Furacão, tornado, ciclone — Qual é a diferença?

Curiosidades
há 1 ano

Aah! Feche a janela! É um furacão! Ou será que é um tornado? Ou um tufão? Caramba, como é que podemos diferenciar essas coisas?! Bem, não se preocupe, pois vamos explicar tudinho aqui.
Primeiro, vamos esclarecer uma coisa: todos esses fenômenos climáticos têm a ver com ventos fortes.
Não aqueles ventinhos que levam a sombrinha das mãos, mas os que arrancam as casas e as mandam para a terra de Oz. Mas antes de entendermos a diferença entre furacões e tufões, precisamos compreender que, de modo geral, eles se encaixam em uma mesma categoria, chamada ciclone tropical.

O ciclone tropical é uma massa enorme de nuvens que se aglomera no céu e começa a girar em sentido anti-horário por causa da pressão extremamente baixa do ar. Depois de um bom tempo, ela atrai toda a umidade do lugar, e fica maior e cada vez mais perigosa. Essa rotação pode ou não se tornar um problema, mas a principal característica que nunca muda é que os ciclones sempre se formam sobre o mar.
Outra coisa: se você vive em locais onde o clima é moderado ou frio, não tem com o que se preocupar, mesmo se a sua casa for bem próxima da praia — você só ouvirá falar em ciclones nos jornais. Afinal, os ciclones não são chamados de tropicais à toa: eles se formam em regiões tropicais ou subtropicais, pois precisam de água quente para que entrem em ação.

Agora, se todos esses fenômenos são a mesma coisa, por que têm nomes diferentes? A resposta mais simples é a que confunde todo mundo. Acho que você precisará de uma mais detalhada depois disso. Então, como eu disse, os ciclones tropicais podem nem representar nenhuma ameaça às pessoas. Na verdade, eles ocorrem com muito mais frequência do que você imagina! Mas só alguns deles crescem e se tornam fortes a ponto de virarem furacões ou tufões.

A versão mais fraca de um ciclone tropical é chamada de depressão tropical. Trata-se também de um redemoinho de massa de nuvens, geralmente acompanhado de tempestades, mas a força dos ventos não é tão grande. As rajadas mais fortes são de 62 km/h, o que é muito, eu sei, mas raramente acontece. Em terra seca, você só precisaria fechar todas as janelas e portas e ficar em casa. E poderia até assistir da janela à fúria dos ventos enquanto toma uma boa xícara de chá. Mas se a depressão acontecer enquanto você estiver em mar aberto, isso será um problema, pois o vento é forte o suficiente para virar um barco, e a chuva pesada com raios só vai piorar a situação.

Quando os ventos são mais fortes que 62 km/h, o ciclone é chamado de tempestade tropical. Aí já é uma ameaça mais séria, e é melhor se esconder bem dentro de casa, pois as rajadas de ventos podem chegar a 117 km/h. Imagine um carro andando em alta velocidade na rodovia — essa é a força do vento durante uma tempestade tropical.

E só se o vento ficar mais poderoso que isso é que ele recebe o nome de furacão ou tufão. A diferença entre esses dois é quase nenhuma! Se um ciclone tropical severo, com ventos de mais de 120 km/h, surgir no Atlântico Norte ou no Noroeste do Pacífico, ele é chamado de furacão. Se surgir no Noroeste do Pacífico, é um tufão. De resto, eles são iguais, e um furacão pode até virar um tufão, ou vice-versa, se viajar de uma região para outra.
Nós ouvimos falar mais sobre furacões do que tufões porque o Oceano Atlântico é mais quente do que o Pacífico, e a água quente age como um combustível para os ciclones. Ela evapora da superfície e depois se condensa de novo no ar frio, formando nuvens, que se aglomeram e começam a girar com o vento. É por isso que os ciclones conseguem cobrir regiões extremamente grandes e se transformam em monstros se houver as condições certas.

Mas e os tornados? Eles são iguais aos ciclones? Hmm, não. Na verdade, esses dois são totalmente diferentes. Primeiro: os ciclones tropicais só se formam em regiões quentes sobre o oceano, jamais surgem em outro lugar. Já os tornados podem se formar em qualquer lugar, tanto no mar quanto na terra. Mas as características dele não param por aí.
Veja bem: um tornado é uma espécie de funil de ar que desce do céu. Ele surge durante tempestade e está mais para uma consequência do que uma causa do tempo severo. A coluna de ar cai no chão, e as velocidades do vento podem atingir de 160 a assustadores 480 km/h. Nem é preciso dizer que qualquer coisa que estiver no caminho dele será jogado para cima, seja uma pessoa, um carro ou a casa da dona Maria.

