E a história acabou do nada, fiquei perdida, até agora esperando o final!
Encontrei o diário secreto de minha esposa e, nele, anotações sobre um “bebê” que eu nem sonhava existir
Um dia, encontrei o antigo diário secreto de minha esposa enquanto vasculhava o sótão da casa de sua infância. Estava escondido sob um monte de coisas velhas, parecendo esquecido, como se não visse a luz do dia há anos. Ao abri-lo, esperava encontrar coisas dramáticas de adolescentes. Só que não. Eu estava redondamente errado!
Estava sob uma pilha de memórias esquecidas e, em meio ao caos empoeirado, sua capa desgastada chamou minha atenção
“Querido diário”, dizia um registro, “hoje senti algumas vibrações estranhas no meu estômago. Como se houvesse algo se formando dentro dele, mas não consigo identificar o que é.” Meus olhos se arregalaram enquanto continuava a ler. Sarah estava grávida! Como pôde esconder algo tão importante de mim?
Cada página virada revelava mais segredos dela — seus medos, suas esperanças, suas lutas. E então, bam! Cheguei ao principal — um nome que nunca tinha ouvido: Emily. Sarah falava dela como se fosse a luz de sua vida, mas nunca a mencionou para mim. Acontece que Emily era nossa filha, uma bomba que Sarah guardou por todo esse tempo.
Senti uma mistura de choque, raiva e confusão ao fechar o diário
Ao descer as escadas, coloquei o diário nas mãos de Sarah, e com a voz tremendo de emoção, perguntei. “O que é isso, Sarah?” Exigi uma resposta, com o coração disparado. “Quem é Emily? E por que você nunca me contou sobre ela?”
Lágrimas brotaram dos olhos de Sarah enquanto olhava para o diário, seu silêncio dizendo mais do que as palavras jamais poderiam dizer. Por um momento, a sala ficou cheia de tensão, quebrada apenas pelo som de nossas respirações trêmulas.
Finalmente, Sarah falou, quase sussurrando
“Nunca tive a intenção de esconder isso de você, querido. Estava assustada, confusa e acreditei estar fazendo o melhor para todos.” Suas palavras me atingiram como uma tonelada de tijolos. Naquele momento, percebi o quanto não sabia sobre a mulher que amava. Ela não era apenas minha esposa — era alguém com seus próprios medos, seus próprios segredos.
“O que você quer dizer, Sarah? Quem é Emily?” Perguntei, agora com a voz mais suave, muito preocupado e confuso. “E onde ela está agora?”
Lágrimas brotaram dos olhos de Sarah quando olhou para mim, sua expressão era uma mistura de dor e arrependimento
“Emily é nossa filha, Jack”, sussurrou. “Eu era muito jovem e a entreguei para a adoção. Acreditei ser o melhor a fazer na época.”
Senti o chão ruir sob meus pés. “Nossa filha?” Repeti, com minha mente lutando para processar a revelação. “Por que não me contou sobre ela?”
Sarah respirou fundo, com as mãos trêmulas, esforçando-se para encontrar as palavras. “Estava com muito medo, Jack”, admitiu com a voz embargada pela emoção. “Medo de te perder, medo do que pensaria de mim. Achei que, se enterrasse o medo bem fundo, ele simplesmente desapareceria. Mas isso nunca aconteceu. E agora, aqui estamos.”
Senti uma onda de raiva e traição
A mágoa me invadiu como um tsunami, ameaçando me consumir em seu rastro. A base de nosso casamento foi construída sobre um leito de mentiras, e não sabia se algum dia conseguiríamos nos recuperar dos destroços.
Quando a verdade se abateu sobre nós como um cobertor sufocante, senti uma raiva diferente de tudo o que já havia experimentado. “Por que, Sarah? Por que fez isso conosco?” Exigi uma satisfação, com minha voz ecoando pela sala vazia. “Por que esconderia de mim um segredo desses, como se não me dissesse respeito?”
Mesmo quando a questionava, tive a certeza de que, no fundo, não havia respostas que pudessem apagar a dor da traição de Sarah. Enquanto estávamos ali, no silêncio da nossa realidade destruída, percebi que nosso casamento nunca mais seria o mesmo.