Estudo científico mostra que o tamanho da cabeça influencia a inteligência
Um estudo publicado recentemente na revista Nature, uma das mais prestigiadas e tradicionais publicações científicas do mundo, sugere que quanto maior a cabeça de um bebê, maior a probabilidade de que tenha sucesso na vida. Isso acontece, segundo os pesquisadores, pela relação encontrada entre o coeficiente intelectual (o famoso QI), a genética e a saúde física.
Hoje, o Incrível.club traz os resultados mais importantes desse estudo bastante polêmico.
A capacidade cognitiva e o tamanho do crânio
Pesquisadores do Biobanco, do Reino Unido, descobriram que existe uma relação entre o QI e o tamanho do crânio. Foram coletados dados de 502.655 pessoas entre 37 e 73 anos. A pesquisa contou com testes físicos e com exames de sangue, de urina e de saliva.
Ao mesmo tempo, foram realizadas avaliações econômicas e sobre antecedentes clínicos, familiares, estilo de vida, educação e entorno social. Isso tudo para gerar provas físicas e mentais. Os resultados mostraram que as pessoas que nasceram com uma circunferência neonatal maior que a média (de 34 a 36 cm) tinham maior probabilidade de obter um título universitário e melhores resultados em testes com números e de linguagem.
O que o estudo considera ’inteligência’?
O estudo assegura que existe uma relação entre o tamanho do cérebro, a capacidade cognitiva e os bons resultados nos estudos, traços que são facilmente associados à inteligência. Isso é muito importante científica e socialmente porque representa diferenças individuais nos processos cerebrais que trabalham em conjunto para resolver problemas. Portanto, os pesquisadores chegaram à conclusão de que as associações genéticas cumprem uma função muito importante.
Os bons resultados nos estudos e a genética
Foi demonstrado que há fortes correlações entre os resultados das avaliações das habilidades verbais-numéricas e o nível de escolaridade — quem foi bem nas primeiras apresentou uma tendência a ter bons níveis no segundo. Ou seja, o raciocínio verbal-numérico mostrou maior correlação com os bons resultados nos estudos. A mencionada correlação se deve, em parte, à chamada superposição da arquitetura genética de cada pessoa.
O que acontece se um bebê tem uma cabeça maior ou menor do que a média?
Embora o estudo traga resultados surpreendentes, se o seu filho não possui as características que acabamos de mostrar (e que estão associadas à inteligência), não há motivo para pânico. A OMS (Organização Mundial da Saúde), em sua tabela da circunferência da cabeça das crianças segundo a idade, considera que existem variações significativas nos bebês segundo a etnia. Além disso, outro estudo afirma que existem outros traços, como a herança familiar e o estímulo durante a gravidez e ao recém-nascido, que influenciam no desenvolvimento do cérebro e da inteligência.
Existe um outro tipo de inteligência
E, ainda que a tabela educacional mostre uma grande interação de genes (20 das 24 variáveis) relacionados com a boa saúde física e mental, existe um estudo realizado pelo psicólogo Howard Gardner (Prêmio Príncipe de Astúrias de Ciências Sociais) que defende a existência de mais de um tipo de inteligência. Ao todo são oito padrões, nos quais todos nós podemos nos enquadrar: inteligência linguística, lógico-matemática, visual e espacial, musical, corporal cinestésica, naturalista, interpessoal (inteligência social) e intrapessoal. E, claro, em cada pessoa esses padrões se manifestam de maneiras diferentes.
O estudo contribui para o que já sabemos sobre genética e saúde, por isso é tão importante. Contudo, é preciso saber que os testes foram feitos dentro de um setor específico da população, com características e traços etnográficos particulares.
O que achou dos resultados? Para você, qual é o aspecto que mais determina a inteligência de uma pessoa? Compartilhe a sua opinião nos comentários.