Veja bem: um tornado é uma espécie de funil de ar que desce do céu. Ele surge durante tempestade e está mais para uma consequência do que uma causa do tempo severo. A coluna de ar cai no chão, e as velocidades do vento podem atingir de 160 a assustadores 480 km/h. Nem é preciso dizer que qualquer coisa que estiver no caminho dele será jogado para cima, seja uma pessoa, um carro ou a casa da dona Maria.
Mas apesar de seu terrível poder, o tornado é um acontecimento muito localizado e dura pouco. O maior registrado pelos cientistas tinha pouco mais de 2 km de diâmetro e durou cerca de uma hora. Se comparado a ciclones tropicais, que podem ter até 1.600 km de comprimento e durar por dias ou até semanas, é como um grão de areia na praia. A propósito: os ciclones que chegam à praia podem estar acompanhados de diversos tornados que se formam sobre a terra. Eles são tipo os ajudantes dos caras grandalhões e mal-encarados.

Mesmo assim, os tornados e furacões (ou tufões, se você preferir o Noroeste do Pacífico) não são totalmente diferentes — eles têm muitas coisas em comum. Lembra da parte do redemoinho? Pois é. Tanto os furacões quanto os tornados são massas de ar poderosas que giram em alta velocidade. E o centro deles, por sua vez, geralmente é calmo e sem vento — tão calmo que é até assustador. Ele é chamado de o olho do furacão ou do tornado, e é o lugar mais seguro para ficar se você for pego por esse fenômeno. Bem, se não tiver conseguido ficar a quilômetros de distância dele, claro.
Infelizmente, você terá que ser muito sortudo para chegar ao olho e esperar até que o clima se acalme. A parede do centro possui ventos mais fortes e se você se aproximar muito dela, será lançado para longe, como se fosse um brinquedo.
Outra coisa: se você estiver no mar, o olho deixa de ser um local seguro. Os ventos ao redor dele criam ondas enormes que se cruzam dentro do furacão, e seu navio ou barco vai ter muita dificuldade para flutuar. Sem contar que só o olho de um furacão é seguro em terra. Os tornados têm diâmetro muito menor e você pode ficar bastante encrencado se tiver o azar de parar no centro de um deles. Curiosidade: você já viu o olho de um furacão? Compartilhe sua experiência com a gente nos comentários aí embaixo!

Se estiver pensando no quão poderoso um furacão pode ser, é bom saber que existem 5 categorias de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA. A categoria 1 é só um pouco mais intensa do que uma tempestade tropical, e em alguns países é até considerada como tal. A velocidade dos ventos pode chegar a 152 km/h, o que é bem forte, mas ainda assim dá pra se proteger ficando atrás das paredes de concreto de um prédio.


A categoria 2 já é outra história. O vento sopra a velocidades de até 176 km/h, e é aí que o problema começa. As rajadas são tão fortes que podem derrubar árvores e outdoors, então é superperigoso ficar na rua. Você ficará bem se tiver a sorte de entrar em algum prédio bem resistente, mas é importante ficar longe das janelas.


Quando o furacão cresce até a Categoria 3, já é um desastre. Primeiro, ele é grande. Segundo: é poderoso. Os ventos chegam a 207 km/h, e ser atingido por uma rajada dessas é como ser atropelado por um carro de corrida. É por isso que esse tipo de furacão é considerado importante. Sem contar que a chuva e os raios fazem o clima ficar ainda mais aterrorizante. É melhor se esconder em algum porão ou em outro local reforçado e esperar até o pior passar.

Um furacão da Categoria 4 é algo que não dá pra ver com seus próprios olhos. Com rajadas que atingem 252 km/h, pode arrancar árvores do chão e fazer objetos enormes voarem, provocando um estrago danado. O furacão de Categoria 4 mais recente aconteceu entre agosto e setembro de 2018, e recebeu o nome de Florence. Ele viajou da costa oeste da África, onde começou como uma depressão tropical, e cresceu em tamanho e força, até se tornar um dos furacões mais poderosos dos últimos anos.

E por fim, um furacão da Categoria 5 é uma coisa a ser evitada a todo custo. Em outras classificações, é até chamado de supertufão, ou de supertempestade ciclônica, e esses nomes já dizem tudo. O mais assustador sobre ele é, claro, a força do vento, e o super ciclone mais poderoso já registrado na história foi o furacão Allen, que atingiu o Caribe entre julho e agosto de 1980. A velocidade do vento foi de incríveis 305 km/h! É como se um trem-bala feito de ar estivesse soprando sem parar em uma região enorme!

Bem, agora, qual a explicação para os nomes? Na verdade, eles não são dados aos furacões, mas para todos os ciclones tropicais que alcançam velocidades acima de 65 km/h. E isso não é feito por pura diversão: os ciclones geralmente surgem em estações específicas, e pode haver mais de um de uma só vez se movendo para direções diferentes. Então, os serviços meteorológicos do mundo dão nomes a eles para não confundi-los.
Mais uma coisinha: algum tempo atrás, só eram dados nomes femininos aos furacões. Mas há alguns anos, oportunidades iguais surgiram também no serviço meteorológico, e agora as tempestades são batizadas com nomes dos dois gêneros.

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