Mulher com síndrome de Down cria filho com a mesma condição, desafiando expectativas e sendo uma mãe solo inspiradora
Indo contra todas as probabilidades e expectativas sociais, uma mulher com síndrome de Down deu à luz um menino. E ainda assumiu o papel de mãe solo, enfrentando os desafios de cabeça erguida ao lado do seu precioso filho, que partilha a mesma condição. Com muito amor e carinho, há 27 anos essa mamãe arrasa na criação do seu garoto.
As pessoas se afastaram quando ela engravidou
Ao longo da história, as pessoas com síndrome de Down têm sido julgadas por outras em relação à maternidade. No passado, eram esterilizadas à força e, apesar de as leis atualmente impedirem isso, o estereótipo se mantém. Apesar de Lisa aos 30 anos ter um emprego estável e um namorado, quando os amigos souberam da gravidez dela, cortaram as relações. Ela era vista como uma “má influência”.
Contra todas as probabilidades, Nick nasceu
Tal como Lisa, seu bebê também nasceu com síndrome de Down. O pai, o namorado de Lisa naquela época, tinha 25 anos e também tinha a mesma condição. O casal se conheceu no trabalho e começou a namorar. Ele esteve ao lado de Lisa quando ela deu à luz, mas logo os dois se separaram.
A mãe de Lisa a protegeu
A mãe de Lisa, Patti, se lembra de ter ficado chocada ao saber da gravidez da filha. “Estava lendo minhas mensagens no trabalho e tinha uma da Lisa dizendo: ’Oi, mãe. Só queria telefonar para te dizer que você vai ser avó’.” Naquela época, Lisa já vivia de forma independente e Patti sabia do relacionamento da filha, mas tinha a impressão de que os homens com síndrome de Down eram estéreis.
“Muitas pessoas, mesmo os amigos próximos, disseram: ’Patti, você não deveria assumir, pode fazer uma adoção aberta e continuar fazendo parte da vida do bebê”, lembrou Patti, com 48 anos na época. No final, ela optou por se mudar para perto da filha e ajudá-la a criar o filho, apesar de ter se casado de novo recentemente, com planos de viajar pelo mundo.
As duas mulheres dividiram os papéis. Lisa ficou encarregada da sacola de fraldas de Nic, enquanto Patti lhe indicava o que deveria levar na mala. Lisa trocava as fraldas de Nic e lhe dava banho sob a supervisão de Patti. Durante duas semanas, Lisa amamentou seu bebê, passando mais tarde para o leite infantil.
Nic se sente grato por ter “duas mães”
Hoje, aos 27 anos, a educação de Nic gira principalmente em torno da avó, Patti, de 75 anos. Mas Lisa reside em um apartamento próximo, mantendo uma relação estreita com Nic. O garoto sofreu uma perda significativa aos 5 anos, quando o seu pai morreu devido a um problema cardíaco. Norm, o marido de Patti, a quem Nic chamava carinhosamente de pai, infelizmente faleceu em 2021.
Sempre que Nic fala da sua amada mãe, Lisa, seu rosto se ilumina e ele reforça o quanto ela é “amorosa e atenciosa”. A sua ligação é reforçada por momentos alegres de jogos juntos e de passeios de lazer, criando memórias queridas que fortalecem a conexão entre eles.
Nas palavras de Nic, Patti é uma “ótima cozinheira”, reconhecendo com orgulho seus dotes culinários. Por sua vez, Patti expressa sua sincera gratidão por ter Nic ao seu lado, especialmente agora que Norm já não está mais presente. A presença de Nic representa um apoio e uma assistência inestimáveis, seja ajudando-a a alcançar os objetos ou a lidar com frascos difíceis de abrir.
“Considero-me sortudo porque tenho duas mães incríveis”, diz Nic, reconhecendo o amor e o apoio únicos recebidos de Lisa e Patti.
A história de Lisa prova que, com amor e determinação, tudo é possível. E ela não é a única mãe com síndrome de Down quebrando estereótipos. Um pai com síndrome de Down foi parar nas manchetes ao criar o filho, que acabou se tornando médico, e não podemos deixar de aplaudir esses espíritos fortes!