Imaginamos como seriam os personagens do folclore brasileiro se fossem reais
Parece ter sido ontem que estávamos brincando de Colheita Feliz no Orkut, naqueles computadores de cabine com internet lenta. Agora, num piscar de olhos, saltamos para o futuro e a brincadeira tem ficado mais interessante. E se combinássemos a tecnologia com nossa cultura folclórica? Nossa equipe utilizou a Inteligência Artificial para imaginar como seria se nossos personagens místicos fossem pessoas. Confira só!
Curupira — O menino defensor das árvores e dos animais
Curupira é uma das figuras mais conhecidas do folclore nacional: protetor da floresta e dos animais, ele tem o objetivo de desorientar caçadores ou aqueles que queiram cortar e queimar as árvores. Rápido, esperto e dono de uma força extrema, ele é descrito em muitos lugares como um menino de cabelos vermelhos (cor de fogo) e seus pés são voltados para trás. Essas pegadas ao contrário servem para confundir e seus assobios ensurdecedores são o conjunto perfeito para as melhores armadilhas.
Jaci — A Deusa Lua
Segunda a lenda da mitologia tupi, Jaci é a deusa da Lua, a protetora das plantas, dos amantes e da reprodução. Uma das versões existentes conta que Jaci estava vagando pela floresta amazônica quando encontrou Guaraci, um lindo guerreiro de pele e energia radiantes. Conforme o amor crescia, Guaraci começou a queimar com sua paixão e por isso percebeu que estaria colocando a Terra em perigo. Jaci, por outro lado, estava tão encantada que começou a chorar lágrimas de felicidade — que quase inundaram a Terra.
Sem conseguir conter as emoções, eles entenderam que seria muito perigoso ficar juntos. Jaci ficou tão triste com a separação que chorou todas as noites. Suas lágrimas escorreram e desceram pelas montanhas, e assim foi criado o Rio Amazonas.
Saci-Pererê — O menino brincalhão
Apesar do Saci ser um personagem muito popular, sua história também carrega diferentes versões, assim como a maioria das lendas. Saci-Saçurá, Matimpererê, Saci-Trique, podem ser alguns de seus nomes. No entanto, o que permanece nas histórias é um jovem de apenas uma perna, que possui uma carapuça vermelha na cabeça que lhe concede poderes mágicos. Ele é muito agitado e prega peças por onde passa. Alguns lhe veem como uma figura má, outros acreditam que tudo não passa de grandes traquinagens.
Lobisomem — Um humano capaz de se transformar em lobo
O Lobisomem é uma criatura folclórica presente na cultura brasileira, apesar de seu surgimento remeter à Europa. A lenda chegou ao Brasil através dos portugueses, uma vez que estudos concluíram que não existia uma lenda desse tipo entre os povos indígenas. Em alguns locais, acredita-se que o Lobisomem somente se transforma numa encruzilhada nas noites de sexta-feira e, ao amanhecer, retorna à encruzilhada para se transformar em homem novamente. Outras acreditam que, se uma mulher tivesse sete filhos homens, o oitavo filho seria um lobisomem.
Cuca — A bruxa protetora da floresta
Alguns estudiosos afirmam que a Cuca não é necessariamente uma lenda surgida no Brasil, que já estava presente na cultura dos espanhóis e portugueses, como os dragões Coco e Coca. Eles eram figuras tenebrosas cujo propósito era aterrorizar as crianças. A Cuca se constituiu tradicionalmente na cultura popular brasileira como uma velha enrugada de cabelos brancos e corpo encurvado. No entanto, Monteiro Lobato foi o responsável por popularizá-la em forma de jacaré. Através do livro Saci, ele a descreveu como uma “horrenda bruxa”, que possui “cara de jacaré e garras nos dedos como os gaviões”.
Negrinho do Pastoreio — O menino escravo que recebeu um milagre
É uma lenda que se popularizou no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. Conta a história de um menino escravo, que não tinha nome, mas se dizia afilhado da Nossa Senhora (Virgem Maria) e recebeu um milagre por ser um inocente que sofreu com castigos de um fazendeiro.
Após perder uma corrida apostada pelo estanceiro, ele recebeu o castigo de pastorear durante 30 dias uma tropilha de 30 cavalos. Por duas vezes os cavalos se dispersaram, mas, após acender uma vela para Nossa Senhora, o Negrinho reencontrou os cavalos perdidos.
Iara — A sereia
Mãe-d’água, Uiara, também são nomes conhecidos da Iara. Também surgida na Europa, foi trazida para o Brasil durante a colonização sendo adaptada à cultura indígena. Ela é uma sereia: parte de seu corpo possui a forma de mulher e, a outra, tem forma de peixe. Ela usa sua beleza e doce voz para atrair os homens para o fundo do mar.
Caipora — A guardiã da vida animal
Caipora é uma índia, ou duende, de baixa estatura, que mora na floresta e trabalha como protetora dos animais, principalmente daqueles que são alvo de caçadores que desejam explorar a natureza para além da sobrevivência. Algumas pessoas afirmam já ter visto a Caipora.
Kianumaka-Manã — A Deusa onça
Também conhecida como Onça Cabocla ou Mulher Onça, esta é uma guerreira que carrega a força das onças e abençoa as batalhas dos índios. Por se tratar de uma tradição oral, existem poucos textos sobre essa divindade, no entanto, ela foi majoritariamente compartilhada entre etnias indígenas do norte de Minas Gerais.
Você acha que a Inteligência Artificial acertou? Quais outras figuras gostaria de ver por aqui? Compartilhe sua opinião conosco nos comentários. 😉