Mistério da Via Láctea: diferente de tudo que já foi visto
Astrônomos descobriram recentemente um estranho objeto distante da Terra. Ele desaparece a cada dois minutos e emite ondas de ruído de rádio três vezes em uma hora. Foi visto pela primeira vez por um estudante chamado Tyrone O’Doherty enquanto olhava para o céu em seu país natal, a Austrália.
Esse objeto espacial parece ser diferente de tudo o que já foi visto no espaço. Por causa de seus movimentos “calculados”, os cientistas chamam esses tipos de objetos de “transientes”. Na verdade, eles não são tão raros de encontrar. Quando os cientistas estudam os transientes, na maioria das vezes eles os procuram perto de uma grande estrela ou das coisas que ela deixa para trás depois de se apagar.
Os transientes têm todos os tipos de formas e tamanhos. Alguns são lentos, levam alguns dias para aparecer e permanecem ali por alguns meses. Outros transientes são muito rápidos e aparecem por apenas um segundo. Mas não há muitos transientes que estejam entre essas duas velocidades. É isso que torna essa última descoberta muito especial e inesperada.
Falando de coisas estranhas que encontramos no Universo, o objeto mais resistente que conhecemos é feito dos restos de uma estrela que se desvaneceu. Os cientistas descobriram, por meio de experimentos, que, quando o centro de uma estrela desvanecida é espremido por muita gravidade, ele se transforma em um tipo de material parecido com espaguete e que é extremamente forte. Mesmo que tecnicamente fosse possível tocá-lo com a mão e tentar quebrá-lo, seria necessário usar 10 bilhões de vezes mais força do que a necessária para quebrar o aço.
Os planetas também podem ser estranhos. Haumea é um exemplo perfeito. Esse planeta-anão se move ao redor do Sol muito longe da Terra, além de Netuno. Ele é diferente dos outros planetas porque tem o formato de uma salsicha e conta com duas pequenas luas. Ele também gira muito rápido: um dia nesse planeta tem apenas quatro horas terrestres. Em 2017, os cientistas viram algo estranho quando Haumea passou em frente a uma estrela. Eles notaram anéis muito finos ao seu redor, que provavelmente apareceram quando outros objetos espaciais estavam se chocando em sua vizinhança há muito tempo.
Já ouviu falar de lua lunar? É um nome sofisticado para uma lua que orbita outra lua. O pessoal na Internet deu asas à criatividade com esse objeto e inventou todo tipo de nome diferentão, como submoon, moonito, grandmoon e moonette. Esse tipo de objeto é apenas uma teoria no momento, mas os cientistas acham que é possível que ele exista. Talvez um dia a gente vai descobrir um!
Há muitas luas estranhas em nosso Sistema Solar, como Io, que é muito vulcânica, e Tritão, que tem gêiseres. Mas uma das luas de aparência mais estranha é Hyperion, uma lua rochosa com muitas crateras e que parece uma pedra-pomes. Uma espaçonave chamada Cassini também descobriu que Hyperion tem um feixe de eletricidade estática saindo dela. O motivo dessa atividade estranha ainda está em debate.
Nem todas as estrelas se comportam da mesma forma. Quando uma cientista chamada Tabetha Boyajian e sua equipe observaram essa estrela, ficaram confusos. Também conhecida como estrela de Tabby, esse objeto espacial escurecia inesperadamente (às vezes em até 22%) por períodos aleatórios de tempo. As pessoas tinham diferentes teorias sobre por que isso poderia acontecer, incluindo a ideia de que seria algo causado por outra forma de vida à espreita no Universo! No entanto, atualmente, a maioria das pessoas acredita que a estrela está cercada por um estranho anel de poeira que a faz parecer mais escura de vez em quando.
Algumas galáxias são igualmente incomuns. A DGSAT I é um tipo de galáxia chamada ultradifusa. Isso significa que ela é muito grande, semelhante à nossa galáxia Via Láctea, mas tem poucas estrelas e é difícil de ser vista com telescópios comuns. Os cientistas descobriram a DGSAT I em 2016 e notaram que ela estava sozinha, o que é incomum para galáxias ultradifusas. Isso significa que a DGSAT I é muito antiga e se formou há muito tempo, cerca de 1 bilhão de anos após o início do Universo.
