais do que aquelas que têm seu último filho antes dos 30. No entanto, os pesquisadores não aconselham que mulheres adiem a maternidade apenas para aumentar suas chances de longevidade.

Eles sugerem que a idade em que uma mulher tem seu último filho pode servir como um indicativo da taxa geral de envelhecimento. A capacidade natural de engravidar em idade mais avançada provavelmente indica que o sistema reprodutivo da mulher está envelhecendo mais devagar, o que pode refletir um processo de envelhecimento mais lento do corpo como um todo.

Você tem mais chances de viver até os 95 se tiver filhos após os 33

O estudo utilizou dados do Long Life Family Study, que analisa fatores biológicos, psicológicos e genéticos em 551 famílias conhecidas por terem muitos membros que vivem bastante. Os pesquisadores observaram quando 462 mulheres tiveram seu último filho e quanto tempo viveram depois disso. Eles descobriram que mulheres que tiveram seu último filho após os 33 anos tinham o dobro de chances de viver até os 95 anos ou mais, em comparação com aquelas que tiveram seu último filho até os 29.

Os resultados também sugerem que as mulheres podem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento de traços genéticos que retardam o envelhecimento e reduzem o risco de doenças relacionadas à idade. Isso pode contribuir para uma vida mais longa em pessoas que vivem até idades extremamente avançadas.

Mães mais velhas tendem a aproveitar mais a maternidade

Muitos estudos destacam os benefícios de se tornar mãe mais tarde na vida. Hoje, mães mais velhas tendem a ter mais escolaridade e famílias menores. Isso representa uma mudança em relação ao passado, quando mães mais velhas geralmente tinham menor nível educacional e famílias maiores. Como resultado, crianças nascidas de mães mais velhas hoje em dia tendem a ter melhores resultados em comparação com aquelas nascidas de mães mais jovens no passado.

Pesquisas também mostram que mães mais velhas geralmente se sentem mais felizes durante e após o parto, enquanto mães mais jovens podem não experimentar essa felicidade ou perdê-la rapidamente.

Gravidez tardia pode manter o cérebro afiado

Também é possível que gestações mais tardias ajudem a proteger contra o declínio cognitivo. Pesquisadores descobriram que mulheres tendem a ter melhor função cerebral se tiveram seu último filho após os 35 anos. O estudo examinou o histórico de gravidez de 830 mulheres entre 41 e 92 anos. Os resultados apoiam fortemente uma ligação entre ter filhos em idade mais avançada e a manutenção das capacidades cognitivas na velhice.

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