A NGC 247 é outra galáxia espiral estranha que parece quase inventada. Ela é menor que a Via Láctea e tem áreas brilhantes onde aparecem novas estrelas. Entretanto, há também um “vazio” escuro que parece um buraco em um lado do núcleo da galáxia. Algumas teorias sugerem que esse vazio pode ter sido causado por interações gravitacionais com outra galáxia ou uma gota de matéria escura. Outra teoria sugere que poderia ser o trabalho de outra civilização construindo algo estranho no local.
O Catálogo Exótica lista algumas galáxias incomuns que podem ter grandes civilizações vivendo nelas. Os cientistas estão tentando construir novos telescópios que facilitarão encontrá-las. O Observatório Vera C. Rubin no Chile, por exemplo, poderá observar todo o céu repetidamente e ver se há alguma mudança que possa nos ajudar a localizar alguns primos espaciais estrangeiros.
Caso você se depare com ele, um neutrino é uma partícula menor que um átomo, sem carga elétrica e com uma massa muito pequena. Os neutrinos são produzidos durante reações nucleares, como as que ocorrem no Sol. Eles são extremamente difíceis de detectar porque interagem com outros tipos de matéria de forma muito fraca. Os cientistas usam grandes detectores subterrâneos ou subaquáticos para detectar neutrinos. Eles estudam suas propriedades para obter uma melhor compreensão do Universo e de suas origens. Em 22 de setembro de 2017, um poderoso neutrino atingiu a Terra. Esse tipo de coisa acontece com frequência, mas esse foi especial porque os cientistas conseguiram descobrir de onde ele veio! Ele foi enviado à Terra há 4 bilhões de anos por um buraco negro muito grande em uma galáxia que estava devorando tudo ao seu redor.
Você acha que tem uma coleção de joias impressionante? Espere até ouvir isso. Os astrônomos descobriram um planeta que é feito principalmente de diamante. O planeta, chamado 55 Cancri E, é um “superplaneta” e está localizado em nossa galáxia Via Láctea. Os cientistas acreditam que pelo menos um terço da massa do planeta seja de diamante puro. Essa é a primeira vez que um planeta rochoso com esse tipo de composição é descoberto. 55 Cancri E é muito diferente da Terra, pois tem muito carbono e é muito quente, o que torna improvável a existência de vida como a conhecemos.
Aprendemos muitas coisas sobre o Universo com a ajuda do nosso confiável Telescópio Espacial Hubble. Uma das imagens mais famosas tiradas por ele é chamada de “Pilares da Criação”, uma foto de uma região da Nebulosa da Águia onde novas estrelas surgem rapidamente. Capturada em 1995, essa imagem nos permitiu ver enormes pilares de gás e poeira elevando-se acima da nebulosa e se tornou uma das imagens mais icônicas do Universo. Alguns de seus amigos podem até usá-la como imagem de fundo em seus telefones!
O Sol ao redor do qual giramos é um lobo solitário. Na realidade, muitas estrelas da galáxia têm companheiras. Castor é uma delas — um grupo de seis estrelas que formam um dos sistemas mais brilhantes e mais bonitos do céu noturno. As pessoas olham para Castor há muito tempo, mas não sabiam que eram realmente seis estrelas até a invenção dos telescópios e espectroscópios. Mesmo com um pequeno telescópio, é possível ver que Castor tem duas estrelas principais, Castor Aa e Ba, que orbitam entre si. Essas estrelas são maiores que o Sol e levam 467 anos para orbitar uma à outra.
Cientistas da Ásia encontraram mais de 500 estrelas que são muito mais estranhas do que aquelas com as quais estamos familiarizados. Elas se movem rapidamente em torno do centro de nossa galáxia, a Via Láctea. Algumas dessas estrelas se movem tão rápido que, em algum momento, deixarão a Via Láctea! A equipe por trás do projeto usou dois telescópios para estudar essas estrelas e entender adequadamente sua velocidade. Atualmente, nós as chamamos de estrelas de alta velocidade.